Esses dias respondi uma entrevista onde tive que falar sobre o medo. A pauta proposta foi: que tal usá-lo a seu favor? Pensei: por que não?
Fui buscar aqui no blog quantas vezes falamos sobre, nestes anos.
Me surpreendi: falamos dos medos da infância, de aprender sem medo: enganados por nossas escolhas, da Nomofobia: e seus 11 sintomas, do medo de falar com o psicólogo, do medo constante de relacionamentos abusivos, de dar errado (ou de dar certo), do de ser quem eu sou, do de envelhecer, de dirigir, de ser feliz… são 14 páginas de posts que têm a palavra medo relacionada.
Notei que é um tema constante tanto no consultório quando nas conversas que tenho no corredor da empresa.
Temos tantos e, nem por isso eles são ruins e, nessa linha, por que não falar mais um pouco sobre ele?
Afinal, o que é o medo?
O medo é uma emoção (e são das emoções que originam sentimentos) que nos alerta para a presença de perigo – real ou não – e que é essencial para nos manter vivos ou em estado de atenção ou de stress ainda bom.
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Ele é dividido em duas fases: a bioquímica e a emocional onde a bioquímica é universal enquanto a emocional/sentimental é altamente individualizada.
O que isso quer dizer?
Que quando a emoção medo é acionada, nosso corpo aciona biologicamente a fase bioquímica que é a hora que o coração palpita, a garganta trava e começamos a suar.
E que a emocional e a sentimental é tão individualizada que cada indivíduo responde de um jeito diferente: seja no sentido de luta ou de fuga, alterando o modo de sentimento que o medo despertou.
Nesse sentido, ele se apresenta em escala: Prudência; Cautela; Alarme; Ansiedade; Pânico (medo intenso) e Terror (medo intensíssimo).
Logo, tê-lo é natural. Mas prejudicar-se subvertendo a sua função de sobrevivência para bloqueios que não é.
Como assim, ter medo é ou não natural? Vamos falar de fobia.
O medo pode se transformar em uma fobia quando compromete as nossas relações sociais e causam sofrimento.
Nesse momento, ultrapassa a escala do alarme, gerando ansiedade e angústia exacerbadas, desproporcionais, limitantes e incompatíveis com as possibilidades de perigo real.
Ele gera um estado permanente, impossível de ser dominado, que se traduz por uma violenta reação de evitamento (você foge) que sobrevém de modo relativamente persistente (acontece sempre), quando certos objetos, tipos de objeto ou situações se fazem presentes, imaginados ou mencionados.
Nesse instante o medo virou fobia e transformou a sua função de sobrevivência para um bloqueio ou problema que disparam outros sentimentos e emoções.
Mas então é bom ou é ruim?
Depende.
Se ele vier de algo desconhecido, conhece-lo é um caminho para diminuir a ansiedade e diminuir a angústia de não ter uma resposta.
Se vem de um objeto é importante entender suas relações com esse objeto: o quanto estamos falando das reações bioquímicas, emocionais e sentimentais que ele causa em relação a você.
E se, ele está impedindo a rotina é necessário entender a origem dele para diminuir os sintomas.
Uma emoção se origina do movimento e o movimento com técnicas podem fazer a diferença para, por exemplo, fazer a pessoa avançar – já que a evolução pode ser boa ou ruim. 😉
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