Depressão Pós Parto: 10 perguntas para identificar o alerta
Como funciona?
Aqui, oferecemos a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) para autoavaliação;
Esta ferramenta foi desenvolvida com o intuito de facilitar a identificação de sinais de depressão pós-parto, permitindo que as usuárias avaliem de forma independente seus sentimentos e experiências após o nascimento de uma criança, e o mais importante, sem ter que se identificar ou mandar mensagem – a não ser que queira;
A EPDS é uma escala reconhecida internacionalmente, composta por 10 itens, que possibilita às mulheres uma autoavaliação rápida e acessível de seu estado emocional durante o período pós-parto – inclusive para identificar a depressão pós-parto ou o baby blues.
Esta escala não substitui um diagnóstico profissional, mas serve como um primeiro passo importante para o reconhecimento de possíveis sintomas de depressão pós-parto;
Encorajamos as usuárias a responderem as questões da EPDS com sinceridade e a procurarem ajuda profissional se os resultados sugerirem a necessidade. Lembre-se de que esta ferramenta é um complemento, não um substituto, para o aconselhamento e avaliação de um profissional de saúde qualificado;
Como Interpretar o resultado:
Depressão Pós Parto?
O teste da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) é uma ferramenta de avaliação projetada para identificar possíveis sinais de depressão em mulheres no período pós-parto. É importante notar que a EPDS não diagnostica a depressão, mas sim indica a possibilidade da presença de sintomas depressivos. A interpretação dos resultados deve ser feita por um profissional de saúde qualificado, que considerará outros fatores clínicos e psicológicos.
Como o Teste é Estruturado:
A EPDS é composta por 10 perguntas, cada uma com uma pontuação que varia de 0 a 3;
As perguntas abordam sentimentos comuns de tristeza, ansiedade e incapacidade, vivenciados no período pós-parto;
A pontuação total é a soma das respostas, variando de 0 a 30;
Interpretação dos Scores:
0-9 pontos: Geralmente considerado dentro da faixa normal. Sintomas mínimos de depressão são indicados;
10-12 pontos: Sugerem a presença de sintomas de depressão de leve a moderada. É aconselhável uma avaliação mais detalhada por um profissional de saúde;
13 pontos ou mais: Indicam a possibilidade de depressão moderada a grave. Recomenda-se uma avaliação clínica detalhada e acompanhamento profissional.
É crucial entender que a EPDS é uma ferramenta de triagem e não um diagnóstico em si. Mulheres com pontuações mais altas devem ser encaminhadas para avaliação adicional e, se necessário, tratamento. Além disso, mesmo pontuações mais baixas, mas com respostas específicas (por exemplo, pensamentos de autoagressão), podem justificar uma avaliação adicional.
Considerações Adicionais:
A EPDS pode ser influenciada por fatores culturais, sociais e individuais, o que deve ser considerado na interpretação dos resultados;
As respostas podem variar ao longo do tempo, sugerindo a necessidade de avaliações repetidas em alguns casos;
A EPDS destina-se a ser um ponto de partida para discussões sobre saúde mental, não um fim em si mesma.
É fundamental que os resultados sejam discutidos com um profissional de saúde, que pode oferecer orientação, apoio e, se necessário, encaminhamento para tratamento adicional. O autocuidado e o apoio de familiares e amigos também são componentes importantes no manejo da saúde mental no período pós-parto.
Bibliografia depressão pós parto:
Este autoteste é baseado no trabalho original de J. L. Cox, J. M. Holden e R. Sagovsky, publicado no British Journal of Psychiatry em 1987, e na versão portuguesa adaptada por Augusto A; Kumar R; Calheiros JM; Matos E; Figueiredo E, publicada no Psychol Med em 1996. A EPDS é um recurso valioso para novas mães, oferecendo uma maneira discreta e conveniente de avaliar sua saúde mental durante um período crítico de suas vidas e identificar a depressão pós parto.
Adaptado de “Edinburgh Postnatal Depression. Original de JL Cox, JM Holden, R Sagovsky. British Journal Of Psychiatry (1987), 150, 782-786.”
Versão Portuguesa: “Postnatal depression in an urban area of Portugal: comparison of childbearing women and matched controls. Augusto A; Kumar R; Calheiros JM; Matos E; Figueiredo E. Psychol Med, 26 (1):135-41; 1996 Jan.”
Referências bibliográficas: “Cepêda T, Brito I, Heitor MJ. Promoção da Saúde Mental na Gravidez e Primeira Infância – Manual de Orientação para profissionais de saúde.
Lisboa: DGS; 2005.” (Disponível em: Link ).