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10 dicas para se abrir com alguém, e claro, com o seu psico.online ;-)

woman wearing teal dress sitting on chair talking to man

Se abrir com alguém não é uma tarefa muito fácil.

Pelo menos para mim, nunca foi. E para você? Se está aqui, acredito que não…

Sinto até uma pontadinha de inveja daquelas pessoas que têm uma facilidade imensa para falar, se abrir, vender alguma coisa e se expressar magicamente.

Como é legal vê-los ou vê-las conversar…

Falar com alguém, já envolve mais que o nosso próprio controle da situação e as palavras fogem. Falar daquilo que estou sentindo então, chegar a se abrir com alguém, é quase um horror! É tudo tão misturado, complicado. 

Agora mesmo, são tantas as coisas na minha cabeça que até escrever este texto é difícil e imagino que você que está lendo também passe por isso ou algo muito parecido.

Mas vamos continuar, afinal quando tento, e acaba dando ruim então, me sinto até arrependido de ter tentado. O ato de se abrir com alguém é quase uma tortura e pensar em contar tudo para um estranho, um psicólogo ou psicóloga, toda a história…

Fico me perguntando se fui claro, se a pessoa me entendeu, o que ela entendeu e muitas vezes até me culpo por essas coisas, mesmo sem saber as respostas. E como saberia? Será que as pessoas também têm essa dificuldade para se abrir?

Nesse momento, me fecho e pego o caminho para ficar comigo mesmo, tentando organizar os pensamentos e acabo preso em um looping, mesmo tendo tanto a dizer.

Esse “se abrir com alguém” torna-se praticamente uma missão impossível. Então passo a me comparar. Olho, claro aquele extremo, o falante que comentei ali no começo do texto. E me pego ainda mais chateado.

Para o texto, é até um pouco (não muito) mais simples. Releio tantas vezes que, embora demore uma eternidade, sai.

Ao vivo? Em público? Com um estranho? Com um psicólogo ou uma psicóloga? Parece um sonho distante.

Se abrir com alguém é um exercício, eu sei, mas muitas vezes nem tenho vontade de tentar, por mais que precise…

Se identificou? Pois é. Se abrir com alguém não é moleza…

Já posso te dizer que essa sua vontade de se abrir com alguém, que te trouxe até esta parte do texto, já é um excelente começo.

Ter lido tudo isso já diz que você está na direção para esse compartilhamento de emoções e sentimentos. 

Que mesmo sabendo que é (ou será) difícil, você sabe, lá no fundo, que é possível e que é é importante para conseguir mudar um pouco as coisas.

Mesmo que, nesse começo do texto tenha muito de como eu me sinto e também tenha misturado um pouco de coisas que se relacionem ao que a timidez faz, ao que a falta de autoconfiança exerce nos nossos pensamentos, e também um certo grau de fobia social, de ansiedades, de problemas com a comunicação para dar essa identificação com o conteúdo, é importante dizer que são muito reais os relatos feitos dessa maneira e sentidos pesarosamente antes de serem falados. Afinal é um sofrimento tentar se abrir com alguém e não conseguir.

Da minha parte, todos os dias, tento me mudar um pouco, opto por escrever, por usar outros canais de contato e isso tem sido um percurso de desenvolvimento diário. Muita gente que vê, não imagina o quanto foi difícil para mim compreender que crescemos analfabetos emocionais e nesse caso, órfãos e órfãs, pois para se abrir com alguém precisamos ter alguém…

Que poucas foram as vezes que me acolheram corretamente e que isso fez com que me abrir, fosse um aprendizado cheio de decepções que aos poucos foram sendo esquecidas, superadas.

Durante esse caminho foi: terapia, muita leitura, muita tentativa e erro.

Tudo isso, todos esses comportamentos e modelos que podem ser alterados.

Mudamos e melhoramos o desenvolvimento e oportunidades; trabalhamos de forma que a vida, seja menos complicada e que se abrir com alguém se torne menos doloroso. 

Quando estamos nesse percurso, precisamos entender o individual, nosso comportamento e o que está no nosso interior e a nosso alcance.  Percebermos a nossa construção e como chegamos nesse momento. Quanto sofrimento foi causado por nós mesmos, e o quanto esse conjunto de coisas que envolvem nossa vida têm causado e causam ainda?

Será que nunca tivemos apoio para falar daquilo que sentimos ou será que é uma dificuldade minha?

Será que compreendo o que estou sentindo ou o que está movimentando esses sentimentos? As emoções? Qual o grau disso? Será que nunca me acolheram quando tentei e deixei de tentar? Será que sei deixar fluir?

Para a gente conseguir se abrir com alguém, precisamos primeiro ter a vontade ou perceber ela. Então temos que seguir por esse caminho, dar um basta na situação ruim e um primeiro passo na direção que desejamos. 

Dar um passo de confiança que, no caso de falar com um psicólogo ou uma psicóloga, envolve entrar em sintonia com aquele que você está conversando. Perceber que será compreendido mesmo que falte palavras e se for preciso, trocar de profissional até encontrar um que dê match.

O psicólogo ou a psicóloga vão olhar mais profundamente, vão trabalhar no processo de empatia para acolher você e deixar a sua sessão de um jeito que você se sinta o mais confortável possível.  Vão te ajudar no processo de descoberta e dar oportunidade para se abrir.

Mas é importante ter em mente que: é preciso tentar.

Agora vamos às dicas? Como é que se faz para se abrir com alguém?

Identifique o que você está sentindo

men writing on board - se abrir sobre um mapa mental é uma dica para entender o que está sentindo - psico.online
Photo by fauxels on Pexels.com

Essa etapa não depende de ninguém, depende de você apenas.

Depende de você conseguir um tempo para se organizar e entrar em contato com o que está sentindo.

Perceber e se perguntar os motivos que te fazem se sentir do jeito que está se sentindo, analisar as sensações e expandi-las. Uma dica, nesta dica é, utilize mapas mentais. Comece por um dos sentimentos e vá abrindo. Até ter uma ideia mais concreta desse momento.

Tome nota, deixe-o concreto, fale para você ou para um gravador, mas é necessário parar, olhar para si e perceber o que está acontecendo. Isso ajudará você a criar ferramentas pessoais para seguir em um caminho que você quer seguir: se abrir com alguém.

Identifique o meio que é menos difícil para você se comunicar.

woman writing on a notebook beside teacup and tablet computer
Photo by Tirachard Kumtanom on Pexels.com

Nós nos comunicamos de várias maneiras, inclusive, sem utilizar palavras.

É importante compreender quais dos meios você se sente mais confortável e tem confiança para usar. Por exemplo: textos (pode ter um blog, sms, carta, mensagem direta), por áudio assíncrono, vc grava e envia, podcast.

Vídeo, presencial… inclusive, você pode pegar dicas no texto de “como falar em público“. 

Escreva (e apague depois se quiser) o nome das pessoas que você confia

person holding blue ballpoint pen writing in notebook
Photo by picjumbo.com on Pexels.com

O processo de se abrir com alguém tem, necessariamente, que ter o alguém.

Essa lista vai ajudar você na primeira etapa. Qual o motivo que essa pessoa te desperta confiança, o que tem diferente nela e o que faz de diferente em você?

Será que ela seria uma pessoa pronta para aceitar a sua abertura de contato?

Te falta essa pessoa? Então faça uma lista das características que te fariam se comunicar com alguém, o que essa pessoa precisaria ter ou fazer para que você se abrisse com ela? Ela deveria falar de que maneira? Ser de que maneira?

Ter isso mente, pode facilitar o processo de aproximação por características e ser um passo importante para que você consiga se abrir finalmente com alguém.

Faça um primeiro contato

Essa etapa tem que acontecer. Você precisa dar o primeiro passo.

Lembre-se que, como você, o outro não tem uma percepção de tudo. Que o óbvio precisa ser dito, que precisa acontecer. Às vezes, aprender a acertar a hora de entrar em cena, será um treino, mas deverá ter o primeiro contato. 

Essa tentativa pode ser tímida, pode ser de maneiras diversas, mas perceba que você tentou e comemore isso. Perceba que você acabou de dar um passo importante.

Mas tenha em mente que nem sempre a primeira tentativa será a tentativa correta.

Faça um primeiro segundo contato

Não deu certo da primeira vez? Vamos em frente, tente uma nova forma. Pode não ser aquela pessoa. Pode não ter sido a primeira frase correta, mas a tentativa é importante. Quando você perceber que pode tentar que as coisas vão acontecer de maneiras diferentes, você vai notar que tem força, poder, jogo de cintura, capacidade e vários outros atributos para conseguir seguir tentando.

Faça um terceiro contato

Lembre-se que se abrir com alguém requer também uma atitude em relação ao outro. A comunicação precisa acontecer de uma maneira que a mensagem chegue e que você receba uma segunda mensagem. Se não for possível da primeira ou da segunda vez, perceba o que está acontece. Analise a tentativa. Houve movimentos por parte da outra pessoa ou apenas tentativa sua?

Perceba que nesse processo de idas e vindas você aumenta a sua experiência. Perceba que nesse movimento você também consegue parar, analisar e entender: suas ações e as ações do outro.

O contato é importante e se, falarmos de um psicólogo, quando perceber que não foi assim, que aquele acolhimento não estava de acordo com a sua lista de coisas importantes.

Sabe, parte desse trabalho de tentar se abrir com a outra pessoa, requer melhorar percepções, ter paciência, desenvolver autoestima, autoconfiança e em alguns casos vencer sociofobias.

Faça uma lista do que você quer falar quando quiser se abrir

O processo de se abrir requer saber o que você quer por para fora. E lembra que falei sobre sermos analfabetos em perceber o que sentimos e o que nos causa emoção? Pois é. Fazer uma lista do que você gostaria de falar ao se abrir pode fortalecer a sua confiança.

Esse trabalho, ajudará a “fazer a lição de casa” e procurar as melhores palavras, o melhor jeito de falar.

É importante não perder de vista que não quer dizer que você fará exatamente como está na lista. Tempo, a resposta da outra pessoa, as expectativas suas e do outro, tudo isso precisa ser entendido como parte do processo de alinhar.

Crie um espaço seu, anônimo, na internet

Todas essas dicas estão muito complicadas? Treine com o anonimato. Crie um blog e escreva. Crie uma rede social e post sem utilizar o seu nome. Esse treino, ou aquisição de uma persona, pode ajudar você a separar inclusive as sensações.

Tem uma coisa chamada coragem do monitor, que é um estudo que diz que diante de um monitor, as pessoas adquirem uma coragem maior. Quem sabe nesse formato você não consiga se desenvolver, exercitar os músculos da comunicação e se abrir?

Lembre-se que esse treino ajuda a melhorar.

Treine falar com você mesmo

Parece bobo, eu sei, mas não é. Quando você fala com você mesmo diante do espelho pode observar sua dicção, sua postura, ouvir a si mesmo sem que outras pessoas estejam ali. Tá, não serve para se abrir com alguém, mas vai ajudar você no processo de chegar até o ponto de se abrir.

Faça uma nova tentativa de contato

É assim que acontece. Tentativas. Puxar a pessoa e falar. Encontrar um psicólogo ou psicóloga nova e explicar, tentar, dar a chance da outra pessoa também te ouvir. Aqui no psico.online você tem excelentes profissionais que poderão ajudar de maneiras diferentes.

Quando nos falta alguém para nos abrirmos, lembra do que falei no começo do texto? Precisamos entender o que é nossa demanda e o que é demanda da outra pessoa.

Será que o outro soube ouvir? Hoje em dia a pressa faz as pessoas não ouvirem.

São tantas e tantas coisas que podem dificultar o processo de você se abrir com alguém que em um texto só podemos supor modelos de como fazer. Cada pessoa é um universo. Cada tentativa é diferente pois estamos diferentes em diferentes momentos do dia.

Você pode estar mais confiante e animada no período da noite. Ficar mais inseguro ou insegura quando está em um ambiente diferente. Mas o que te leva a isso?

No processo terapêutico isso será verificado por você e um profissional. Quem sabe não é agora, a hora de iniciar a sua sessão de terapia? Agende agora.

Você curtiu o texto? Tem alguma dica que não apareceu? Deixe o seu comentário e compartilhe ele nas redes sociais. Vote também para entendermos se os nossos textos estão ajudando você.

Respostas de 3

  1. Amei todas as dicas!
    Uma das dicas que eu aplico e mais me ajuda, é fazer uma lista do que quero falar, ajuda na minha ansiedade, colocar em tópicos.

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