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Medos: 4 dicas para mudar sua relação com eles

Medos, ninguém gosta da sensação que causam e parece que sempre estão lá para nos atrapalhar.

Mas será que eles só atrapalham? Já pensou qual a importância deles para nossas vidas?

E principalmente, será que dá para conviver com eles de outra forma?

Imagine que você não sabe nadar e alguém te convida para entrar em uma piscina muito funda, provavelmente você recusará o convite sem pensar duas vezes, afinal as chances de algo dar errado são altas, não é mesmo?

Pois bem, é nesse momento que o medo age!

Ele é uma emoção primária, que altera nossos sentimentos e sensações visando garantir nossa autopreservação.

Esse é um dos motivos pelos quais costumamos ficar com sensação de impotência quando estamos com medo, nosso corpo entra em estado de alerta e “luta” para se resguardar.

Há também alguns medos irracionais que, se não cuidarmos, podem tomar proporções gigantescas, controlar nossas vidas e tornarem-se fobias, para esses casos recomenda-se acompanhamento psicológico.

O vídeo abaixo mostra um pouco do papel duplo que o medo exerce na vida das pessoas

É importante avaliar como você encara seus medos e, se você perceber que há medos que te paralisam, mudar sua percepção e dar um novo significado para eles.

Isso é possível mas dependerá de muita dedicação, para te ajudar no processo trago quatro dicas:

Aceite seus medos

Já ouviu aquela frase: “O primeiro passo é aceitar!”?, ela faz todo sentido aqui!

Afinal como você irá mudar a percepção de algo que você nem aceita que existe?

Por isso comece reconhecendo os medos e, por mais tolos que pareçam, aceite que existem e perceba o quanto estão impactando sua vida.

Pode parecer algo fácil, mas nem sempre é. Muitas vezes vemos os medos como uma falha e assumir que somos falhos pode ser muito doloroso.

O que nos leva para a próxima dica:

Acolha seus medos

Esse é um dos passos mais importantes!

Você pode estar se perguntando: “Por que raios eu faria uma coisa dessa? Não quero nem contato com a sensação que os medos me causam!”

É natural pensar assim, afinal, realmente não é agradável sentir medo.

Mas o fato é que para superar os medos você precisa entendê-los e só conseguirá isso a partir do momento se libertar dos julgamentos que faz por senti-los.

Não importa se é medo de escuro, insetos, ratos, solidão, falar em público, ou qualquer outro, é preciso aceitar que você pode sim sentir medos e isso não te diminuí.

Há várias ferramentas que podem te ajudar nesse processo, uma delas é a Escrita Terapêutica.

Consiste em escrever o que está sentindo com relação a cada medo, sem pensar no resultado final, apenas iniciar a escrita e deixar o texto fluir.

Assim você estará expressando o que sente e isso te ajudará a ter uma visão mais ampla da situação permitindo que você comece a encarar seu medo de frente.

Entenda seus medos

Acolher seus medos permite se aproximar e, com isso, entende-los melhor.

Ao fazer isso você poderá racionalizar melhor sobre eles e, muitas vezes, perceber que não são tão grandes quanto parecem.

Consequentemente isso diminuí as chances de você ser paralisado pelos medos que sente.

A escrita terapêutica pode te ajudar nessa etapa também, dessa vez escrevendo sobre os medos em si, como eles te fazem sentir, em quais situações eles aparecem e quando você lembra que eles começaram.

Deixe o texto fluir enquanto pensa nesses aspectos e depois leia avaliando cada um deles.

Aproxime-se de seus medos!

Medos: 4 dicas para mudar sua relação com eles

As dicas anteriores te ajudaram a acolher seus medos, sendo compreensiva(o) consigo mesma(o), e a entende-los melhor. Com tudo isso feito é a hora de dar um próximo passo: aproximar-se de seus medos para encará-los!

A ideia é iniciar um processo de dessensiblização, onde aos poucos você vai entrando em contato com o que tem medo e aprendendo formas de encará-lo.

Isso acontece em doses pequenas, por exemplo: se você tem medo de dormir escuro pode se propor a dormir algumas noites com a luz principal do quarto apagada e alguma outra luz um pouco mais fraca acesa até que se acostume com esse nível de escuridão.

Quando isso acontecer você pode substituir por outro tipo de iluminação que seja mais fraca ainda, e assim vai até conseguir se adaptar com o escuro total.

Esse processo te ajudará a moderar seu medo, mas até aprender como fazer isso completamente você poderá ter algumas “recaídas”.

E o que fazer nessas horas?

O ideal é que nesses momentos você revise seus passos anteriores, perceba o que deu certo e errado, faça ajustes necessários e os repita!

Mas fique atento, o fato de ter essas recaídas não anula as conquistas já realizadas!

É imprescindível lembrar de tudo que já foi conquistado e perceber que está dentro de uma caminhada rumo à superação de um medo e é normal que recaídas aconteçam.

Os medos podem ser vencidos, depende de muita coragem e dedicação, coragem para dar os primeiros passos e dedicação para alcançar o objetivo final.

Um psicólogo pode te ajudar nessa caminhada, dando o apoio e orientação necessários para vencer seus medos.

E você, tem algum medo que queira vencer?

Leia também

Vilhena, Junia de et al. Medos infantis, cidade e violência: expressões em diferentes classes sociais. Psicologia Clínica [online]. 2011, v. 23, n. 2 [Acessado 7 Setembro 2022] , pp. 171-186. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-56652011000200011. Epub 10 Abr 2012. ISSN 1980-5438. https://doi.org/10.1590/S0103-56652011000200011.

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CRP 06/126.802 - Formada em psicologia pela Universidade Paulista, co-fundadora do Teramor, projeto que visa apoiar mulheres que experienciaram relacionamentos abusivos, estimulando o empoderamento e amor próprio.
Sigo a abordagem fenomenológica existencial, por isso meu foco é na compreensão da existência de cada um baseando em suas vivências e convicções. Com isso consigo te ajudar a encontrar o sentido das coisas e de sua vida, consequentemente você encontra as possíveis soluções para suas questões e problemas. Entendo que cada ser Humano é único e deve ser tratado como tal, por isso não há receita pronta para resolver os problemas, é uma construção e estou aqui para te ajudar no processo!

2 comentários em “Medos: 4 dicas para mudar sua relação com eles”

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