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Câncer de mama e os benefícios do tratamento psicológico

Hoje, 19 de outubro, celebra-se o Dia Mundial contra o câncer de mama, uma data em que se recorda o compromisso de toda a sociedade na luta contra esse tipo de câncer.

O câncer de mama é o tipo mais frequente entre as mulheres. A Organização Mundial da Saúde (OMS), alerta que sua incidência está aumentando no mundo devido a maior esperança de vida, oo aumento da urbanização e a adoção de modos ocidentais de viver.

No Brasil são cerca de 57000 novos casos de câncer de mama aparecendo ao ano (INCA).

Segunda a APA (American Psychological Association-Associação Americana de Psicologia), receber um diagnóstico de câncer de mama pode ser um dos momentos mais angustiantes que experimenta uma mulher e seu impacto pode ser devastador.

Geralmente, adverte, “a angústia perdura mesmo depois do choque inicial do diagnóstico”. A pessoa se vê imersa no que, com frequência, é um longo processo de tratamento e aparecem todo tipo de dificuldades: problemas de âmbito profissional, um comprometimento nas relações pessoais, uma sensação de cansaço constante, preocupações frequentes em torno dos sintomas, tratamento e esperança de vida.

Todos esses fatores podem contribuir para o desenvolvimento de estresse crônico, ansiedade e/ou depressão. A respeito disso, a APA indica que, entre 20% e 60% das pacientes que experimentam sintomas de depressão podem ter ainda mais dificuldades de adaptação, de participação em atividades de tratamento ou mesmo para aproveitar as fontes de apoio social que estão à sua disposição.

Na mesma linha, a APA alerta sobre o papel que as preocupações e as emoções negativas podem desempenhar na paciente, tanto na saúde física como no seu bem-estar emocional.

Em algumas mulheres, podem-se ver afetados os seus hábitos saudáveis (aparecimento de insônia, começar a se alimentar mal, deixar de fazer atividades físicas, etc.). O desânimo diante da dura prova pela qual tem que passar, pode ser tão considerável, que em algumas ocasiões, negam-se a submeter-se a cirurgias ou a receber suas sessões de rádio ou quimioterapia.

Diante disso, a Associação salienta os benefícios de seguir um tratamento psicológico para a pessoa diagnosticada com câncer de mama e seus filhos, parceiros e/ou cuidadores também.

A intervenção psicológica pode ajudar a lidar com tratamentos médicos que podem ser dolorosos e traumáticos, assim como com as mudanças físicas, emocionais e estilo de vida associados a alterações decorrentes do câncer de mama, abordando vários aspectos, como:

  • Oferecer recomendações sobre como explicar a sua doença para a família e/ou lidar com a resposta do seu parceiro;
  • Ajudar a pessoa a escolher o tipo de hospital ou tratamento médico adequado, participar plenamente do mesmo;
  • Ensinar formas eficazes de gerir o estresse, ansiedade ou depressão, e lidar com os medos sobre a possível recorrência de câncer;
  • Sugerir estratégias para a resolução de problemas, ajudar a criar uma nova auto-imagem que incorpore tanto a experiência vivida como as mudanças físicas, etc.

Para algumas mulheres, os efeitos colaterais associados ao tratamento farmacológico podem ser muito pesados e as levam a recusar-se a continuar com ele. Neste sentido, exercícios de relaxamento, meditação, auto-hipnose, imaginação ativa ou outras habilidades podem aliviar de maneira efetiva os sintomas físicos (como náuseas ou vômitos), sem os efeitos secundários do remédio.

A APA recomenda seguir tanto o tratamento individual como em grupo. Ambos os tipos de intervenção são destinadas a ajudar as mulheres a se adaptar ao seu diagnóstico, ao tratamento e aceitar o impacto da doença sobre suas vidas.

Enquanto as sessões individuais tendem a enfatizar a compreensão e a mudança dos padrões de pensamento e comportamento, sessões de grupo com outras mulheres que têm câncer de mama pode ser uma oportunidade de dar e receber apoio emocional e aprender com as experiências alheias.

Para aumentar a sua eficácia, considera-se essencial que os grupos sejam compostos por mulheres em estágios semelhantes de doença e conduzidos por psicólogos ou outros profissionais de saúde mental com experiência no tratamento de câncer de mama.

A Associação salienta que a intervenção psicológica não precisa necessariamente acabar quando se acaba o tratamento médico. Na verdade, especifica, a recuperação emocional “pode levar mais tempo do que a recuperação física e, por vezes, é menos previsível”.

Fonte: APA, Oncoguia
Créditos da imagem: Grupo Schultz

(traduzido e adaptado)

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1 comentário em “Câncer de mama e os benefícios do tratamento psicológico”

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