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HIV aids: 7 coisas que você precisa saber

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Há algum tempo o diagnóstico de HIV era considerado uma “pena de morte”, mas graças aos avanços nos tratamentos, hoje essa realidade é bem diferente.

É possível ter uma vida praticamente normal se a pessoa que vive com HIV se cuidar e seguir a terapia antirretroviral direitinho.

A expectativa de vida de um paciente que começa a tratar-se aos 20 anos, por exemplo, pode chegar a 78 anos, o que está muito parecido com a expectativa de vida da população em geral. [ver atualização no final da página]

Os tratamentos mais avançados possibilitaram também que, homens e mulheres que vivem com HIV tenham o vírus quase indetectável, o que significa que os níveis do vírus no sangue são muito baixos e que a carga viral não pode ser medida e a transmissão fica praticamente nula.

Mas apesar desses grandes avanços, existem muitas ideias erradas acerca do HIV e da AIDS. Para mudar isso e acabar com os estigmas que hoje acabam sendo um “efeito colateral” do vírus, vamos apresentar 7 coisas que as pessoas que vicem com o HIV querem que o mundo saiba.

HIV AIDS: 7 coisas que você precisa saber

1. Não te transforma numa má pessoa 

Gus Cairns, diagnosticado com HIV em 1985, quer que os meios de comunicação e as pessoas em geral deixem de transformar os portadores do vírus em vilões.

“As pessoas com HIV são consideradas perigosas. Nos transformam quase em terroristas virais que caminham entre a multidão portando um vírus pronto para explodir”, escreveu Gus em um blog do HuffPost UK.

“Falso. Não somos maus. Qualquer um pode ser infectado pelo HIV em um momento de descuido, durante uma fase ruim de sua vida ou por simples má sorte”.

2. As mulheres também podem se contagiar com o HIV

Ann Marie Byrne, avó e ativista com HIV, acredita que “com frequência se esquecem das mulheres” quando se fala de HIV, tanto nas conversas diárias como nos meios.

“Nos consideram um grupo de menor risco que o dos homens gays, mas os estigmas das mulheres são maiores ou piores, porque as pessoas normalmente nos veem como promíscuas e merecedores de contrair esse vírus”, declarou Ann.

“Nos meios sociais as pessoas usam palavras como ´karma´e falam dessa ´enfermidade asquerosa´. Nos apresentam como ´sujas´e pouco dignas de compaixão em comparação a outras mulheres que sofrem de outras doenças, como se o HIV fosse a causa da nossa opção de vida, mas claro, isso é completamente errado”.

3. Podemos ter família

man wearing red ribbon HIV
Photo by Anna Shvets on Pexels.com

Em 2015 Andrew Pulsipher, de Phoenix, EU, postou uma foto dele com sua esposa e três crianças saudáveis para acabar com os mitos de que um portador de HIV não pode ter filhos.

Pulsipher é HIV positivo desde seu nascimento, seis pais transmitiram o vírus a ele. Ele e sua esposa tiveram 3 filhos por meio de um tratamento de fertilização.

“Ter uma família negativa pode ser o mais positivo da sua vida”, disse ele.

“eu sei que o HIV tem um estigma horrível, mas não tem que ser assim e quero ajudar a mudar isso. É um vírus tratável e podemos ter uma vida normal. Eu sou prova disso”.

4. A educação sexual não é suficientemente boa

O ativista com HIV James Hanson foi diagnosticado com o vírus aos 18 anos e considera que é necessário proporcionar melhor educação sobre os riscos para a comunidade LGBT e aos adolescentes.

“Acredito fortemente que o sistema educativo  é falho com a comunidade LGBT todos os dias”, disse em um blog para HuffPost UK. “Ganhamos a batalha da a igualdade de idade de consentimento e matrimônio no Reino Unido, nossa seguinte batalha é que a educação sexual inclusiva seja obrigatória em todas as escolas”.

“O sistema educativo é uma das maiores influências na vida das pessoas jovens, portanto tem uma responsabilidade imensa de assegurar que a comunidade LGBT deixe a escola com a informação necessária para sua vida”.

Leia também: Descobri que tenho HIV/aids e agora?

5. Existe muita vergonha em torno do HIV

Paul Thorn criou o programa A hora feliz HIV com a intenção de conscientizar sobre o que significa viver com esse vírus. Assegurou ao HuffPost UK que aprender a lidar com a vergonha interna é um enorme desafio depois do diagnóstico.

“Vivi envergonhado durante muitos anos por ser portador do HIV. Me privei de buscar trabalhos que queria e de buscar relações com pessoas que me pareciam atrativas porque pensava que não iam me querer”.

“Esse tipo de sentimento existe de tal forma no mais íntimo do seu ser, que chega ao ponto em que nem sequer suporta mais olhar no espelho. Levei anos para dar-me conta de que eu tinha valor e de que necessitava cuidar-me, pensar em mim, inclusive me amar um pouco”.

6. Podemos fazer tatuagens

Não existem casos documentados de transmissão de HIV por meio de tatuagens.

Rob Curtis disse anteriormente ao HuffPost UK que um tatuador não o aceitou quando foi informado pela recepcionista que era HIV positivo.

“Me incomodou muito que isso tenha sido um problema. Eu informei ao estúdio que era HIV positivo e que estava recebendo medicamentos antirretrovirais, o que significa que ninguém poderia ser contagiado”.

“O tatuador teria que saber, que eu me senti muito decepcionado porque permitiu que suas ideias preconceituosas se colocassem no caminho de sua arte”.

7. É bom ser diagnosticado

Philip Christopher Baldwin foi diagnosticado com HIV em 2010, aos 24 anos. Disse que ser examinado e receber um diagnóstico positivo é melhor que viver na ignorância.

“Existem aproximadamente 17 mil pessoas no Reino Unido que desconhecem seu diagnóstico. Se você é HIV positivo e não sabe, sua saúde pode estar em risco. Dois quintos das pessoas no Reino Unido são diagnosticadas muito tarde”, escreveu em seu blog do HuffPost UK.

“Ao resultar negativo, você coloca um ponto final a qualquer dúvida que possa ter sobre seu status de HIV. Se resulta positivo poderá começar um tratamento, assegurando que te manterás saudável”.

Esse texto foi retirado do site HuffPost e retrata o que muita gente que vive com HIV gostaria de falar pra você. Temos pensado muito em como mudar o mundo e acreditamos que colocar-se no lugar do outro é um passo muito importante pra começar.

Deixamos aqui uma frase pra você refletir e se quiser, deixa um comentário sobre como você se sente ao experimentar, ainda que só em pensamento, as dores e as delícias de ser outra pessoa, de ser alguém com um diagnóstico de HIV positivo: O HIV não mata mais, mas o seu preconceito ainda mata muito.

Traduzido e adaptado.

Post original: 05/07/2017 | Revisado em 16/11/2021

Dados atualizados sobre HIV

A expectativa de vida aos 20 anos foi calculada para três intervalos de tempo (2003-2008, 2009-2012 e 2013-2017) e levando em consideração fatores demográficos e clínicos. A análise das informações revelou que de 2003-2008 a 2013-2017, houve um aumento de 13,9 anos no Haiti e de 31 anos para os outros países. Assim, a expectativa de vida dos soropositivos subiu para 61,2 anos no país caribenho e para 69,5 anos na América Latina. [1]

Leia mais em: https://outline.com/daSms5

Respostas de 3

  1. HIV não mata, mas abre brecha para outras doenças. A questão não é o vírus em si, mas o comportamento das pessoas em relação a algo que vá afeta-las diretamente, e é por isso que me preocupo e acredito que daqui 20 dias deva confirmar-se o meu caso, já que possuo os sintomas iniciais incluindo uma perda de peso rápida para uma pessoa que só come porcaria, que as pessoas podem ser vítimas sim de outras pessoas má intencionadas que querem transmitir o vírus, não é necessário uma relação sexual para a contaminação do vírus, soropositivos que querem passar o vírus simulam situações delicadas para que haja transmissão como comer casquinha e te dar beijos, e aquelas comidas com gergelim, existem vários tipos de alimentos que podem lesionar a boca, gengiva, etc… E causar um sangramento quase imperceptível que em um beijo ocorrerá a transmissão, e foi isto que aconteceu comigo. Pergunto: o HIV pode ou não ser usado como uma arma? Você acha que todos devíamos ser soropositivo? O que fazer com pessoas que possuem a intenção de transmitir o vírus, e disfarçadamente simulam outra situação? Vitimização seria a melhor saída pra tudo? Sou responsável por pegar HIV neste caso? Como dosar a intensidade de uma situação? Se a tua situação de contaminação for parecida com esta o que você faria? Eu não sabia que a outra pessoa era soropositivo, e agora? Agora imagino aquela parte da população na qual foi comentada e que nem sabe disso e se está ou não com o vírus e o pior é ter que esperar entre 30 a 60 dias para a confirmação de um resultado na qual você sabe que tem dentro de si enquanto outros nem se preocupam com isso e acabam morrendo antes do tempo sem saber o que tinham. É sério que se pode chegar a viver 50 anos? Existe algum caso que se diga, fulano de tal viveu tanto tempo depois de ter sido confirmado a presença do vírus? Que tal comentarem a história do paciente de Berlim.
    Ps: Se daqui 20 dias der negativo eu pago uma casquinha prá todas vocês! Só não me beijem por favor pois já fiquei traumatizado.

  2. Tenho que contar o que aconteceu comigo para ajudar outras mulheres a se prevenir. Evitando doenças e até mesmo, a morte.
    O mundo está repleto de homens que não valem nada, eu conheci um desses no POF, site de relacionamento. Apesar de ter o cuidado de escolher bem os rapazes para conversar e quem sabe, dar certo de encontrar um cara legal para namorar, pois está bem difícil. Quebrei minha cara.
    Conheci um cara muito educado, inteligente, gentil ao extremo. Não era nada bonito, mas bem alto, 1,90 de altura. Ele trabalha como luthier na Vila Galvão. Fabrica guitarras estilo vintage e também, reforma instrumentos. Achei que essas características fossem suficientes para definir aquele como um homem decente. Mas vejam o que aconteceu: depois de semanas de conversas lindas, onde ele me prometia amor e respeito, fui conhece-lo pessoalmente. Escolhemos um lugar público e aparentemente, foi tudo bem. Ele realmente parecia ser quem dizia. Depois de um tempo nos beijamos, eu estava super envolvida com ele. Fomos para a casa dele (eu sabia onde era, tinha pesquisado na internet antes, e avisei minhas amigas e minha família que estaria com ele) e também, a mãe dele morava do lado. Lá nos beijamos bastante e como eu estava muito esperançosa, acreditando que aquele pudesse ser o companheiro que venho procurando na minha vida. Mesmo indo contra o que pratico, me entreguei para ele aquele dia mesmo. Mas antes, abri um preservativo e ofereci de colocar nele, com jeitinho. Ele disse que não ia dar certo, porque já estava perdendo ereção, então entreguei para ele colocar, tenho pavor de doenças. Ele disse ter colocado e então, transamos. Quando acabou, ele mexeu no pênis e achei que estivesse tirando a camisinha. Mas vi que ela estava intacta, desenrolada, mas não com aparência de usada. Perguntei para ele se ele tinha mesmo colocado, ele ficou nervoso, mudou completamente seu jeito comigo. Pedi para ir embora, pois fiquei mesmo muito decepcionada.
    No dia seguinte, ele mal falou comigo até parar por completo, não respondia minhas mensagens, se mostrando como era de fato.
    Passado 2 dias, no trabalho, senti um líquido sair de mim, pela vagina, achei que estivesse menstruando, fui ao banheiro e vi um líquido amarelo escuro, quase marrom, que ficou por dois dias. Desesperada, fui procurar um posto de saúde, dizendo o que aconteceu. Fiz o teste de HIV e, por ser recente, nada apareceria. Nesse momento, soube pela enfermeira que se eu tivesse ido até 72 horas depois da relação, poderia entrar com um tratamento retro viral e se fosse infectada, o vírus da aids não me contaminaria. 3 dias depois não adianta …
    Agora estou aqui, esperando ansiosa o prazo para eu refazer o teste e ver se o porco sujo me contaminou.
    Se ele fez isso, será preso, isso é crime, lesão corporal gravíssima. Fui na delegacia abrir BO, mas só posso depois que tiver o resultado. Enquanto isso, entrei apenas com uma medida preventiva, caso ele me procure com ameaças a mim ou minha família.
    Nós mulheres estamos vivendo tempos muito complicados com esses vermes doentes que se dizem homens. E estão em toda a parte, disfarçados de pessoas decentes, quando são psicopatas querendo apenas usar a gente. Por mais que nós temos cuidado com nosso corpo, nossa saúde física e mental. Estamos sempre querendo melhorar, ficar mais bonita e mais saudável para se entregar para esses lixos. Vamos tomar mais cuidado, muito mais… sempre… quando sair com um babaca desses, é bom conferir se estão mesmo com preservativo, pegue no pênis e veja se esta colocado mesmo. De preferência, os que você levar, ou então, comprar no motel. Tem uma prática que está acontecendo que é passar aids propositalmente … por isso, CUIDADO, NÃO SE ILUDAM COM ESSES ESCROTOS.

    1. Olá, Jullyana! Obrigada por compartilhar sua história com a gente. É sempre bom cuidarmos do nosso corpo, da nossa saúde física e mental e precisamos sempre estar atentas e exigir que respeitem os limites. Torcemos para que você fique bem!

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