Ser ou ter? Eis aí uma questão frequente no nosso cotidiano e que às vezes, nem percebemos.
Um estudo atrás do outro, tem demonstrado que o foco na aquisição de coisas nos faz infelizes, danifica nossas relações, aumenta os sentimentos de isolamento e insegurança, diminuem a resiliência e prejudicam nossa saúde mental.
Nada disso é uma surpresa, mas o certo é que temos vivido numa sociedade saturada de mensagens e imagens que nos empurram a pensar que uma vida valiosa é sinônimo de possuir coisas caras. Como podemos mudar isso?
Um recente artigo do psicólogo T. Kesser na Scientific American afirma que é possível. Em um dos estudos conduzidos por sua equipe, uma intervenção realizada para estimular um menor foco em metas materialistas foi testada em adolescentes, comparados com um grupo controle, aqueles que participaram do programa foram menos materialistas e melhoraram sua auto-estima durante os meses seguintes. Em outras palavras, o consumismo pode ser gerenciado, diminuido, por meio de um esforço consciente.
Para melhorar e adquirir novos compromissos com nossos valores e ter mais e melhor saúde mental, façamos este exercício: coloque num papel todos os avisos aos quais você estiver exposto(a), durante um dia inteiro, out doors, banners, pop up, anúncios impressos ou digitais. Pode parecer difícil mas assim teremos uma ideia da quantidade de mensagens publicitárias a que nos expomos diariamente.
Uma das razões que dificultam para mantermos o consumo controlado, é a presença constante da publicidade desenhada especificamente para fortalecê-lo.
Como segunda parte deste exercício, escreva seus valores, seus princípios morais e éticos, aquilo que você pode chamar de sua essência. O que é importante na sua vida e reflita sobre eles. Suas ações te aproximam ou afastam desses princípios? Te aproximam ou afastam das pessoas que te são importantes e do que você considera justo?
A última parte do exercício é a mais materialista. Registra todos os seus gastos, das duas últimas semanas. Você gastou só com o que precisava? Usou seu dinheiro para ter experiências ou para acumular coisas?
Observe se teus gastos refletem seus princípios ou não. Se não, pensa acerca do que é que te leva a comportar-se assim. Insegurança? Necessidade de impressionar? Pressão social?
Este exercício que qualquer pessoa pode fazer com certa facilidade, pode nos ajudar a reencontrar o caminho certo, para podermos ter uma vida mais plena e centrada naquilo que nos faz vibrar de verdade.
Então que tal experimentar SER mais?
Retirado de cámbiate blog (traduzido e adaptado)