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Ressignificando sentimentos e repensando a vida

Categorias: Reflexões
sentimentos, gabriel cruz

Hoje vamos falar sobre sentimentos, ressignificações e novos sentidos para a vida.

O que me motivou a escrever esse texto, foi uma história, que poderia ser um conto de terror, mas é real.

Quem não mora na Espanha talvez nem tenha ouvido falar em Gabriel Cruz, o “pescaíto” que foi assassinado por sua madrasta.

Gabriel foi o protagonista dessa história que me fez pensar tanto, que me causou dor, raiva, ódio, mas que também me fez rever meus sentimentos e repensá-los, reordená-los e dar novo sentido.

Durante a despedida do pequeno, sua mãe, que teria todo o direito do mundo para odiar a mulher que lhe tirou a vida, pede em rede nacional para que não estendamos a raiva. Daí você pensa: se ela que está sentindo a pior dor que deve existir nesse mundo, está falando isso, quem sou eu pra ter qualquer sentimento pela madrasta?

Foi aí que me deu um clique. Entendi que a raiva e outros sentimentos, as vezes vem como um tsunami dentro de nós.

Daí não dá tempo de pensar, de racionalizar, de entender o porquê do que estamos sentindo.

Simplesmente deixamos que aquela onda de coisas negativas no tome e nos faça mal, ferindo nossos sentimentos.

Sim, faz mal. Você percebe que seu corpo se contrai, sua cabeça dói, te falta o ar, quando você está com raiva? Pois é. Observe.

Mas não estou aqui pra dizer que a gente não pode sentir raiva ou ódio. Até porque, por se tratarem de sentimentos, eles apenas chegam. A gente não tem muito o que fazer quanto a isso, mas dá pra fazermos algo em relação a permanência deles.

Se você fomentar a raiva, deixá-la em banho maria, ela vai crescer, ganhar cada vez mais força. Te dominar. Suas atitudes passam a ser motivadas por ela. Logo, você estará disseminando ódio por onde for.

Ao passo que, se a raiva chega, a gente percebe, para pra entendê-la e a ressignifica, poderemos então, agir a partir do amor, da compreensão.

Eu poderia emanar minha raiva para a madrasta, mas depois disso tudo, decido enviar amor à mãe e assim, ajudo a interromper os ciclos de ódio que criamos a todo momento, sem nem ao menos perceber.

Espero que essa leitura te faça pensar e que te ajude a quebrar mais ciclos de ódio, dentro e fora de você.

Leia também: Artigo – Afetividade: a manifestação de sentimentos na
educação.

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