Quando alguém que nos é importante está triste, a resposta típica da sociedade é dizer, “tudo ficará bem”. Isso, acreditamos, deixa menor a percepção negativa da situação. Dessa forma acreditamos que a pessoa pode reduzir sua tristeza a um nível que possibilite uma saída emocional positiva.
Porém, pesquisas recentes mostram que diminuir excessivamente a negatividade de uma situação pode ser contraproducente.
Quando tentamos confortar alguém dizendo que as circunstâncias não são tão graves como pensa, a mensagem implícita é de que seu nível de dor não é socialmente aceitável.
Se estivesse tudo bem com seu grau de tristeza, não estaríamos tratando de animá-lo. As expectativas sociais percebidas acerca de quando estamos tristes fazem com que as emoções negativas piorem.
Desta forma, quando as pessoas se sentem tristes e percebem que os demais as reprovam, suas emoções negativas se amplificam.
A conclusão é de que é bom recordar à alguém que se pode estar triste. Obviamente, não podemos ir ao outro extremo e fazer com que alguém que esteja triste fique ainda pior, mas fazer com que a pessoa triste entenda que pode se sentir assim, que se espera isso, que é aceitável.
Isso é essencialmente o que fazemos quando perdemos alguém. Durante o luto se destaca o quão boa era a pessoa, os bons tempos que passamos com ela. Dessa maneira, legitimamos os sentimentos de tristeza.
Nos faz sentir que o que estamos experimentando é realmente como devemos nos sentir. A longo prazo, isso nos deixará melhor.
O sofrimento é o outro lado da felicidade. Recordar porque nos sentimos tristes fecha um círculo emocional e nos faz compreender porque nos sentíamos assim.
Sem permissão para sentir a tristeza não se pode atingir o equilíbrio emocional. Precisamos experimentar e saber lidar com todas as emoções para que tenhamos habilidade para saber quando, por quanto tempo e o que sentir, de maneira saudável.
Retirado de cámbiate blog (traduzido e adaptado)