A paciência, a que temos para com a gente, é o que define o quanto e como nos queremos bem. Podemos eleger entre uma atitude que nos julga por como estamos, ou podemos fazer algo que celebre quem nos tornamos. Uma nos levará ao amor próprio. A outra já sabemos onde nos leva.
Um dos fatores que mais influenciam nossa satisfação vital é a paciência. Infelizmente, em um mundo de imediatismos, não é tão popular falar sobre ela como uma virtude.
Isso é normal (até certo ponto), pois seu significado mais profundo e sua importância em nossa aprendizagem foram retorcidos e, em muitas ocasiões a utilizamos como uma desculpa para a incapacidade de outras pessoas em não cumprirem com suas responsabilidades.
Mas a paciência é um exercício íntimo, nosso!
Quase poderíamos dizer que nos define enquanto seres humanos, visto que nos faz viver o dia a dia com uma atitude observadora, atenta, tratando de entender e aceitando as mudanças, sem julgamentos. Recordemos essa frase: “se tem solução, por que se preocupar? se não tem, por que se preocupar?”.
A paciência determina a maneira como buscaremos soluções.
Ter paciência se confunde muitas vezes, com ter uma atitude passiva, que deixa acontecer o que for sem intervir para a mudança, mas é tudo o contrário. É um processo de reconhecimento da evolução natural da vida, unindo-se a ele, ao invés de tentar acelerá-lo.
Ter paciência é uma atitude que se cultiva. E é um exercício que a medida em que o vamos desenvolvendo, nos dá uma maravilhosa sensação de pertencimento. Formamos parte do que está acontecendo. Não tentamos mudar nada. Observamos e agimos quando necessário. Somos parte da mudança.
A paciência é, além de tudo, uma magnifica forma de empatia. Ao desenvolvê-la em nós, seremos capazes de fazê-la com outras pessoas, respeitando seus processos, sem tentar modificá-los ou adaptá-los aos nossos.
Sem dúvidas, essa capacidade exige uma enorme dedicação e contínuos ajustes, nesse mundo frenético em que temos vivido, por isso deveremos estar atentos para reconhecer esses momentos em que nos deixamos levar pela pressa, pela impaciência e assim, nos recolocarmos em nosso próprio e saudável ritmo.
Retirado de Cámbiate Blog (traduzido e adaptado)