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Por que o trauma do 11 de setembro ainda vive?

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A tragédia de 11 de Setembro aconteceu há 15 anos, mas se você já era nascido nessa época, certamente vai se lembrar onde estava, o que fazia e o trauma que foi ver a cena das torres sendo atacadas e centenas de pessoas perdendo a vida.

O 11 de Setembro ainda está vivo em nossa memória. Agora imagine na memória e vida de quem passou isso na pele. Muitas dessas pessoas que sobreviveram à tragédia, carregam consigo o trauma, a dor física, psíquica e emocional de uma situação caótica, violenta e ameaçadora.

Mas por que não conseguimos esquecer uma situação traumática?

Isso é consequência do transtorno de estresse pós-traumático ou TEPT, um distúrbio da ansiedade, caracterizado por alterações emocionais, físicas e psíquicas.

Trauma recorrente é coisa séria, precisa de cuidados

Toda pessoa que passa por uma situação ameaçadora que oferece risco à sua vida ou de outras pessoas, ao relembrar-se do fato experimentará sensações muitíssimo semelhantes às que teve no momento do trauma. É uma reação normal do nosso cérebro.

Acontece que para alguns as reações que acompanham essas memórias são exacerbadas e muito constantes, além de desenvolverem uma série de outros sintomas negativos como distanciamento emocional, sentimentos de impotência e incapacidade em se proteger, episódios de pânico, alterações no padrão de sono.

Para essas pessoas é aconselhável que procurem um médico ou um psicólogo, porque provavelmente estão experimentando o TEPT.

O diagnóstico desse transtorno é feito clinicamente e pode ser confirmado por exames (dosagens hormonais, polissonigrafia). De acordo com o DSM-5 esses são os critérios clínicos:

  • Existência de um evento traumático claramente reconhecível como um atentado à integridade física, própria ou alheia, que tenha sido experimentado direta ou indiretamente pela pessoa afetada e que lhe provoque temor, angústia ou horror
  • Re-experimentação persistente do evento
  • Insensibilidade afetiva
  • Hipervigilância
  • Sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Em geral a Terapia Cognitivo-Comportamental é a mais indicada para o tratamento desse transtorno, por ser mais diretiva e, pode-se também fazer uso de ansiolíticos ou antidepressivos, que ajudem a minimizar os sintomas físicos.

Além disso é aconselhável que a pessoa que teve TEPT pratique esportes, faça exercícios de relaxamento, procure estar sempre em ambientes saudáveis e tranquilos.

As chances de se conseguir voltar a ter uma vida normal, após a vivência de um grande trauma e o desencadeamento do transtorno são grandes, mesmo que a memória ainda permaneça viva, os sintomas físicos e reações emocionais podem desaparecer.

Se você passou por uma situação agressiva, traumática e apresenta alguns desses sintomas que leu aqui, procure ajuda, sua vida pode ter muito mais qualidade se você estiver amparado 😉

Fontes:
Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Por que os EUA ainda vivem em estado de emergência nacional 15 anos após o 11 de setembro

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