A gente sempre ouve por aí alguém dizer “é tanto amor que chega a doer”. Como se para alguns, o sentimento fosse tão intenso que precisa ser acompanhado de dor e de fato, isso faz sentido. Ao colocarmos emoções tão intensas numa relação, o risco de que a dor exista é bastante alto.
Se falarmos de uma ruptura sentimental, a semelhança do que sentimentos é novamente com a dor. Parece que nos dói o coração. E, claro, é muito normal que a gente associe esse sentimento com o final de uma relação.
Mas será que não estamos indo longe demais ao identificar a dor produzida pelo amor com outros tipos de dor, como a física?
Um estudo realizado pela Universidade de Michigan confira que o cérebro reage a uma ruptura sentimental de forma similar de quando temos uma dor física. O fim do amo dói. E dó fisicamente, não só emocionalmente. É o que conclui o interessante estudo realizado pela equipe do psicólogo Ethan Kross.
Esses resultados dão um novo significado a ideia de que a rejeição dói. Essas emoções negativas que se produzem diante do fim de uma relação afeta definitivamente a saúde física. Se comprovou como o luto posterior aumenta o risco de um ataque cardíaco.
E, assim como a dor física, esse fenômeno afeta as pessoas de formas diferentes. Há quem tolere melhor o sofrimento e há os que estão muito mais vulneráveis à rejeição.
Mas, apesar de parecer tão romântico pensar que essa dor que sentimos quando estamos apaixonados seja algo normal, não é bem assim.
Como diz David Cain em seu blog Thought Catalog: O amor não dói. Se doer não é amor, é outra coisa. Medo. Apego. Idolatria. Vício. Dependência emocional. Mas amor não é. Porque o amor não nos faz sofrer, pelo contrário, nos deixa mais saudáveis, mais felizes.
Para concluir, ainda que em algumas ocasiões estar apaixonado possa parecer uma montanha russa emocional, o balanço final deve ser, sem erro, positivo. Para cada um de nós pode ser diferente, mas para todos, estar apaixonado deve sempre aumentar nossa saúde física e emocional.
Referências:
http://www.pnas.org/content/108/15/6270.full
Retirado de Cámbiate (traduzido e adaptado)