Mãe, a mulher se prepara ao longo de 9 meses para se tornar uma. Seu corpo muda para ser capaz de gerar, parir e alimentar sua cria. Ficamos sensíveis, choramos à toa, são os sinais que o coração também se prepara para amar o bebê que está a caminho.
A ocitocina, o hormônio do amor, invade o corpo da mulher com a chegada do bebê. A natureza é perfeita! Diante de tanta perfeição, como é possível haver sofrimento na maternidade?
Após o nascimento do bebê, a mãe se volta aos cuidados com o pequeno.
Sua função é garantir a sobrevivência dele, com amor, aconchego, alimentação e saúde.
Uma tarefa cheia de amor, mas muito cansativa.
A mãe sente culpa por se sentir cansada, por querer uma folga, por se sentir sobrecarregada.
A dedicação ao bebê exclui a mulher socialmente. Os estabelecimentos não estão preparados para receber bebês. Amamentar em público ainda é pauta para muita discussão. A mulher passa mais tempo em casa, isolada socialmente, vivendo a famosa solidão materna.
Nas minhas vivências como mãe, nos relatos de pacientes e de outras mães, vejo o quanto o isolamento social é algo marcante na nova vida dessa mulher.
Há uma pressão social que essa mulher seja uma super mãe, esposa exemplar, que a sua casa esteja limpa e arrumada, que trabalhe fora e seja bem sucedida, além de estar dentro dos padrões de beleza. Aumentando a cobrança na cabeça dessa recém mãe, que está se adaptando a nova fase em meio a mamadas, noites em claro, dias de pijama e muito cansaço.
Se tornar mãe é um processo, uma fase de adaptação.
Tanto do bebê ao mundo, quanto dessa nova mãe com seu bebê. É ajudar um ser a formar sua personalidade, através da relação que se estabelece com amor e afeto.
Autoconhecimento torna esse momento mais consciente e ativo, dando a possibilidade de uma melhor atuação como mãe.
A psicoterapia é uma forma de acolher essa mãe e lhe dar o apoio necessário para que ela consiga estabelecer a relação mãe-bebê da melhor forma possível. Além de ser um momento, em que a mulher tem para falar de si, em todos os seus aspectos, inclusive como mãe. Ser ouvida e acolhida, sem julgamentos. Se sentir incluída socialmente.
Mãe também precisa de colo.
Precisa ser ouvida, se sentir bem com a pessoa que é. Somente quando essa mulher conseguir conciliar a maternidade com todos os outros papéis sociais, ela conseguirá desfrutar de uma maternidade mais plena e real.
Se sentir bem com quem é, e pelo que é para seus filhos e para todos que vivem ao seu redor.
Falar sobre as suas dificuldades e receber o apoio e acolhimento terapêutico necessário para reflexões, pode ser benéfico.
Reserve algum tempo para você e ter um profissional que respeite o seu espaço, seu tempo e te ajude a enfrentar essas mudança que a maternidade traz. O importante é que tenha esse momento para desabafar e receber o apoio e acolhimento necessários.
Existem opções… Psicoterapia, orientação psicológica online, grupos de apoio materno, rodas de conversas e outras tantas formas que um psicólogo pode te ajudar.
Tem dúvidas? Acha que precisa de colo? Precisa de um momento com alguém, fale com um psicólogo e claro, se precisar, pode me procurar.
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