O papel da autoestima

Provavelmente o juízo de valor mais importante e que afeta diretamente o desenvolvimento emocional de alguém, é o juízo que uma pessoa faz de si mesma e por isso é tão importante que haja um equilíbrio nessa questão

A deterioração da autoestima, sem dúvidas, não acontece da noite para o dia, por um evento traumático, como uma separação, mas sim, vai acontecendo por uma série de pensamentos e crenças irracionais ao longo da vida e que não estão em sintonia com o que a pessoa é na realidade.

Há algum tempo uma paciente com severas falhas em sua autoestima e que seguia cometendo os mesmos erros em suas relações amorosas, me disse:

“-Doutor, em algumas ocasiões algumas pessoas me disseram que não são meus parceiros que tem algo a resolver, mas que sou eu quem tenho problemas, será que estão certas? Que sou eu o problema? – me falava essas coisas com a cabeça baixa”.

“-Claro que você é o problema – respondi francamente. -Eles somente são as variáveis da equação, mas a constante, o que dá a resposta à fórmula, com certeza, é você”. 

Se esses desastres são, portanto, resultado de seus equívocos e enganos que comete contra você mesma(o), como começar a resolver isso?

Pensa o seguinte: O que acontece com você quando seu estado de ânimo é tão bom que você pode classificá-lo de extraordinário? Por acaso isso provaria que esse estado de felicidade é o que te faz ser valiosa(o)?

Se não tivesse esse estado de felicidade de vez em quando, significa que você não vale nada? Não, certo?!

Então, por que quando os estados de ânimo são lamentáveis ou infelizes, você insistiria em acreditar que não tem valor algum?

Seus sentimentos não determinam o seu valor, simplesmente mostram um estado variável de bem-estar ou mal-estar.

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Então, coloca particular atenção nas primeiras etapas de qualquer caminho que você comece a seguir, permita-se sentir tristeza quando for preciso, felicidade quando houver.

Não prolongue a tristeza, pois ela pode se transformar em depressão, mas sinta o embargo saudável que ela te provoca.

E assuma o controle da sua vida, com as dores e as felicidades que fazem parte do caminho. Lembra que ninguém pode gostar de você, de quem ou como você é, se você mesma(o) não for capaz disso 😉

Retirado de Psicocode (traduzido e adaptado)