São 22:30 e o que presencia-se são: janelas fechando, olhares serenos, pés arrastando um par de pantufas macias e aconchegantes. É hora de dormir o sono dos justos. Na calada da noite? Não, não, a insônia está aqui, gritando aos meus ouvidos, para não esquecê-la jamais.
A maior recompensa de um cidadão comum é poder recompor suas energias – afinal, ele produziu, criou, cumpriu com seus deveres. E então, ele se depara com a aflição de saber que a tranquilidade almejada ao chegar em casa ficará estancada apenas em seus pensamentos.
Os 1200 fios do lençol são os maiores cúmplices daqueles que sofrem de insônia. Pessoas que podem ficar anos sem poder descansar e desconectar totalmente deste mundo, por mais convidativa que uma cama possa ser e, mesmo que tenha sido o dia mais atarefado do ano, o descanso não virá.
O sono diário é necessário não pelo simples prazer de sentir-se renovado, mas também para regulação hormonal, atualização do desempenho cerebral e da memória, entre outros.
Quando o cérebro captar que esta necessidade de descanso não está sendo atendida, comportamentos mudarão, o desempenho no trabalho cairá, o humor estará instável e desmotivado para realização de atividades rotineiras, e também será pessimista em propor desafios e mudanças na vida do indivíduo.
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Em nossa atual sociedade imediatista e extremamente tecnológica, até para desligar-se por 8 horas está difícil, porém, abastecer as energias faz parte das atividades diárias e recompensadoras – afinal, até mesmo nossos aparelhos eletrônicos necessitam ser recarregados, não é mesmo?