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Síndrome de Peter Pan

Categorias: Comportamento
síndrome de peter pan

Hoje falaremos da Síndrome de Peter Pan. Essa síndrome afeta os adultos, os quais resistem a crescer e a amadurecer, comportando-se como crianças ou adolescentes.

Essa síndrome afeta mais aos homens que as mulheres. Geralmente as pessoas afetadas por ela apresentam características como medo de assumir compromissos e responsabilidades, culpam os outros por seus fracassos, tem baixa tolerância à frustração, buscam obsessivamente a satisfação imediata.

Também costumam ser rebeldes, tem pouca empatia, pouco compromisso com o sexo oposto. Só sabem pedir, receber e criticar. São pessoas inseguras, que tem medo da solidão. São “adultos-crianças”.

Mas quais são as causas dessa síndrome de Peter Pan?

Entre outras coisas se pode apontar: a emancipação tardia dos jovens (seja pela atual crise econômica que obriga os jovens a se manterem mais tempo dependentes dos pais, seja por questões culturais…); ideias da atualidade de que, para ser feliz, são necessárias muitas coisas e é preciso tê-las de maneira imediata (modo de pensar típico das crianças); ou a educação permissiva que foi dada nos últimos tempos, fazendo com que os adultos de hoje não valorizem o esforço nem tolerem frustrações.

Como essas pessoas vivem em casal?

Clique e fale com um Psicóloga Online agoraSe trata de pessoas com medo de compromissos e das responsabilidades que ele acarreta. Podem passar por diversos relacionamentos, já que quando a relação se consolida e se torna mais séria, o adulto-criança se assusta e acaba rompendo a relação. Quando a conseguem manter estável, geralmente é porque conseguiram um/a parceira/o que faz o papel de cuidador/a.

O adulto-criança tolera a relação graças a/o sua/seu parceira/o que cuida de tudo como uma verdadeira mãe cuida de seus pequenos.

Existe alguma solução? Por sorte, algumas:

  1. PREVENÇÃO: Como em qualquer problema psicológico, o importante é a prevenção, ou seja, ensinar às crianças as habilidades de independência, incentivá-las desde pequenas a usarem e desenvolverem sua autonomia, autoestima, tomada de decisões próprias e tolerância às frustrações. Treiná-las para o esforço e a constância. A educação de alguns pais e mães que se baseia na excessiva proteção do menor, pode ser prejudicial para o desenvolvimento e maturidade psicológica dessa criança no futuro.
  2. ACEITAÇÃO: Respeitar que as vezes se é uma pessoa imatura e precisa de uma mudança de rumo na vida. Começar a assumir a responsabilidade pelo amadurecimento e entender que, muitas vezes, isso implica passar por maus momentos.
  3. NÃO IDEALIZAR a adolescência e a juventude como se fossem as únicas etapas que se podem desfrutar na vida.
  4. CASAL: Com respeito a/o parceira/o do “adulto-criança”, não fomentar e nem reforçar as atitudes imaturas deste.

“Adquirir desde jovens tais ou quais hábitos não tem pouca importância: tem uma importância absoluta” – Aristóteles

Retirado de Don Psico Blog (traduzido e adaptado)

Uma resposta

  1. “Como em qualquer problema psicológico”

    Não é considerado uma patologia. Quando vocês colocam desse modo, abre espaço para pessoas justificarem comportamentos nocivos como uma doença. Vejo muito no twitter pessoas justificando imaturidade com “ah, mas eu tenho síndrome de Peter Pan!”

    “seja pela atual crise econômica que obriga os jovens a se manterem mais tempo dependentes dos pais,”

    Uma pessoa que se mantem em casa por questão financeira não é a mesma que se mantem em casa por dependência psicológica. É o modo que se da o convívio que diferencia. É sempre importante diferenciar. Isso evita inclusive a grande banalização desse termo nos dias de hoje. A pessoa com o perfil de SPP ira permanecer em casa de qualquer modo. Mas para saber se essa pessoa tem SPP ou outra coisa precisa de diagnostico.

    No Japão o número de pessoas com mais de trinta anos que se quer saem do quarto é assombroso (popularmente conhecidos como Nem-nem é um problema sério no Japão a ponto de tratarem o assunto politicamente) e os dados que tenho são do final dos anos 00 e lá é um país de primeiro mundo. E é evidente que essas pessoas possuem outros problemas psicológicos ou até psiquiátricos e isso é sempre discutido antes de levantarem a hipótese de “síndrome de Peter Pan”.

    É importante lembrar também que muitas das características da “síndrome de Peter Pan” também são características de patologias reais (TDAH, depressão, síndrome de boderline, fobia social, traumas, entre outros). Cabe a pessoa ser diagnosticada por um profissional, antes de acusarem a pessoa de estar acomodada devido a falta de uma educação coerente (SPP). A banalização desse termo nos dias de hoje é cansativo. As pessoas nem sabem o que é e acusam todos com comportamentos fora do normal (ou do normal delas) de a tê-la. É um novo jeito de dizer que depressão é frescura. Pois acharam uma síndrome que não é doença, apenas imaturidade desenfreada, para poderem justificar psicofobia.

    “Essa síndrome afeta mais aos homens que as mulheres.”

    Nas mulheres é mais aceito. Vivemos em uma sociedade patriarcal. Não é permitido que o homem tenha problemas mentais, que seja sentimental ou tenha períodos difíceis e recorra a parentes. Se o homem se enquadra nesse perfil ele obviamente será o Peter Pan. A mulher não. Ela estará deprimida, cansou da vida, é frágil, etc. Na nossa cultura uma mulher com mais de 40 que mora com a mãe é normal. Já um homem? Complexo de édipo. Não consideram nem cenários econômicos ou outros motivos. Mas também é interessante relacionar como o machismo usa a síndrome de Peter Pan para atacar mulheres completamente normais apenas por hábitos não nocivos como pintar o cabelo de rosa depois dos 30 ou continuar assistindo filmes adolescentes (mulheres com SPP são aceitas, mulheres normais são acusadas de a terem). Reiterando: Existe uma banalização muito forte desse termo, geralmente usado como desculpa para diversas situações que não são realmente problemáticas socialmente.

    Eu sei que a síndrome de Peter Pan é um problema real, mas uma grande parte de doenças mentais são desconsideradas quando vão julgar alguém nesse perfil, porque é mais fácil chama-lo de infantil. É mais fácil de dizer que aquela pessoa foi mimada. Por isso quando vocês fazem esses artigos, deveriam levantar a questão de outros problemas psicológicos e psiquiátricos ou lembrar da importância de um diagnostico por um profissional.

    É também importante considerar que existe uma romanização doentia em cima desse termo por pessoas que não a tem. Não sabem por exemplo que alguém com SPP é alguém solitário, com baixo auto estima e deveras ansioso(a),

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