Tenho pensado bastante sobre o medo de dar errado, que a gente tem praticamente por toda a vida. E que atire a primeira pedra quem nunca, em nenhum momentozinho sentiu esse medo roendo o dedão do pé.
A gente tem medo de dar errado e a gente tem medo de dar certo, também. Porque dar certo, diga-se de passagem, significa ter que assumir mais responsabilidades.
E é aí que entram as nossas boas e velhas sabotagens.
Queremos aquela promoção no trabalho, mas ao invés de entregar o relatório em dia procrastinamos até perder o prazo.
Queremos guardar dinheiro, mas toda vez o cartão de crédito está na carteira e sempre tem uma novidade no shopping, gritando por nós.
Queremos encontrar aquele amigo, mas sempre tem alguma coisa mais importante pra fazer antes.
E assim, segue a vida, com mil desculpas para não “darmos certo”.
Tomemos o exemplo da procrastinação no trabalho. Você tem medo da demissão, do desemprego e isso seria “dar errado” na vida. Daí surge a oportunidade de você assumir um novo cargo, mais bem remunerado, mas com mais tarefas e responsabilidades para entregar e, você tem medo de não dar conta. Então perceba, temos medo de dar errado e de dar certo!
E dessa forma passamos a vida na famosa zona de (des)conforto. Onde tudo é conhecido e controlável. Veja que usei o prefixo “des” na frase acima. Proposital, porque a zona de conforto nos faz sofrer, mas ainda assim, nos apegamos a ela, porque reconhecemos aquele terreno.
Sabemos de cada medo, de cada incerteza que aquele lugar guarda e lidamos melhor com esses sofrimentos, do que com as incertezas do desconhecido.
Pensando nisso tudo, eu disse pra mim mesma: faz um favor pra você? Arrisca!
Encara esses monstros do desconhecido e assume o risco de dar certo e o de dar errado, também. Se der errado, a gente recomeça outra vez, e quantas forem necessárias.
Cerque-se de pessoas do bem, pessoas com as quais você pode contar. Que te deem apoio e abraço. Que te orientem, te animem.
Vence esses medos! Eles sempre existirão. Hoje ou amanhã, um ou outro medo vai aparecer, mas cabe a você, decidir se fica e espera ele te engolir ou se assume as responsabilidades, as incertezas e inseguranças e lida com cada uma, até superá-las todas 😉
E se tudo der certo, a gente comemora e segue aprimorando a arte de dar conta de novas responsabilidades, de novos desafios!
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