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Natal, “dezembrite” ou “síndrome do fim do ano” e a NOSSA saúde mental: reflexões para os Introvertidos

photo of woman sitting near the christmas tree

No dicionário [ ok google], Natal significa: adjetivo de dois gêneros

  1. relativo a nascimento; natalício.
  2. onde ocorreu o nascimento (de alguém ou de algo); natalício.”terra n.”
  3. substantivo masculino dia do nascimento; natalício.
  4. substantivo masculinoLITURGIA•RELIGIÃO festa do nascimento de Jesus, celebrada no dia 25 de dezembro desde o sIV pela Igreja ocidental e desde o sV pela Igreja oriental ☞ inicial maiúscula
  5. substantivo masculino MÚSICA cântico natalino de origem medieval.

Origem: ⊙ ETIM(sXIII) latim natālis,e ‘de nascimento’

O Natal é uma época repleta de memórias e emoções variadas. Neste texto, abordei como minhas lembranças dessa celebração foram marcadas pela ansiedade financeira, saudades e amor familiar. Refletir sobre as pressões sociais, a "Síndrome do Fim de Ano" e a importância de ressignificar o período, encontrando significado na empatia, no cuidado e na solidariedade. Descubra como é possível criar tradições autênticas e transformar essa festividade em um momento que ressoe com seus valores, tornando o Natal uma época de conexão genuína e amor que pode durar o ano inteiro.

Falando abertamente, tenho poucas lembranças boas do Natal. Por vezes, a dificuldade financeira da família gerava muito estresse para minha mãe, que se preocupava em receber as visitas e oferecer uma ceia completa. Na ocasião, meu pai recebia ticket alimentação, o que ocasionava uma grande compra, mas depois, o saldo acabava.

Felizmente, começava um novo mês e uma nova celebração.

Era divertido ajudar a guardar as refeições das festas, eu e minha mãe fazíamos isso juntas. Mas eu esperava mesmo era a promoção do Pão de Açúcar: três chocotone® pelo preço de um.

Saudades desse tempo.

Sobre a socialização no Natal

O Natal é uma época de celebração e tradição, mas também pode ser marcado por tensões sociais e pressões.

Reunir a família à mesa pode trazer à tona perguntas indiscretas [cadê o emprego? os namorados?] e observações indesejadas [engordou hein? vai sumir de tão magro].

Infelizmente, dezembro pode se tornar uma época de perda e tristeza para alguns, como foi para mim com o adoecimento de minha mãe [18/12]. Por outro lado, há aqueles que amam o Natal e se tornam a alma da festa, como minha mãe que, apesar do estresse, sempre sorria e enchia a sala.

Por fim, há aqueles como meu amado broto, que adora montar a árvore de Natal e me permitiu compartilhar essa experiência com ele.

Em suma, o Natal é uma época de altos e baixos, mas é possível experimentar pouco de alegria e esperança.

Diante de todos esses pesares, é possível re-significar o natal?

No meu lado aqui, eu ainda estou tentando. Troco presentes com os amigos e escrevo cartas. E sempre que foi possível, junto de uma prima elaborávamos um momento que por gracejo, chamamos de pré-natal (não ginecológico) em que nos reuníamos, preparávamos comida e passamos a tarde toda papeando.

Hoje, nos encontramos por vídeo-chamada [obrigada Google Meet e Whatsapp por permitir a conexão] afinal, cada uma foi pra um canto diferente do Estado.

E o melhor, o grupo cresceu – compartilhamos coisas as vezes, figurinhas de gatos e notícias.

É natal, quando esses encontros acontecem e ali, nasce uma tarde gostosa.

É natal quando é possível experimentar cuidado, cumplicidade, aconchego e acolhimento.

É natal, quando podemos sentir amor. Nós podemos ter natal o ano todo, basta olhar nos olhos , saber ouvir, abraçar , sorrir ou ficar em silêncio junto de quem nós amamos.

E para você o que é Natal?

Especulando mais um pouco sobre o tema

Esta época, repleta de luzes e canções, carrega uma complexidade emocional muitas vezes oculta.

As sociedades modernas transformaram essa celebração tradicional em um evento cultural abrangente, marcado por práticas comerciais e sociais intensas. Tal evolução trouxe consigo novas pressões e exigências, alterando significativamente o significado e a experiência desse período.

A “Síndrome do Fim de Ano” reflete essas mudanças. Ela abarca a ansiedade e o estresse que podem acompanhar os preparativos para as festividades, muitas vezes decorrentes da discrepância entre as expectativas idealizadas e a realidade vivida. As representações nas redes sociais exacerbam essa sensação de inadequação ou isolamento, expondo-nos a imagens de celebrações perfeitas.

Contudo, essa síndrome não é um fenômeno exclusivamente moderno. Historicamente, o fim do ano sempre foi um momento para reflexão e avaliação pessoal. O que mudou foram as circunstâncias sociais e culturais que influenciam essa experiência. As práticas atuais são um mosaico de tradições antigas e novidades, refletindo alterações na estrutura familiar, na mobilidade social e no advento tecnológico.

Nesse contexto, re-significar este período torna-se um ato de resistência emocional e cultural.

Reconhecer a vulnerabilidade inerente a este tempo e, ao mesmo tempo, buscar conexões humanas genuínas, alegria nas pequenas coisas e criar novas tradições que estejam em harmonia com nossos valores e realidades.

Assim, essa celebração se transforma: de uma festividade externa, repleta de rituais, para um momento de introspecção e conexão.

É encontrar significado no cuidado, na empatia e na solidariedade. É, essencialmente, sobre o amor em suas diversas formas, um amor que transcende um dia específico e permeia todo o ano.

Portanto, caro leitor, reflita: como você pode transformar este período em algo que ressoe verdadeiramente com seu ser e seus valores?

É um tempo para autenticidade, para estender a mão com empatia, e, apesar dos desafios, encontrar razões para sorrir e agradecer. (será?).

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