Maria é uma dessas mulheres, que está casada e tem 3 filhos. Na primeira hora da manhã todos tem pressa: antes de os levar à escola, prepara o café da manhã e o lanche para a hora do recreio, além de ajudá-los com os uniformes e as mochilas. Depois de deixá-los na escola, e após enfrentar um longo engarrafamento, chega pontual em seu trabalho.
Depois de sua jornada de trabalho, é ela também quem busca as crianças na escola e as leva para a natação. Ela aproveita esse tempo de uma hora e meia para responder algumas mensagens ou fazer a compra no mercado.
Depois da natação leva as crianças para a casa, ajuda-as com os deveres e prepara o jantar. O marido de Maria trabalha numa multinacional, num cargo executivo e sempre chega em casa tarde, quando Maria já deu conta de tudo e de todos por ali.
Quantas Marias, mulheres, guerreiras você conhece?
As mulheres como Maria, que combinam trabalhos dentro e fora de casa, terminam o dia esgotadas. Na Inglaterra se usa um termo “Tatt” (Tired all the time, cansadas todo o tempo) para referir-se a estas mulheres.
Mas o que será que está acontecendo? São as mulheres mais responsáveis do que os homens? Tem mais tempo disponível do que eles?
Existem muitos homens que além de trabalhar fora de casa, também trabalham em casa, ocupando-se das crianças, das tarefas domésticas, mas não de maneira frequente. A educação que se deu às mulheres parece explicar porque elas se responsabilizam mais das crianças, da casa…
É bem visto que uma mulher abandone por algumas horas o seu posto de trabalho para levar o filho ao médico. Em contra-partida, se o faz um homem, a coisa muda.
A mulher assume múltiplos papéis e a sociedade enxerga isso com ótimos olhos. Mulheres são incríveis. Sim, mas será que querem continuar sendo incríveis por dar conta de tudo, sem poder escolher outra opção?
Todo o peso recai sobre elas e ao final isso pode trazer problemas de estresse, ansiedade, depressão… já que é difícil manter esse ritmo sem que o corpo e a mente digam “basta”.
Existe alguma solução?
Se você é uma mulher, propomos que você faça algumas mudanças em sua vida, se não é, pense sobre esses pontos e compartilhe isso com as mulheres que conhece:
1. Você não é uma “superwoman”: reconheça que não pode dar conta de tudo sozinha e peça ajuda. Insira seu parceiro nas tarefas de casa, na rotina com as crianças. Isso não é fraqueza, pelo contrário, é assertividade.
2. As crianças são “de vocês” e não só “suas”: os dois (você e seu parceiro) são responsáveis por ajudar com as tarefas de casa, levá-los ao médico, comparecer as reuniões da escola. A responsabilidade não é só sua!
3. Cuide-se: tenta reservar algum tempo na semana para se cuidar. Faça algum esporte, pratique algum hobby ou saia com as amigas.
4. Mande embora o sentimento de culpa: você não é a pior mãe do mundo se o seu parceiro levar o filho ao médico, ou se enquanto ele faz o jantar você assiste TV jogada no sofá. Vocês tem o mesmo direito de descansar.
Mulheres, vocês precisam começar a tomar consciência e usar esses direitos iguais. Sabemos que é difícil mudar um comportamento que há tanto tempo a sociedade vê como correto e pouco se permite questionar, mas se não fizerem os movimentos, a mudança e a igualdade, nunca acontecerão!
Retirado de Don Psico Blog (traduzido e adaptado)