Está chegando a primavera e com ela inicia-se a contagem regressiva para o final do ano. Reajuste de metas e projetos. Festas e confraternizações já começam a permear nossa mente. O descanso tão esperado. A pausa.
Ainda nos restam 3 meses e meio, mas já podemos sentir a ansiedade nos invadir. Você consegue reparar nesses “sintomas”?
Surgem os estressores cotidianos, cada vez mais frequentes, nossa mente passa a ser orientada pelo futuro e pela previsão, pelos planos, sempre lá na frente… Em algumas ocasiões seguimos tendências que nos fazem reagir a determinados acontecimentos, sem ter a percepção de que estou elegendo isso ou aquilo.
Quero mesmo seguir esse ritmo? Quem sabe se conversar tranquila e conscientemente comigo mesma/o, decido romper com alguma regra ou hábito que já não gosto tanto?
Entre o estímulo e a resposta há um espaço. Nesse espaço é que podemos escolher nossa resposta. Em nossa resposta está nosso crescimento e nossa liberdade.
Victor E .Frankl, autor de El hombre en busca de sentido
São essas e outras tantas experiências que se tem nesse burburinho constante, onde pensamentos invadem nossa atenção e nos levam a qualquer lugar, menos à experiência do aqui e agora. O que gera emoções e sentimentos que, as vezes, custam gestionar.
Mayer e Salovey definem a gestão emocional como a habilidade para gestionar os estados emocionais. O que incluiria sua percepção, compreensão, manejo e utilização de forma construtiva.
É muito importante detectar e estar consciente do estresse associado a determinadas situações e a estressores cotidianos.
Ter um espaço para praticar a atenção plena, também chamado de mindfulness e treinar para desenvolver isso cada vez mais no dia a dia, tem sido uma experiência cada vez mais habitual.
Tomar alguns minutos para reconectar-se na “era das multitarefas” tem se transformado numa experiência cada vez mais prazerosa e demandada. Isso porque todo ser vivo busca segurança e refúgio. Um lugar onde possa descansar.
É possível que tenhamos um refúgio, mas em algumas ocasiões pode ser um engano (qualquer coisa que anestesie a dor do sofrimento ou evite o enfrentamento) e passamos simplesmente a aceitar efeitos secundários que, as vezes, carregam mais custos que benefícios, sobretudo a médio e longo prazo.
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Tome um tempo, pense um pouco. Qual é o seu refúgio? Você gostaria de criar um novo espaço para si mesmo, mais equilibrado?
Pois não exite, busque-o, construa-o!
Retirado de Terapia y Bienestar (traduzido e adaptado)