A falta que a falta faz é o título de um vídeo que a Jout Jout publicou no canal dela, sobre um livro e que, em pouco tempo, ajudou a editora Companhia das Letrinhas emplacar o primeiro lugar de vendas na Amazon.
Não bastasse o jeito cativante que a blogueira tem para tratar dos mais complicados assuntos, o tema que ouvimos através da história que ela narra, é parte inerente de qualquer ser humano na face dessa terra. Receita pra qualquer sucesso de visualizações!
Mas a parte que falta em mim, não é necessariamente, a mesma parte que falta em você e isso me chamou bastante à atenção.
Dois terços dos meus pacientes trouxeram o tema para as sessões e a diversidade de entendimentos que rolou foi fantástica. Eu tô quase mudando meu tema de doutorado e escrevendo uma tese a respeito das faltas que temos.
Teve gente me falando da busca pela pessoa certa (ou da falta de alguém), gente me contando sobre como é difícil encontrar um espaço social onde se encaixe (ou da falta de aceitação), gente comentando sobre a busca incessante pela felicidade (ou da falta de paz interior).
Teve coisa que me fez refletir por dias, que me fez olhar pra mim mesma e me perguntar a quantas andava aquela “caixa” onde eu botei meus problemas de faltas ou de excessos.
O fato é que no final das contas, acho que todos nós, ao assistirmos esse vídeo, nos pegamos pensando sobre nossas incessantes buscas e o quão danoso isso pode ser. Será que seguir com algumas coisas, pessoas ou histórias, tá mesmo te fazendo bem?
Será que não tá na hora de largarmos aquilo que nos impede de “cantar”, de “viver” ou de “andar mais devagar” e prestar atenção no caminho, aproveitar as surpresas, os encontros e os desencontros?
A gente vai passar a vida em busca de algo, mas nem sempre encontraremos e quando encontramos, não precisamos nos manter acorrentados para sempre.
Deixo aqui o vídeo pra você assistir, pensar e se quiser, compartilhar suas reflexões com a gente.
Imagem: ilustração do livro “A parte que falta”