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Erotismo segundo a Psicanálise

Eros o cúpido e Deus do Erotismo

A palavra erotismo tem sua origem na mitologia grega, em Eros o Deus do Amor.  Na mitologia, Eros era representado pelo cupido, ou por um rapaz jovem e bonito, simbolizando as forças primitivas do amor, da paixão, de ligação entre os seres humanos.  Representa o poder criativo do universo.  Nas flechas do cupido estão o desejo, a fantasia e o impulso erótico.  Era filho de Afrodite, a deusa do Amor e  era retratado frequentemente com os olhos cobertos para simbolizar a cegueira do amor.

Eros é atração, que desperta dentro de cada indivíduo o desejo de se completar e se fundir com o outro.  Seu impulso maior é o anseio pela vida, juntamente ao desejo de permanência e de continuidade.

O erotismo é essencial à todo ser humano.  É uma forma de estimular o impulso sexual.  O impulso sexual pode sofrer influência externa, através da educação, da ética e da moral, porém não pode ser completamente controlado pela vontade consciente.

Quando demasiadamente reprimido, o impulso sexual ressurge através das disfunções sexuais e desvios de conduta.  O erotismo pressupõe um conceito de arte e uma existência da própria arte erótica como objeto estético, feito para ser visto e admirado.  O erotismo diz respeito ao belo, à estética sexual, a arte de transformar corpos em obras de arte.

Diferenças entre o erotismo masculino e feminino

O homem apresenta um erotismo que enfatiza o visual, mais genital, valorizando a imagem de determinadas partes do corpo feminino.  O homem se excita com a nudez feminina, com fotografias e imagens eróticas.  O material pornográfico masculino consiste em imagens de atos sexuais que sejam considerados excitantes, sem que haja a necessidade de uma história que justifique esses atos.

O orgamos feminino, as partes femininas, os heróis sexuais masculinos

A mulher apresenta um erotismo mais tátil, pois a pele é a maior zona erótica feminina.  Excita-se mais facilmente através do contato de pele, muscular, auditivo e pelos odores.  As mulheres também sentem-se atraídas pelo nu masculino, porém tem maiores fantasias com homens completamente vestidos, muitas vezes com uniformes.

O erotismo masculino não espera, não deseja trabalhoOs heróis pornográficos das revistas masculinas, perdem pouco tempo com a conquista e os jogos amorosos, tão ao gosto feminino. As mulheres, na pornografia masculina são imaginadas como altamente sensuais, arrastadas por um impulso irresistível de atirar-se sobre o pênis masculino, que atribuem a elas os mesmos impulsos masculinos. A imaginação erótica masculina pura livra-se de tudo o que lhe possa servir de obstáculo, ele sonha com a satisfação instantânea, sem necessidade de trabalho.

O erotismo feminimo precisa de mistério, toque e sensações que arrepiamO erotismo feminino, pede o romance, apaixonamento, a descoberta, o homem extraordinário que a tira do lugar comum, belo, forte, seguro, porém distante, fascinante e inatingível e mesmo assim, num golpe de mágica a reconhece na multidão e descobre-se loucamente apaixonado por ela.

Nos contos e romances para mulheres,  o erótico não é o relacionamento sexual, mas sim o arrepio causado pela emoção profunda, a inquietação do ciúme, a paixão que vem sem ser chamada e que aperta o coração, que faz sofrer, que faz esperar. O erotismo surge da inusitada paixão do herói pela mocinha. É também ansiedade, é o medo de não ser amada, é necessidade de ser procurada, constante e continuamente.

erotismo, sexo, erótico
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Esta distinção entre erotismo masculino e feminino é baseada nas diferenças culturais e educacionais vividas por homens e mulheres  na nossa cultura.  É importante ressaltar que não existe material erótico específico para homens ou mulheres, é a própria pessoa que vai ter de selecionar o tipo de estímulo erótico que mais acione sua libido segundo suas opções sexuais.

Conhecendo um pouco mais sobre a função do erotismo em nós mesmos e em nossos parceiros ou em nossas parceiras podemos explorar infinitamente um universo de sensações que a sexualidade pode nos proporcionar.

Por Maria Claudia Lordello
Psicóloga e Sexóloga
CRP 06/48.566-3

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