Equilíbrio: Não há problema nenhum em gostar de algo que nos faz bem.
São coisas como por exemplo, a música, as mídia sociais, as tecnologia e notícias on-line que nos mantém em equilíbrio entre a nossa individualidade e a comunidade.
O que faz mal mesmo é o exagero. Ele sim, que leva ao desequilíbrio.
Na falta de equilíbrio a pessoa deixa de perceber que o mundo ao seu redor tem a oferecer e passa a pensar apenas um lado ao invés do bom e do ruim.
É a falta de equilíbrio.
Qualquer tipo de uso descontrolado trás prejuízo para a vida das pessoas, por mais comum que pareça.
Nada, em excesso ou falta está em equilíbrio, é uma constatação simples, mas que muda a dinâmica de olhar para o mundo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai incluir a adição em videogames (excesso de tempo jogando que causa impacto na vida em vários aspectos) na próxima atualização da classificação internacional de doença (CID-11) ao lado do vício em álcool, drogas, sexo e compras [1].
Falta de equilíbrio.
É bom desconsiderar a idéia de viver sem equilíbrio pois ela afeta a vida profissional, social, acadêmica, familiar e afetiva (amorosa).
E se, se juntar com as nossas preferências consideradas como passatempo, se passarmos a exercer uma profissão que não se enquadre nesse equilíbrio tão necessário? O que acha que acontece com a vida? Desestabiliza-se.
Vale buscar, assim, esse caminho. Transformar.
Um exemplo: se a pessoa que gosta de desenhar, segue a carreira de tatuador, além de estar fazendo algo que gosta, produz algo para sociedade voltada para a estética corporal.
Passa a gerar uma renda para pagar as contas, aprende cada vez mais sobre um assunto de seu interesse e tem a oportunidade de encontrar profissionais com as mesmas idéias.
As oportunidades para trilhar um caminho de sucesso, e como conseqüência alcançar ainda mais equilíbrio aumenta pois esse indivíduo não ficaria preso em um único lugar fazendo a mesma coisa.
Na psicanálise, isso é chamado de Sublimação, ou seja, você direciona parte da sua energia e desejo para determinado foco.
Outro exemplo? Um médico-cirurgião, que embora goste de sangue, cortar a carne, ver e consertar o seu corpo, o faz com um objetivo moral (como bem a outra pessoa).
Levando em consideração uma frase muito ouvida no dia-a-dia:
”Falar é fácil, difícil é fazer”.
Podemos usar como modelo o nosso corpo e suas necessidades.
Sentimos sono, mas se não dormimos falta energia para fazer as tarefas diárias como trabalhar, limpar a casa.
E, se por acaso dormimos demais, é o mesmo que ser um “morto-vivo”: não que eles existam, mas acabamos não fazendo nada além de ter acesso aos nosso principais sentidos, mesmo que não funcionem muito bem.
Construir um equilíbrio em si é buscar o entendimento daquilo que te barra.
Aquilo que impede o alcance dos objetivos e interfere de modo negativo na vida.
A análise do comportamento define a ideia de reforço negativo que consiste no aumento da frequência de uma resposta por causa da remoção contingente de um estímulo e o reforço positivo (que no caso aumento a frequência de uma ação por conta da apresentação de um estímulo).
Partindo do pressuposto que o ambiente determina os comportamentos, para colocar em prática o que foi dito, tomemos como exemplo alguém que deseja entrar em uma universidade.
Se esse estudante tem o quarto onde costuma estudar está todo bagunçado, a iluminação é péssima, o ambiente é barulhento e para completar no caderno não tem as partes específicas do que vai cair nas avaliações, para alcançar sua meta deveríamos organizar o local de estudo de modo que o indivíduo se sinta confortável.
E isso implicaria em retirar o rádio que faz barulho,consertar a iluminação e organizar os conteúdos passados em sala de aula. Alteraríamos o ambiente.
Considerando as mudanças comportamentais citadas anteriormente, deixaria a dica que para construir um equilíbrio próprio, de uma maneira simples seria:
Fazer uma lista com suas obrigações mais importantes colocadas em primeiro lugar, posteriormente vem o lazer como recompensa por ter cumprido uma meta estabelecida.
Eliminaria aquilo que te atrapalha, escolheria ambientes adequados às suas necessidades e faria as atividades no tempo certo.
Por fim, a busca por equilíbrio é um processo de autoconhecimento, direcionar o fluxo de suas energias alterando o ambiente ou aqueles eventos que interferem na suas atividades. E claro, se precisar de ajuda para identificar isso, procure um profissional.
Referências:
MENDES, Eliane Rodrigues Pereira, PS – Pulsão e Sublimação: a trajetória do conceito, possibilidades e limites. Reverso vol.33 no.62 Belo Horizonte set. 2011. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952011000200007.
SANTOS, Nascimento Luiz Edson; LEITE, Felipe Lustosa.A distinção entre reforçamentos positivo e negativo em livros de ensino de análise do comportamento. Perspectivas em análise do comportamento versão On-line ISSN 2177-3548
Perspectivas vol.4 no.1 São Paulo 2013. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-35482013000100003.
Uma resposta