Podemos superar o luto passando por momentos mais ou menos difíceis e boa parte disso depende de nós e de nossa postura diante da perda.
As chaves fundamentais para superar o luto
É preciso dar tempo ao tempo. Algumas pessoas precisam de mais tempo para elaborar a perda, outras com muita facilidade passam e fecham o ciclo da dor. De qualquer modo é necessário nos darmos esse tempo, para compreender a ideia de ausência.
É necessário expressar os sentimentos, poder falar com alguém, desabafar. Quando falamos, estamos compartilhando nossa experiência, dividindo a dor e também de alguma maneira, demonstrando o que sentíamos pela pessoa que se foi.
Tenha e mantenha por perto uma rede de apoio social e/ou familiar. Um conjunto de pessoas, família ou amigos, que possam nos ajudar a passar por essa etapa, que estejam ao nosso lado nos momentos de tristeza ou que simplesmente nos escutem.
É preciso lembrar-se de quem partiu. Não tem porque esquecê-la, foi parte de nossas vidas e deverá seguir sendo em nossas memórias e recordações. Esquecer-se não facilita seguir em frente. É precisa recordar-se para assumir que partiu e que nós devemos continuar nosso caminho.
Assuma que deve seguir sua vida. A vida não acaba porque um ser querido parte. É muito provável que apesar de nossa intensa dor, de nossa vontade de não viver, existam pessoas ao nosso lado que nos queiram “vivos” e que precisam de nós. essa pode ser uma boa razão para continuar em frente.
As vezes é importante saber como aconteceu. se a pessoa quer saber, não existe razão para esconder fatos, para protegê-la. Pode ser que necessite desses dados para integrar e assumir o fato em sua vida.
A superproteção nem sempre é adequada. Mas claro, é necessário sempre adequar os dados à idade da pessoa. Não há problema em recriar alguns dados médicos ou violentos, quando a pessoa que solicita a informação é um filho de 11 anos, por exemplo.
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Participar das celebrações e manifestações relacionadas a morte. É outra maneira de reconhecer socialmente a morte da pessoa querida. É o momento onde as demais pessoas te apoiam e compartilham da sua dor, ajudando que diminua. São rituais necessários, desde o ponto de vista do homem como ser social.
Manter ou organizar os horários, hábitos, rotinas e costumes costuma ajudar bastante. Nos devolve a realidade do dia a dia. Mas não precisa forçar nada, quando estiver preparada a pessoa volta, aos poucos, com respeito e gentileza.
Nossa forma de encarar o luto deve se respeitada. Cada um expressará a dor de uma maneira, passará de uma fase a outra em diferentes momentos.
Temos sempre que nos lembrar de que o tempo é necessário para a recuperação e que existem diversas maneiras de manifestar a dor da perda. Tendo sempre em conta essas duas questões básicas, as demais chaves surgem naturalmente, cada uma à seu tempo.
Adaptado de Cámbiate Blog