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Alta da terapia, um recomeço. O mulherão da porr@

Categorias: Relatos / Terapia
wood light people house alta da terapia no psico.online

O fim da terapia, a alta da terapia muitas vezes parece distante e inalcançável, mas é possível e vamos falar disso agora. Não esquece de avaliar o posto no final e compartilhar com todo mundo!

Mulherão da porr@!

photo of a woman holding an ipad alta da terapia. Mulherão da porra!
Photo by Andrea Piacquadio on Pexels.com

Hoje foi um grande dia para mim. Foi dia de “dar alta da terapia” para uma paciente.

Uma menina linda, que chegou com algumas inseguranças, dores e partiu (a partir daqui) uma mulher forte e segura. Um mulherão da porr@! Tudo que ela já era, mas precisava ver.

Foram alguns anos de trabalho e fortalecimento do seu eu interior.

Muitas perguntas, coisas para refletir… claro, com muitas risadas e choros também.

E, hoje, eu psicóloga é que me sinto realizada por dizer que ela já consegue voar sozinha.

Fazê-la enxergar, mediar o processo para que ela mesma pudesse avaliar suas decisões e que agora, ela saberá qual delas tomar (ou não tomar), me fazem chorar e sorrir.

Fico confiante que ela está ainda mais forte e também sei que tudo bem se ela errar; que isso pode e vai acontecer. Que mesmo assim ela vai se levantar e recomeçar.

E sei que ela sabe disso, que ela está confiante.

Me senti orgulhosa por ver que a minha profissão fez a diferença. Ver seu crescimento, o desenvolvimento de uma pessoa que se tornou tão querida, e que em ajudá-la a se ver e acreditar em si, mudou tantas coisas.

E o quanto eu aprendi e cresci com você também. Sou muito grata e realizada por ver sua felicidade. 

Eu que agradeço, publicamente inclusive, aos feedbacks. Por termos construídos juntas algumas coisas e por me permitir ver outras que são méritos só seu. 

Quando as pessoas querem elas vão além. E, é isso que nos faz ir à lua, atravessar a rua, olhar debaixo das pedras que encontramos pelos caminhos.

Obrigada por me deixar participar dessa fase da sua vida e por me permitir ver o seu crescer.

Estarei sempre aqui, para quando quiser conversar. Terapeutiar. Psicoonlinezar. Feliz pelo fato de ter tido um começo, um meio e um recomeço. 

É como pegar na mão e ensinar a andar de bicicleta. Tiramos as rodinhas e agora, você vai em frente.

O que é a alta da terapia?

Para responder essa pergunta, precisamos começar com outra: o que é psicoterapia?

A psicoterapia é uma cura pela palavra e, embora existam também técnicas que envolvem encenações (psicodrama), exercícios, pinturas ou outros meios. No geral, a psicoterapia é um “diálogo”. 

Não uma conversa ou bate-papo qualquer ou um mero diz que diz recheado de conselhos e orientações como em uma conversa com amigos. 

Pelo contrário, é um “diálogo” orientado por normas técnicas, científicas, que auxiliam a conduzir o paciente na eliminação (ou re significação) dos seus “sintomas” e encontrar seus próprios caminhos, sem interferência das posições e preferências do terapeuta. [1]

Já o termo “alta” em psicoterapia não é encontrado quando se faz uma pesquisa na literatura internacional. 

Aliás, na academia, há uma discussão imensa sobre os objetivos e o que é a análise, a psicoterapia, a psicoterapia breve ou a terapia. Sobre utilizar termos médicos para o processo de passar em sessões com seu psicólogo, se o psicólogo tem paciente ou cliente e por aí vai. [2][3]

Resumindo, a expressão sob a qual encontramos bibliografia sobre o tema é “termination phase” (fase terminal ou de término para não confundir com outro processo). 

Muitos livros de técnica psicoterápica usam término ou fase de terminação para a fase final do tratamento, mesmo que outros empreguem alta do tratamento [4] ou a alta da terapia.

O termo “alta” é uma referência mais específica ao ato final do atendimento, enquanto fase de terminação ou término dão noção de um processo de desligamento.

E quais são as 4 dicas para alcançar a minha alta psicoterapica?

  1. Reconheça que encerrar uma psicoterapia, ou ter alta da terapia, é quase tão difícil quanto encerrar qualquer relacionamento social, mesmo os relacionamentos amorosos. Haverá inevitavelmente uma “síndrome de abstinência” e os sintomas mais agudos só cederão com o tempo (em geral não muito longo), mas que o seu psicoterapeuta está lá, e pode ser acionado novamente, pois é um caminho duplo.
  2. Assuma que nunca experimentará um estado de felicidade plena ou de total ausência de problemas, porque isso não existe. Enfrentar alguns problemas e conseguir superá-los, convivendo com eles, faz parte de uma vida normal, desde que não afete sua rotina.
  3. A razão mais ostensiva que indica o momento de parar uma psicoterapia é a consolidação (permanência) do desaparecimento dos sintomas (motivos que te trouxeram ao psicólogo). 

Não basta que eles simplesmente tenham desaparecido, assim como não basta que em um tratamento de ortodontia, por exemplo, os dentes tenham voltado à sua posição normal. É preciso maior tempo para que as correções se fixem.

  1. O momento de parar uma psicoterapia (alta da terapia) pode ser reconhecido por alguns outros indicadores: o paciente sente-se mais livre dos sintomas e das amarras, mais seguro e sem ansiedades em situações que antes lhe eram estressantes e sente-se mais à vontade nos seus relacionamentos gerais, sendo mais capaz de produzir, criar e amar. Numa frase: sente-se mais feliz.

Espero muito que tenha gostado deste texto, que tenha se comovido comigo e esteja vibrando também. Que a sua vez chegue logo e que a vida continue a desenvolver-se de forma plena.

Curtiu o texto? Deixe o seu comentário e não esqueça de votar nas estrelinhas, ok? 

Gostaria de ler mais sobre a Alta da Terapia? Confira as referências:

[1] Considerações sobre o término da psicoterapia – vantagens de fazer psicoterapia, quando decidir parar, reações ao encerramento do tratamento

[2] Bonfim*, Tania Elena, & Vizzotto**, Marília Martins. (2013). A finalização do processo psicoterapêutico. Psicologo informacao, 17(17), 201-207. Recuperado em 03 de agosto de 2021, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-88092013000200012&lng=pt&tlng=pt.

[3] Gastaud, Marina Bento e Nunes, Maria Lúcia TielletAbandono de tratamento na psicoterapia psicanalítica: em busca de definição. Jornal Brasileiro de Psiquiatria [online]. 2010, v. 59, n. 3 [Acessado 3 Agosto 2021] , pp. 247-254. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0047-20852010000300012>. Epub 12 Nov 2010. ISSN 1982-0208. https://doi.org/10.1590/S0047-20852010000300012.

[4] Alta em Psicoterapia.

[5] Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo 

[6] ​​Quer parar a terapia? Tire oito dúvidas frequentes antes de decidir

[7] Técnicas e rituais para o encerramento da terapia

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