O transtorno alimentar se enquadra em compulsão, vômitos, culpa, etc e pode ser definido como: quando o comer adoece.
As mudanças no padrão alimentar, pânico de engordar, contar calorias freneticamente, se pesar várias vezes por dia e vômitos constantes são características de alguns transtornos alimentares.
Se você ou alguém que você conhece apresenta um ou mais desses sintomas, pode ser algum transtorno alimentar, atente-se.
O transtorno alimentar se caracteriza por mudanças no padrão alimentar que causam prejuízos a saúde.
Geralmente começa no início da adolescência (entre os 13 e os 20 anos) e está frequentemente associado a um acontecimento estressante e a sua maior prevalência está no gênero feminino.
Existem vários tipos de transtornos almentares, os mais conhecidos são a Anorexia e a Bulimia, mas existem outros, como por exemplo a Vigorexia, Hipergrafia, Ortorexia, Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica e outras.
Cada transtorno tem suas características específicas, mas é importante observar mudanças de padrões na alimentação e visitar um nutrólogo, um nutricionista, psicólogo ou psiquiatra especializado para um diagnóstico acertado.
A Bulimia, por exemplo, caracteriza-se pelo consumo desenfreado de alimentos super calóricos por pelo menos duas vezes por semana, seguidos de episódios que visam compensar o ganho calórico, como períodos longos de jejum e exercícios físicos constantes.
Ao contrário da Anorexia, pois o indivíduo nesta pode também utilizar de diuréticos, laxantes e provocar vômitos após a ingestão de alimentos, o que provoca emagrecimento extremo.
Causas dos Transtornos Alimentares:
Não há uma causa específica para os transtornos alimentares, mas sim um conjunto de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares.
- Genéticos: estudos demonstram prevalência em algumas famílias sugerindo uma agregação familiar como possibilidade de fator genético associado.
- Biológicos: alterações nos neurotransmissores que produzem os hormônios responsáveis pela saciedade.
- Psicológicos: baixa autoestima, rigidez no comportamento, distorções cognitivas.
- Socioculturais: valorização de modelos de padrões de beleza que enfatizam o corpo perfeito, bem como obsessão por atingí-lo.
- Familiares: dificuldades de comunicação e conflitos de relacionamento.
Tratamento:
O tratamento mais indicado para os transtornos alimentares é o multiprofissional, com o apoio médico, nutricional e psicológico, com o objetivo de atingir um ganho de peso mais saudável, mudança de crenças e padrões de comportamento e emoções mantenedores do transtorno, e a prescrição de medicamentos adequados, nos casos mais graves é necessária hospitalização para um tratamento mais específico.
Se você convive com uma pessoa com transtorno alimentar, fique atento:
É importante atentar para sinais de alerta como emagrecimento, cuidado excessivo com a alimentação, desculpas para não comer ou comer sozinha, isolamento, alterações de humor e agressividade, excesso de exercício físico, vômitos e uso de laxantes, atitude demasiado crítica quanto à sua imagem e perda de apetite.
Converse com a pessoa quando você estiver calmo e não frustrado ou emotivo, seja paciente e não julgue. Procure informar-se mais sobre distúrbios alimentares, mostre que você se importa, pergunte como a pessoa está se sentindo, sugira ajuda profissional e se ofereça para acompanhá-la.
Lembre-se de que a recuperação leva tempo e os alimentos podem ser sempre uma questão difícil.
Incentive as atividades sociais que não envolvem comida, incentive todas as atividades sugeridas pela equipe de saúde e tratamento. Elogie a personalidade da pessoa, os sucessos, as realizações, tente ser um bom modelo, relembre a pessoa que há pessoas que se importam.
De que maneira a terapia pode auxiliar?
O tratamento psicológico mais utilizado é a Terapia Cognitiva Comportamental que atua na psico-educação e reestruturação cognitiva do indivíduo e prevenção de recaída, auxiliando-o a mudanças de padrões de comportamento.
É importante também o trabalho com a família, pois os conflitos familiares contribuem para o transtorno e a continuidade da ocorrência dos sintomas. O tratamento psicológico é focado na mudança dos padrões disfuncionais de alimentação, bem como na identificação e mudança de hábitos e no trabalho com a família.
Dicas para superar o problema:
- Entender o que é o Transtorno Alimentar e sua ligação com as causas emocionais;
- Identificar o que está por trás do Transtorno Alimentar; significado emocional dos sintomas;
- Se comunicar por palavras e não por ações, pois quem tem o transtorno alimentar se comunica através do comportamento e não da palavra;
- O transtorno alimentar revela seu estilo de relacionamento, o indivíduo substitui o relacionamento pessoal por alimentos, compreendendo o estilo de se relacionar você entende sua real necessidade.
- Procurar ajuda profissional; médica, psicológica e nutricional.Os Transtornos Alimentares são caracterizados por mudanças nos padrões de comportamento e que se não tratados corretamente podem se agravar e levar à morte. É importante observar mudanças no padrão de alimentação e nos sintomas descritos acima para buscar ajuda profissional, caso você ao alguém que você conheça apresente um ou mais desses sintomas.
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