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Relacionamentos em Casa: dicas para convivência

Categorias: Família
Relacionamentos em Casa dicas para melhorá-los no Psico.Online

Relacionamentos em casa nem sempre são fáceis.

O afastamento social se tornou uma realidade há alguns meses. De lá para cá, se criou a terminologia do novo normal pois a marcação de eventos e adaptação a eles é parte dos rituais humanos.

O que se sabe é que a convivência passou a ser mais próxima entre membros da familia e também mais ligada aos meios digitais. 

Como tudo na vida, essa maior proximidade resultou em coisas boas e também em adaptações que precisam melhorar, ser transformadas e lapidadas. 

Crianças em casa com toda a sua energia e carga de estudo e aprendizado, distanciamento de idosos que precisam de cuidados e de relação com a família, casais que trabalhavam passando mais tempo juntos ou tendo que pensar e decidir mais coisas… tudo tem suas consequencias e derivações.

Ai vem a pergunta: como melhorar a convivência nessa época de afastamento social e de proximidade de relações humanas e tecnológicas?

Aprenda a ouvir o outro no pessoal e no virtual

Muitas vezes estamos mais preocupados com a nossa vez de falar do que ouvir com atenção. Um ditado popular diz: “fomos criados com duas orelhas, dois olhos e uma boca como sinal que devemos ouvir e observar mais do que falar”.

A sabedoria popular têm seu mérito, mas ouvir requer mais que escutar. Aprenda a ouvir os outros para melhorar os relacionamentos em casa. Perceba pequenos sinais. Entonação da voz. 

A voz fala e o corpo também. Aprenda a ouvir com atenção o outro.

Treine o empatia no relacionamento em casa

Muito é falado sobre a empatia, nossa capacidade de se colocar no lugar do outro. Se a dor de um semelhante, não te movimenta, mostra que você ainda precisa treiná-la. Observe como o outro se sente.

Pense em como sua maneira de falar impacta no outro. Cada indivíduo lida com emoções, sentimentos e racionalidade de maneiras diferentes da sua. Se colocar no lugar do outro, ajuda, como é dito no popular: a calçar os sapatos dos outros e a entender muita coisa.

Pense nas consequencias das sua ações como adulto

Tornar-se um adulto é perceber consequencias, analisar atitudes e ser responsável por crianças e adolescentes. Ser responsável envolve arcar com responsabilidades de desenvolvimento, aprendizado e cuidado visando o futuro de um individuo em formação. 

Pensar nas consequencias das suas ações como adulto é perceber que o outro não é sua propriedade, que não é um objeto e que precisa ainda de um intermediário para compreender consequencias de direitos e obrigações. 

Negocie em casa

Mesmo se tratando de pessoas com relacionamento afetivo próximo é importante negociar.

Uma negociação demanda que o melhor para as partes seja acordado. Isso significa abrir mão de algumas coisas e também que é necessário conversar. Expor seus pontos. No caso do relacionamento familiar não é uma competição, é a busca por algo que os envolvidos queiram.

Fale sobre suas expectativas

Um erro comum nos relacionamentos é o de não deixar clara as expectatives e ser mal interpretado pelo outro. Falar sobre aquilo que espera e deixar tudo pontuado é importante para que o outro entenda o que é desejado por você. 

Fale sobre suas frustrações

Falar sobre as frustrações é tão importante quanto falar das expectativas pois dá a oportunidade de ajustar a comunicação e também a relação. “Emburrar”, ficar de cara fechada ou feia além de não resolver estende um clima tenso e faz mal para você.

É importante também saber expressar as suas frustrações. Não é preciso gritar, esbravejar ou fazer cena. Apenas fale e comunique que algo gerou um incomodo e precisa ser reavaliado.

Trace planos reais em conjunto

Perceber o que está acontecendo, expressar frustrações e expectativas, falar sobre o assunto e negociar são importantes porém ainda falta um passo: traçar planos para que todos se sintam bem e convivam bem dentro do grupo familiar.

Traçar planos reais com pequenas metas, definir claramente o que precisa ser ajustado, pode facilitar muito a convivência e ter alinhamentos necessários para encontrar o equilibrio nos relacionamentos em casa.

O obvio também precisa ser dito nos relacionamentos de casa

Nunca menospreze o sentimento de alguém. A convivência entre seres humanos e grupos requer que além da conversa e da convivência, seja dito o obvio para muitas coisas. A sua interpretação pode não ser a interpretação do outro e gerar ruido na comunicação. Portanto lembre-se que o obvio precisa ser dito, e precisa ser dito com a emoção e a razão em equilibrio.

Respeite individualidades

Nenhum ser humano é igual o outro, podem ser gêmeos, podem ser criados juntos, mas a individualidade de cada um existe e precisa ser respeitada. Há momentos que a pessoa está cansada, há momentos que precisamos ficar sozinhos e outros que precisamos e queremos estar juntos. Espaços precisam ser definidos e rotinas bem delimitadas para que não aconteçam invasões que causem desconfortos. 

Questione normalidades nos Relacionamentos em Casa

É “normal” ou “natural” que a pessoa responda grosseiramente e que eu fique triste. Espere, normal em que? Natural para quem? “Sempre foi assim”. Ué, isso pode mudar ou evoluir?

Há determinados valores que acreditamos que estejam presentes desde sempre entretanto eles podem ser mudados. Por isso negocia-se e avalia-se consequencias.

Por isso falamos e expressamos nossos sentimentos e somos seres racionais. Traçamos planos que podem ser mudados. Podemos voltar atrás, podemos ficar tristes, podemos dizer que não gostamos e temos que perceber o quanto isso influencia em nós e nos outros.  Questione normalidades.

Os relacionamentos em casa passam por convivência, por aproximação e por afastamento.

A dinâmica de um grupo está totalmente ligada ao individuo, ao seu ambiente ou ecosistema. As mudanças que você faz em um, sistemicamente afetam os outros e automaticamente você também é afetado pelo todo, em maior ou menor escala. 

As vezes o primeiro passo cabe a você para mudar algo que esteja “normalizado”, afinal, quem é que está lendo este conteúdo? 😉

Espero que essas dicas auxiliem nos relacionamentos em casa, e até breve.

Quer saber mais cientificamente, sobre empatia nos Relacionamentos? Veja este artigo.

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