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Na pele do outro: um exercício de empatia

Imagine-se na pele de alguém que você não gosta, na pele do outro, para um exercício de empatia (capacidade de projetar a personalidade de alguém num objeto, de forma que este pareça como que impregnado dela) e depois continue lendo.

A maioria consegue, já adianto; se você não conseguiu, é bom marcar uma conversa com um psicólogo ou uma psicóloga de confiança urgentemente para entender essa dificuldade, urgentemente mesmo e logo explicarei o motivo.

O post de hoje é sobre o vídeo abaixo, produzido para campanha do www.inter-lgbt.org e vai seguir a linha do soco no estômago que é ele, antigo até, de março de 2016 lançado sobre o nome “Le parcours” – O curso.

O vídeo trata da corrida que a minoria LGBT enfrenta, porém não falarei sobre o que o vídeo propõe, até por que fica claro o objetivo dele: mostrar o sofrimento e a resiliência pelos motivos que conhecemos além do quanto se precisa correr em direção a mudança cultural.

Neste texto trataremos sobre os sentimentos que ele retrata, mas antes: assista ao vídeo.

Le parcours

Espero que você esteja incomodado assim como fico toda vez que vejo esse vídeo.

Não é fácil se colocar na pele do outro. E é extremamente necessário. Aliás colocar-se na pela do outro que você gosta e que concorda com os pontos de vista é bem mais tranquilo, mas para falar desse exercício de empatia é necessário tentar se por na pele do outro que você não gosta, discorda e que o faz tremer por dentro.

Para escrever este texto, incomodado pela falta de educação do menino do começo do vídeo ao atirar o material do colega ao chão, é necessário pensar sobre a reação que você teria no momento que aquilo se passasse com você.

Incomodado com os olhares de reprovação, sem ao menos saber que se tratava do sentimento de uma pessoa ali, sob aquele duro olhar. Espero que você perceba na pele do outro o que é ser espancado, mesmo que por brincadeira é doloroso.

A empatia é essencial para que possamos refletir, compreender onde podemos amadurecer e desenvolver nosso sentido de: qual o motivo do outro me afetar tanto?

Espero que você entenda como é difícil lutar e quando aqueles que poderiam te apoiar te chutam e te abandonam. O quanto é duro ver as portas fechadas e não ter uma mão amiga ou o conforto de um abraço quando a ansiedade, o desespero e a solidão se abatatem sobre você.

Note que nestes três parágrafos falamos da sociofobia (o medo da sociedade), da ansiedade, de ser estigmatizado, do bulling que muitas vezes, se a pessoa não lutar com afinco pode levar ao suicídio na infância e adolescência ou na vida adulta.

A Ansiedade

Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho.

A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo.

A inveja para psicanálise

Considerada uma disposição de espírito, a inveja foi definida por Spinoza (1999) como “o ódio que afeta o homem de tal modo que ele se entristece com a felicidade de outrem e, ao contrário, se alegra com o mal de outrem” (p. 316). Geralmente ela diz respeito ao desejo de possuir ou gozar o que é possuído ou gozado por outrem (Houaiss e Villar, 2001).

O invejoso sofre por aquilo que lhe falta, ainda quando se alegra com o sofrimento alheio. Melanie Klein (1964) disse que a pessoa invejada é tida como possuidora daquilo que é mais desejado: um objeto bom, sendo que o impulso invejoso visa tomá-lo ou estragá-lo.

O aspecto destrutivo está sempre presente na inveja e, para a teoria kleiniana, os impulsos destrutivos operam desde o começo da vida, em que o bebê coloca partes más de si mesmo, excrementos e outras maldades na mãe e no peito para estragar e destruir o que há de bom.

Isso significa que para conhecer a inveja é preciso estudar os caminhos e os processos da capacidade de odiar e de destruir, da qual ela é um derivativo. Desse modo, seguindo as indicações de Feldman e De Paola (1998), posso tomá-la na categoria dos sentimentos e não dos impulsos.

A pergunta que fica sobre estar na pele do outro

Quando você avança o sinal. Quando passa a preocupar-se demais com aquilo que deixou de si para o espaço do outro, deve-se indagar: qual o motivo, ou os motivos, de me sentir tão incomodado com o outro?

Será a sua posição de medo? De inveja? De pre-conceito ou de um conceito formado por viés complicados e errados?

Perceba seus sentimentos, suas ações. Nela estão suas respostas.

E onde entra o psicólogo nisso?

E ali que mora a sua evolução, o seu bem estar. Compreender para alterar e mudar pelo menos um dos três pilares que sustentam sua existência: o eu, a sociedade e o biológico.

Referências:

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2 comentários em “Na pele do outro: um exercício de empatia”

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