Medo, receio. Podemos dar vários nomes, mas vejo pessoas que tem medo de falar a verdade, inclusive para o psicólogo.
Gente, pára com isso. Os psicólogos estão prontos para atender você, estão preparados para ouvir.
Vamos por partes, como diria Jack: o psicólogo ou a psicóloga que te atende não ficará triste, chateado, frustrado, bravo e nem dará bronca; nada disso. Nosso papel é ouvir, com o máximo de técnica e trabalho para não julgar.
Primeiro: o psicólogo ou a psicóloga, que embora se preocupem com seu bem estar bio, psíquico e social, não são seus amigos – você pode ler a diferença aqui – muito menos a sua mãe, seu pai ou juiz – embora, algumas vezes ajamos como tal, é meticulosamente calculado.
Isso se chama intervenção, você pode ler um pouco mais aqui na Wikipédia.
A gente usa o que você precisa para que você chegue a seu objetivo.
Claro, somos humanos, ficamos chateados com algumas coisas e é normal. Mas isso não influencia (a não ser que queiramos) na sua terapia.
Nós também fazemos terapia, para lidar com essas frustrações e outras coisas, para que a chateação não seja com você e para não transferirmos para você nada do que passa na nossa cabeça.
Nossa terapia flui para que você nem perceba isso. E a sua terapia deve fluir para que você também não perceba isso.
Acredite quando falamos que aquele momento, na sala, com você. É seu, somente seu e de mais ninguém.
Fazemos de tudo para que ele (o momento) seja preservado e que você se sinta muito a vontade para FALAR TUDO O QUE QUISER, inclusive se não gosta de algo, se tem dúvidas sobre um assunto ou se algo te incomodar.
Querido e queria leitora: a terapia é sua. Fale. É preciso falar. Coisas boas e coisas ruins.
Do nosso lado se você não nos disser nada, não vamos saber.
Embora leiamos muita coisa nas entrelinhas, às vezes passa e aquilo que você supõe que seja claro para você não está tão claro para o seu psico.
Fale.
Outra coisa: a mensagem na comunicação tem que ser clara. Você entende uma coisa, eu entendo outra. Alinhamos para entender a mesma coisa e para isso é preciso falar.
Com seu psico, resolvido, espero.
Os outros: são outros. Às vezes têm receio de falar assim como você tem. Noutras vezes é importante checar se o que você entendeu está correto. Vale também para aquilo que você falou.
Um mestre da psicologia disse: você é responsável pelo que diz, não pelo que o outro entende.
Sabendo disso; qual a prioridade (em importância) você esta dando para ouvir o que pessoas que você ama e que convive com você?
Quantas vezes uma conversa tem conotação ruim de uma DR?
Quantas vezes você priorizou a fala do seu filho (que tem menos experiência e vocabulário que você) e perdeu a paciência? “Eles não falam comigo”.
E seus pais? Aquele amigo que você discutiu?
A preguiça de ouvir e falar é de quem?