Depressão, psiquiatra ou psicólogo é uma tríplice que costuma andar em conjunto. Vamos entender isso?
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão e esse número segue aumentando – dados estes de outubro de 2016.
A maioria de nós pode acreditar que nunca será afetado. A sociedade segue abafando as dores desse transtorno, tão comum, do nosso reconhecimento, mas é certo que a incidência da depressão e da ansiedade se multiplicaram durante as últimas décadas.
Diante desse cenário e de suas complicações, depressão, psiquiatra e psicólogo passam a fazer parte de um discurso comum e que precisamos entender melhor.
As razões?
Provavelmente bastante individuais. E a grande maioria associada ao nosso estilo de vida, onde nossa saúde mental não parece ser prioridade.
Cuidamos do corpo, mas nem chegamos perto dos cuidados necessários com a mente.
Um estudo realizado em 2014 por J. Twenge, mostrou como os jóvens tem probabilidade 38% maior de desenvolver depressão do que pessoas de mesma idade há 30 anos atrás.
Os sintomas mais comuns de depressão, desconhecidos pela maioria, incluem: falta de apetite, distúrbios do sono, dificuldades de concentração, inquietude e sentir-se sobrecarregado.
Apesar de muitas vezes sofrermos desses sintomas, não parecemos estar mais inclinados a admitir que estejamos deprimidos, quando nos perguntam diretamente. O que sugere que mesmo com o aumento considerável de sua incidência, admitir que sofremos dele segue sendo um tabu.
A depressão ou a ansiedade segue sendo, em pleno século XXI, uma circunstância incompreendida, que a maioria que sofre dela, oculta.
E essa resistência segue dificultando a abordagem que devemos ter com o transtorno, e fazendo com que muitas pessoas sintam estar vivendo uma vida desgraçada e de solidão.
Se esse é o seu caso, não tenha medo de contar à alguém que possa te apoiar.
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Existem diversos tratamentos para esse mal e a mistura, embora nem sempre necessária, de medicamentos e psicoterapia costuma trazer ótimos resultados.
Chega de sofrer calado ou com medo dos julgamentos alheios, precisamos enfrentar essa triste realidade que consome tanta gente por falta de informação e/ou de coragem de pedir ajuda.
Retirado de Cámbiate (traduzido e adaptado)
Respostas de 7
Vivi intensamente o mundo terrível da depressão, senti toda a dor que ela acarreta, estive dependente de quimicos para sobreviver, e hoje estou aqui para contar a história. Foram seis anos de intenso acompanhamento psicológico/psiquiatrico, e neste momento estou perfeitamente bem, e disposta a dar o meu testemunho se alguém tiver interesse nisso. Penso, que tendo passado por todas as fases de uma depressão reativa, posso ajudar aqueles que precisarem.
Aida, ficamos muito felizes que você esteja bem e tenha superado essa doença tão séria. Obrigada por compartilhar sua experiência com a gente
Obrigado. Tenho uma longa experiência no que toca à luta contra a depressão, e sei claramente os caminhos que me trouxeram de volta. As pessoas que me rodeiam ficam pasmadas de como foi possível recoperar. Tenho 54 anos, e tenho a noção de todas as etapas porque passei. O mérito não foi meu mas da forma como os profissionais de saúde lidaram com o meu caso, e a esse respeito, e por trabalhar num hospital, posso dizer muita coisa se alguém estiver interessado no assunto.
tenho interesse em saber
Oi Michelle, como vai? Não entendemos, tem interesse em saber sobre o que? 🙂
É muito difícil sentir que nada poderá ser feito pra mudar. É dolorido pensar que é melhor morrer pra não ter que enfrentar as dificuldades que a vida nos traz. Já tive vergonha e medo de julgamentos por me sentir assim. Isso me prejudicou e muito.Todas as pessoas deveriam consultar um psicólogo.Ninguém é totalmente equilibrado.