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Dependência emocional e família 2 perguntas a se fazer.

Categorias: Família
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A gente já aprendeu aqui que dependência emocional é diferente de amor, ela está mais para um vício. Você pode entender melhor sobre isso e como ocorre em um  relacionamento amoroso neste texto aqui.

Mas para existir a dependência emocional em um relacionamento amoroso ela precisa ter vindo de algum lugar, certo? Ela nasce em algum momento da vida. 

Lembra que a primeira noção que temos das relações sociais é dentro da nossa família? Falamos sobre isso neste texto

Então, essas pessoas que convivem conosco, e que às vezes elegemos como uma figura a quem admiramos, temos como um exemplo e queremos agradar, nossa figura de autoridade, exerce influência nas nossas vidas, mas a que ponto?

Nós elegemos várias figuras de autoridade ao longo da nossa vida. Mas a relação que temos com as primeiras figuras de autoridade, influenciarão muito como vemos as nossas relações futuras. 

Mas será que existe dependência emocional também nas relações familiares?

Existe! E às vezes é nessa fase da vida, quando convivemos só com a nossa família,  é que se aprende a codependência. Essa é uma palavra bastante usada no tratamento de dependência química, mas na psicologia ela é mais ampla, atrelada aos temas de dependência emocional e se encaixa perfeitamente quando falamos em dependência emocional familiar, uma vez que como na adicção, têm comportamentos de vício. 

Pois bem, um dos sintomas mais comuns para identificar a dependência emocional em uma família disfuncional é quando não se permite a chegada de novos membros, a vida social só pode acontecer se for em família, existe todo um esforço para que a família não sofra influências externas. 

É comum nessas famílias frases como: “Você só pode confiar na sua família“ ,”Ninguém nunca vai amar você como nós amamos.”. 

Quando há dependência emocional, a primeira característica é aquela família que faz tudo junto sempre, as viagens, os churrascos, os almoços, mas é possível observar que essa união não representa apenas harmonia, existe também uma relação conflituosa, discussões, um clima de muito conflito que fica confuso de se observar e principalmente pessoas que não gostariam de estar ali.

Em famílias onde há dependência emocional existe uma espécie de culto envolvendo a instituição familiar, ou um membro em específico, que precisa ser cultuado por todos,  de maneira que seja completamente desincentivado a diversão e comemoração fora do seio familiar. 

Isso pode ser percebido inclusive em diferentes fases da vida e, por vezes,  na tentativa de   atrasar as  mudanças de fases naturais. 

Como por exemplo, não permitir que uma criança passe para adolescência, incentivando ou impondo comportamentos infantis como: não incentivar a autonomia ou não permitir ajuda nas tarefas diárias adequadas para a idade.

Outra característica bastante acentuada é a de não permitir que durante a adolescência  exista vida social, namoro ou trabalho evitando que o adolescente passe para a fase adulta. 

E mesmo que alguém trabalhe, namore e até se case continua a obrigatoriedade de participar de encontros familiares na mesma intensidade de quando era criança.

É comum também que quando um membro dessa família se casa, todos os membros participem da vida do casal, como se fizessem parte do casal. 

Decidem as questões, colocam opinião… Porque não é permitido o membro que se casou formar uma nova família e sim o cônjuge desse membro passar a seguir os costumes e regras dessa família que é dependente. 

As consequências desses comportamentos são adultos sem autonomia, que tem subempregos, relacionamentos amorosos conflituosos. E que sempre em algum aspecto vão precisar da família para tomar decisões na sua vida. 

E o que fazer com isso?

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Photo by Tima Miroshnichenko on Pexels.com

Família é base. No sentido de que é com a família que vamos aprender as primeiras noções de vida em sociedade. Esses primeiros aprendizados podem auxiliar muito nossa vida adulta, mas também podem atrapalhar muito.

Em uma família saudável é importante que cada membro tenha o seu papel, que cada membro entenda o papel do outro e que pratiquem suas individualidades. 

Em maior ou menor grau todo ser humano é afetado pela dependência emocional familiar, mas é importante saber que o incentivo à autonomia, durante a fase de maior convívio com a família é muito importante para um desenvolvimento emocional saudável na idade adulta. 

Ficou confuso? Vamos pensar no seguinte:

  1. É com a família que temos a primeira noção de convivência em sociedade e de relacionamentos.
  2. Em uma família disfuncional pode existir uma dependência emocional.
  3. Essa dependência emocional pode se tornar nociva e afetar outras relações ao longo da vida. 
  4. Em uma família saudável cada membro tem seu papel e um respeita o papel do outro. A autonomia é incentivada.
  5. Famílias não vem com manual de instrução, em maior ou menor grau todos estarão expostos a algum tipo de dependência emocional. A questão é identificar e quebrar o ciclo. 

E claro, nunca poderemos esquecer que cada família tem sua característica e que tudo o que falei aqui, pode ser uma pista para o que está acontecendo, mas não, necessariamente o que está acontecendo.

O que seria importante? Agende uma sessão, tire suas dúvidas, quem sabe esse é o começo da quebra da dependência familiar e do rompimento do ciclo?


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