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Diferenciando a Autoestima Verdadeira da Autoestima Falsa

Diferenciando a Autoestima Verdadeira da Autoestima Falsa

Qual é a sua relação consigo? Em outras palavras, você tem autoestima verdadeira?

Autoestima diz respeito a como você se avalia. Pode ser alta, quando você se avalia de forma positiva, ou baixa, quando você se avalia de forma negativa.

Atualmente se faz um culto à autoestima de uma forma que nos faz pensar que, amar a si mesmo, é o mesmo que se colocar num pedestal de Semideus. E aí está um problema que, a meu ver, gera nas pessoas a ideia de que autoestima é ser praticamente cego aos próprios defeitos.

Afinal, o que é Autoestima

Autoestima é a complexa relação que você estabelece consigo. Manifesta-se nos sentimentos, pensamentos e comportamentos que você tem a seu respeito. Pode ser predominantemente positiva ou negativa.

Uma autoestima saudável e bem construída irá mostrar uma harmonia entre sentimentos, pensamentos e comportamentos. Normalmente, quando há algum problema de autoestima, esses três componentes ou alguns deles mostram uma atitude negativa consigo.

Autoestima também envolve alguns componentes como autoimagem, autoconfiança, autoaceitação e autorrespeito. Normalmente, um influencia o outro, por exemplo:

Quando nos sentimos bem com nossa autoimagem (nos vemos como bonitas(os), interessantes, inteligentes, etc), nossa autoconfiança segue junto, e tendemos a nos respeitar também, não nos sujeitando a situações ou relacionamentos abusivos.

Também está presente nos diversos âmbitos da vida: pessoal, profissional, qualidade de vida, relacionamentos amorosos, familiares e amizades. E neste momento, cada aspecto de sua vida pode ter um grau de autoestima diferente.

Uma pessoa pode ter uma autoestima profissional alta, conhecendo suas forças e sentindo-se forte para enfrentar desafios em seu trabalho, mas ter uma autoestima baixa quando se trata de relacionamentos amorosos, sentindo-se inseguro e inferior às outras pessoas.

Cuidado com a falsa autoestima alta

Muitas vezes, vejo pessoas com uma fachada de autoestima altíssima, mas com atitudes que dizem o contrário. A pessoa que se diz perfeita, mas não admite seus erros, está longe de ter uma autoestima verdadeira. Pois não há como olhar para as partes de si possam ser melhoradas.

A pessoa que se diz maravilhosa, mas não consegue se olhar no espelho sem maquiagem (que dirá sair de casa), publica compulsivamente fotos produzidas para receber curtidas, esconde uma autoestima baixíssima e dependente do olhar do outro para sua própria validação.

Normalmente isso se mostra no desencontro entre a fala e as ações de alguém. Isso pode advir de falta de autoconhecimento, conhecer seus pontos fortes e fracos e ser sincero consigo.

Mas afinal, o que é uma autoestima verdadeira?

Quando amamos alguém, vamos muito além de suas qualidades, ou seja, daquilo que enxergamos como bom. Conhecemos aspectos que não gostamos, por vezes nos incomodam, nos deixamos irritar por esta pessoa, mas ainda assim, gostamos da pessoa real.

Uma autoestima verdadeira terá muito em comum com esse relacionamento de amor. Trata-se de aceitar e se gostar, entendendo que somos imperfeitos.

Não falamos aqui de conformismo e sim de aceitar-se para assim conseguir alguma mudança, deixando de gastar energia em resistências.

Relacionamentos acabam por incompatibilidades, mas temos muito mais controle sobre nossas atitudes do que temos sobre as de outras pessoas.

É importante entender que nunca podemos nos divorciar de quem somos, por isso devemos reconhecer o que não gostamos, entender o porquê de não gostarmos e mudar, se fizer sentido.

Autoestima não é uma utopia, utopia é achar que você vai se adorar o tempo todo e nunca terá altos e baixos.

Autoestima é uma construção constante e oscilante de acordo com nossos momentos de vida. Entender isso, nos ajuda a ser mais fortes e a nos tratar com carinho quando precisamos, além de reconhecer nossas conquistas.

Que tal começar a avaliar e aprimorar sua autoestima hoje?

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Psicóloga graduada pela Universidade Paulista, e especialista em Psicologia Hospitalar pela Faculdade de Medicina da USP.

Atuo como psicoterapeuta clínica desde 2014 em São Paulo nos bairros Vila Madalena (ZO) e Jardim São Paulo (ZN) com adultos e adolescentes, sou palestrante sobre temas de saúde mental e emocional e co-fundadora do Projeto Re-Criar, que visa a aproximação e discussão de temas psicológicos do universo feminino.
Na minha prática utilizo a abordagem psicodinâmica, que aborda os conflitos inconscientes e busca, a partir do vínculo e comunicação entre paciente e terapeuta, a superação de conflitos e o amadurecimento emocional da pessoa, para que se viva da melhor maneira possível.
06/11.843-0

1 comentário em “Diferenciando a Autoestima Verdadeira da Autoestima Falsa”

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