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É hora de cuidar de si

É hora de cuidar de si

Viver com a intensa preocupação de cuidar dos outros, da casa, do dinheiro, do trabalho, da família, alimentando o peso de carregar tudo nas costas, passando todos na nossa frente e nos deixando em segundo plano, é um movimento que nos enfraquece e nos desvaloriza. Chega de olhar para fora. É hora de cuidar de si!

Vamos cuidar de nós mesmos antes de cuidar dos outros.

Está na hora de olhar para dentro, dar importância para nossas necessidades, reservar um tempo para o autocuidado e aprender a nos amar.

Quando estamos fortalecidos, inteiros e conscientes, conseguimos nos perceber, saber qual é o nosso lugar e do outro, o papel de cada um, e assim ajudar na medida das nossas forças e possibilidades.

É preciso colocar a máscara de oxigênio primeiro em você e depois no outro, princípio básico da lei de sobrevivência.

Muito além de sobreviver, merecemos viver bem. Para isto, precisamos nos conhecer, nos cuidar, nos sentir.  

Todo sentir começa com o sentido de si própria(o), isto é, do próprio corpo.

Estar presente a si mesma(o)

Estar presente a si mesma(o) é a melhor forma de autocuidado, afinal de contas, a única pessoa que vai acompanhar você a vida toda é você mesma(o).

Qualidade de presença é atentar-se para seu corpo, suas emoções e suas necessidades.

Costumamos viver tanto no piloto automático que esquecemos do nosso corpo até o ponto que ele precisa nos fazer sofrer para que cuidemos dele, às vezes, tomamos atitude tarde demais.

Quando nos conectamos com o nosso corpo, somos iguais a uma árvore, enraizados no solo, conscientes daquilo que reside dentro de nós.

Todas as emoções que sentimos são úteis, porque revelam nossas necessidades e despertam consciência, elas estão ligadas às nossas sensações, pensamentos e tendências.

Acolha as emoções e se permita sentir, tome consciência do que está acontecendo dentro de si, física e emocionalmente.

Sempre que estamos mais em nós mesmos, não nos misturamos com os outros e as situações que nos acontecem, conseguimos o distanciamento para autoproteção, desta forma, preservamos a qualidade das relações a medida que diminuímos nossa reatividade emocional.

É fundamental ter consciência do que você está vivenciando, especialmente em caso de dificuldade.

Verbalizar os nossos estados emocionais pode representar um grande alívio da tensão interior, principalmente quando a solução da situação vivida não está sob o seu controle.

O tempo dedicado para conhecer nossos sentimentos e refletir sobre nossas necessidades faz com que tenhamos mais clareza em relação às ações mais adequadas a tomar.

Necessidade e Desejos

As necessidades devem ser entendidas pelo o que é essencial para cada pessoa, como seus valores, suas aspirações, seus sonhos, entre outros.

Ao mesmo tempo, as necessidades humanas básicas são comuns a todos, como as fisiológicas (alimentação, água, excreção, sono, respiração, etc.), de segurança (saúde, abrigo, estabilidade, proteção e finanças), sociais (afiliação, amizade, aceitação, intimidade sexual, socialização, etc.), de reconhecimento (autoconfiança, conquista, status e respeito), de autorrealização (desenvolvimento interno, moralidade, espiritualidade, etc.).

Tome cuidado para não confundir necessidades e desejos. Por exemplo, eu posso estar com a necessidade de relaxar e ter o desejo de fumar um cigarro.

Um desejo é uma dentre várias maneiras de tentar satisfazer uma necessidade.

Talvez com o cigarro eu atenda à necessidade de conectar comigo mesma(o) ou me dar prazer, mas eu não necessito do cigarro para continuar vivendo, aliás a lógica médica diz o contrário.

Preciso conhecer profundamente o que reside dentro de mim para eu não cair nas armadilhas que disfarçam a minha real necessidade.

É necessário questionar: “Quando eu faço o que estou fazendo ou quando eu vivencio o que estou vivenciando, que necessidade é satisfeita?”

No exemplo dado, “será que a escolha de fumar me satisfaz em longo prazo?”; “Será que existem outras estratégias, diferentes do cigarro, para ajudar a me descontrair, conectar-me comigo mesma(o) e ganhar energia para eu realizar minhas atividades diárias?”

Sentimentos e Julgamentos

Nossos sentimentos nos informam sobre as nossas necessidades.

Se estou vivenciando um sentimento negativo é porque uma ou mais necessidades não foram atendidas, o contrário também é verdadeiro, sentimento positivo significa necessidades satisfeitas.

Situações como emprego ligado à necessidade de segurança; aprovação no vestibular ligada à necessidade de reconhecimento.

Há palavras que usamos como se fossem sentimentos, mas elas estão misturadas com juízo de valor sobre os outros ou sobre você.

“Eu me sinto traída(o), abandonada(o), incompreendida(o)”, assim são uma potencial fonte de conflitos com juízo sobre os outros.

“Você é incompetente, incapaz”, assim são uma potencial fonte de desânimo com juízo sobre você.

Os juízos de valor retiram o nosso poder pessoal, ou nos colocam no papel de vítima, ou nos desvalorizam, assim por diante.

Aprender a me amar

Aprender a me amar é nutrir autoestima, cuidar bem de mim mesma(o), dedicar atenção para mim, ser verdadeira(a) comigo mesma(o).

O autocuidado é direcionado para o corpo, as emoções, a mente e as relações, de uma forma ampla e cada vez em um nível mais profundo, potencializando o bem-estar e tudo que proporciona sentido e significado.

Quando eu me sinto plena(o) pela atenção que eu me dou, eu me volto para os outros naturalmente.

Quando eu sei ouvir e aceitar os demais é porque soube ouvir e entender aquilo dentro de mim.

Quando eu não aceito algo em mim mesma(o), eu corro o risco de projetá-lo nos outros, atribuindo a eles minhas imperfeições.

Se eu não me conceder momentos de autoempatia, eu ficarei propensa(o) a me autointoxicar (tabaco, álcool, bulimia, etc) ou responsabilizar os outros pelo meu mal-estar.

Respeite seus limites. Não agrade aos outros com algo que lhe desagrada e não está de acordo suas necessidades e seus valores. Agrade a si mesma(o). Nutra o diálogo humanizado.

Aprenda a separar o que é bom e o que é prejudicial para si. Identifique e observe seus hábitos, comportamentos, pensamentos e sentimentos.

O que é destrutivo e necessita de aprendizado para transformação? O que é saudável e pode ser intensificado?

Lembre-se que você pode contar com a terapia para apoio no processo de conhecimento sobre si, enfrentamento dos problemas e potencialização das suas forças.

Assuma o protagonismo da sua história, conheça suas fraquezas e suas potencialidades, corra atrás dos seus sonhos, escute sua voz interior.

Expresse a sua gratidão, a si mesma(o), aos outros, à vida, intensificando o bem viver e conviver. Crie sua vida de acordo com quem você é na essência.

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Psicóloga CRP 06/158264 - Clínica Psicanalítica
Atendimento Clínico: Adultos, Casal, Crianças e Adolescentes

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