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O que você realmente quer no amor? Desvendando a expectativa mais básica…

Categorias: Relacionamentos
couple with hands apart

Sobre o amor romântico e não romântico, desamor e roupas velhas que insistimos em usar.

Em meus passeios virtuais, já li e ouvi várias coisas sobre o amor. Desde o “amor é ferida que dói e não se sente…” ao “para você me provar seu amor faça isso”.

Pergunta: 

Tem que doer? 

Tem que provar sempre alguma coisa? 

Precisamos parar com essa de “tem que…”. 

Tem que nada não, viu? 

Trago a seguinte reflexão/perguntas para você que dedica seu tempo a essas linhas…

Você já parou para pensar sobre quais são as nossas grandes tarefas enquanto pessoa? 

Enquanto somos crianças brincamos e aprendemos pela imitação. Na adolescência, começamos a questionar e partir em busca de uma identidade diferente daquela que a nossa raiz familiar “espera” (tem famílias que esperam a prevalência de um padrão atitudinal medonho. Se fossemos todos iguais, essa reflexão e esse texto não seriam necessários né?). E já na juventude, temos um espaço para colocar à prova nossos questionamentos e ir amadurecendo nossa identidade para que na vida adulta, possamos “usá-la”. 

Aí eu pergunto para vocês: por que cargas d’água mesmo depois de todo esforço empreendido na adolescência, na hora de escolher o broto/brota/ futuros companheiros de nossas vidas – MUITAS VEZES – optamos por um molde de relacionamento igual do de nossos pais? 

Mais aí, você caro leitor pode estar franzindo sua testa nesse exato momento…  

Ok… pausa dramática… 

Quero dizer que nem sempre aquela verdade/meta/desejo/escolha do pai e da mãe que por mais que venha embrulhada com boa vontade e votos de felicidade, vai servir para nós. 

Você aí usuário de manequim 42 já tentou usar um 36? É isso: ganhamos roupas/desejos/expectativas/ fantasias que vem do nosso berço familiar que não vão nos servir. E aí? 

Aqui nascem as ovelhas DESGARRADAS da família, né? 

Eu sou uma e você? (rindo, mas estou em dia com a terapia). 

Você pode ouvir todo esse conjunto, provar de todos esses tecidos/desejos e ir em frente nessas metas, mas que seja uma escolha sua e não para satisfazer/agradar por amor a ninguém.  

Voltando às perguntas iniciais: 

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Photo by cottonbro studio on Pexels.com

NÃO, AMOR NÃO DÓI EM HIPÓTESE ALGUMA. 

Se doer não é amor. 

Quando você escolhe alguém para amar, como você se orienta? Você realmente ouve suas expectativas mais básicas nessa escolha ou seu caminho é norteado por aquilo que a coletividade toma como amor

Quando você não se ouve, o que encontra? 

O quanto você está disposto a descobrir alguém e experimentar de fato o que é amor? 

O quanto você está disposto a se revelar , se despir de amarras e mais uma vez coisas que você foi aceitando para si mesmo e que te distanciam de novo daquela expectativa mais básica. 

Entenda por expectativa mais básica, aquela coisa que a criança carrega: “ quero ser astronauta. Quero ser veterinária”. 

Eu na infância , tinha vontade de ser bailarina.Por qual razão? Não faço ideia. 

Queria desenhar também, hoje faço uns rabiscos estéticamente agradáveis. 

Enfim, voltando:  

Num atendimento, a primeira vez que discorri sobre o amor com uma pessoa tive como resposta, que sua expectativa de amor era a de ter algo “tipo Disney”.  

Ok, expectativa dela. Disney ensinou muita coisa para nós moçoilas de 30 e poucos né?  

Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas…. 

Como adultos responsáveis: o quanto do nosso relacionamento tá indo de encontro com as nossas expectativas mais básicas? 

Pelo amor da nossa crença, por que cargas d’água temos de viver sem satisfazer nossa expectativa mais básica de escolha? A de AMOR. Que amor você quer para você? 

Vamos nos afastar um pouco desses ecos do passado que nos afastam daquilo que acreditamos. Na psicoterapia podemos aprender a dar menos voz para o outro e mais para nós mesmas.

Você pode gostar de ler também:

Martins-Silva, P. de O., Trindade, Z. A., & Silva Junior, A. da .. (2013). Teorias sobre o amor no campo da Psicologia Social. Psicologia: Ciência E Profissão, 33(Psicol. cienc. prof., 2013 33(1)). https://doi.org/10.1590/S1414-98932013000100003

Porreca, W.. (2019). Relação conjugal: Desafios e possibilidades do “nós”. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 35(Psic.: Teor. e Pesq., 2019 35(spe)). https://doi.org/10.1590/0102.3772e35nspe7

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