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Marcas amigas? Você consome ou é consumida? 5 perguntas para se fazer…

happy woman shopping online at home

Será que as marcas são nossas amigas?

No texto anterior falei que por trás do entretenimento existem várias indústrias que lucram muito com as informações que a gente compra por aí quase sem saber. Hoje quero te convidar para refletir sobre o seu papel nisso.

Será uma postura ativa, equilibrada ou passiva?

A indústrias e o comercio de hoje direcionam suas vendas para o que o público mais consome afinal o marketing do capitalismo é isso: aumentar a lucratividade com base em dados, mas e agora que temos mais voz com a internet? Será que dizemos também à indústria o tipo de produto que queremos ou não consumir.

Isso realmente tem efeito, mas não podemos deixar escapar o fato que, ao mesmo tempo, ainda somos direcionados por muita coisa que eles fazem, como usar pessoas famosas ou os trends para nos convencer que carvão ativado é ótimo para o dente (mesmo que seu dentista diga que isso não funciona!)

woman holding card while operating silver laptop marcas amigas?
Photo by Andrea Piacquadio on Pexels.com

Também existem algumas marcas que lançam produtos “Green (verde)” dizendo que se comprometem com a natureza, mas ao mesmo tempo essa mesma indústria mantém os produtos antigos que continuam fazendo mal ao meio ambiente. Veja este artigo por exemplo, que fala sobre resíduos tóxicos de lâmpadas fluorescentes descartados de maneira incorreta por empresas com certificação ISO 14 mil.

É tipo aquela marca de escovas de dente que faz a versão em bambu ecológico, mas continua com 700 opções de escova de plástico à venda, sabe?

Essa marca não está disposta a mudar a postura – está disposta a vender mais e a lançar um produto sabendo que existe um nicho grande de pessoas pedindo por aquilo!

Também tem as marcas que quebram padrões de beleza, colocam imagens de modelos plus size, negras, asiáticas e enchem o feed de falas que lacram, mas quando você visita a loja deles só encontra peças tamanho 36 a 40 e na liderança da empresa não tem nenhum dos tipos que vemos nas fotos do perfil Instagram. Estou exagerando ou você concorda comigo? Deixa no comentário se acha que “estou pegando muito pesado”.

Claro que nem todas são assim, mas será que as que não são, têm a visibilidade necessária?

Nós podemos sair da cadeira passiva de receber tudo que a indústria nos oferece e passar a avaliar o que realmente faz sentido no que ela vende ou fala e também dar voz às marcas que realmente estão alinhadas com o que acreditamos.

Marcas estas coerentes em seus posicionamentos, afinal essa é a mesma postura que esperamos das pessoas que conhecemos – então por que não pedir isso para as marcas que consumimos?

Vale a pena olhar para as marcas que você mais gosta e pensar: elas se posicionam de uma forma que você acredita? Elas defendem direitos importantes? Te respeitam como indivíduo pensante? O produto realmente funciona?

Pode não parecer, mas isso gera mudanças.

Marcas que se posicionam com valores retrógrados, olhando pessoas como objetos e como pequenas bonequinhas (ou bonequinhos) de luxo tendem a perder espaço… foi o que aconteceu com a Victoria Secrets e seus desfiles, por exemplo.

A beleza da internet é criar espaços que mostram marcas que fazem real diferença – não estamos falando apenas de marcas grandes como a Natura, mas do comércio de produtos naturais da sua amiga, ou a loja que ela criou para vender papelaria, o blog daquela empreendedora que você curte, e por aí vai…

Enfim, minha ideia hoje foi de te ajudar a perceber que você pode fazer as manas chegarem mais longe e consumir marcas nas quais você realmente acredite e confie.

Apoie sua amiga empreendedora, compre de pequenos negócios, conheça mais das marcas que consome e convide pessoas ao seu redor a fazer o mesmo.

Fez sentido essa reflexão para você?

É aquela história: você pode ser uma gota no oceano, mas aos pouquinhos você pode influenciar toda uma maré!

O que é uma postura passiva diante das marcas?

Lá no começo do texto falei sobre as posturas ativa, equilibrada e passivas diante desse cenário. Vamos pontuar algumas atitudes (ou posturas) que podem ser consideradas nesse quesito?

  1. A marca que você mais compra realmente te escuta? Você já enviou uma reclamação ou prefere jogar o “produto” fora ou deixar na gaveta de “outras coisas”. Ao interagir, você está equilibrando, ao deixar na gaveta está mais passiva em relação àquilo que lhe foi ofertado e se você vai, mostra, fala, conversa, com certeza está ativa em relação à marca.
  2. Você, ao comprar um produto, se pergunta algo ou vai pela escolha do preço, da embalagem… qual foi a última vez que você leu as letrinhas miúdas?
  3. Representação: essa é uma alteração atual das marcas, a publicidade inclusiva, mas ao ir a fundo, será que a marca realmente está incluindo? Você verificou ou apenas “comprou”o que a marca disse?
  4. Atualmente anda muito comum a história de cancelamento pela Internet. Quando você escuta isso ou aquilo sobre uma determinada marca, você vai conferir ou tende a confiar no que te falaram? Se você não confere, grandes chances de cair em Fake News.
  5. Qual foi a última vez que você incentivou uma amiga ou um amigo comprando sem “explorar”? Você considera custos, o uso racional daquele produto ou serviço ou só tem tentando levar a melhor?

Espero que essas perguntas ajudem você a identificar a sua posição no famigerado mercado. Você consome ou é consumida? Qual a sua opinião? Comenta e avalia aqui embaixo.

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