Esperando um momentinho para começar.
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“Quem espera sempre alcança”, não é esse o ditado?
Nossa vida começa assim: nossas mães e pais esperam por 9 meses o nosso nascimento.
Esperamos nosso crescimento e ansiosos, queremos nos tornar adultos.
Espera-se a troca dos dentes. Queremos a janelinha!
Esperamos ganhar um cachorrinho ou um gato ou qualquer bichinho… (quando não temos, mas sempre espera-se alguma coisa, um brinquedo, o natal, o aniversário…)
Internalizamos personagens: bombeiros, aviadores, youtubers… brincamos com maquiagem, vestimos as roupas da mãe e do pai imaginando, na espera, quando nos tornaremos “grandes”; e o tempo não passa. Ah! Inocência. Ele passa e, passa muito rápido.
Na atualidade nos cobram velocidade. Esperar é um crime. Filas? Imagina. Para que fazer se já tem pronto?
A espera é importante. Guarde essa informação e espere…
Copiar as coisas da lousa ou do quadro? Imagina, fotografar é muito mais rápido. Para que esperar?
Esperar amadurece. Frustra. Faz com que nos sintamos impotentes diante de tudo e nos mostra o quão pequenos somos diante das engrenagens da vida. Esperar exercita a paciência, a resiliência, a criatividade.
E continuamos esperando. E geramos ansiedade.
Esperamos a formatura da escolinha, da escola, da faculdade, da pós graduação.
Esperamos nosso amigo atrasado e eles nos esperam.
E nesse tempo, 6 meses é muito.
Um ano e meio, para quem tem três anos é meia vida! Agora, quando chegamos aos 20, 10 anos já foi METADE dela!
Mas quando chegamos aos 60 anos, 10 anos é apenas uma pequena parte, um ano, apenas um sopro. O tempo é relativo. E aprendemos a esperar.
Aprendemos artimanhas na luta contra e tempo (que às vezes julgamos perdido) mas vai depender de quanta expectativa temos.
Esperar na porta do banheiro para maquiagem é uma coisa, esperar com uma dor de barriga, aqueles minutos se tornarão horas!
Mas esperamos a hora de sair do trabalho. Esperamos a hora de entrar no trabalho. Esperamos tanto que aprendemos (ou nos conformamos?, fica a pergunta).
Tem até letra de música: esperando na janela, nosso amor chegar!
Em uma sociedade que espera-se velocidade, ensinar as crianças, sem a dor da vida que a espera faz parte dela é importante.
O leite não vem pronto da caixa. A fruta, era uma semente, teve o tempo, virou flor, árvore e fruta.
Um bom exercício para ensinar as crianças esperarem é cozinhar. Fazer um bolo, esperar ele esfriar. O resultado da espera, aquela alegria! Para começar a esperar de novo.
Assim segue a vida. Esperando. Às vezes, esperando a hora passar entediado, outras esperando a hora não passar por que não queremos que aquele momento acabe. Mas esperamos.
E você, como anda esperando as coisas? Com muita ansiedade ou com pouca ansiedade? Virou patológico? Ou é só uma frustração que você dará conta?
Dá uma olhada nesse vídeo do Parafernalha que mostra um pouco das loucuras que a espera faz. Depois, aproveita e conta pra gente nos comentários como são as suas esperas e até a próxima.