A autoestima pode ser entendida como a capacidade de conhecer a nós mesmos de forma compreensiva e consciente de nossas atitudes e valores. É uma visão geral sobre nós mesmos e que influencia as percepções sobre nós, o outro, o mundo e o futuro.
A autoestima não é algo definitivo, sendo construída no decorrer da vida. Por meio dela é que nós interagimos com o mundo, com as pessoas e conseguimos desenvolver projetos para o futuro. De forma simples, se não tivéssemos autoestima nós não poderíamos realizar absolutamente nada.
Todas as pessoas têm autoestima, mas nem todas são iguais.
É importante compreender que as pessoas não são iguais e nem vêem as situações da mesma maneira.
Existem aspectos pessoais (egocêntricos) e pró-sociais (voltados para outras pessoas) na autoestima. Em todas as pessoas basicamente o que se reforça é a necessidade de respeito à diversidade de percepções do mundo, que é um passo importante para a autoestima. O que me é diferente, é diferente, não antagonista.
Há pessoas que tem uma falsa autoestima elevada, usando de excessos de autoafirmação para mascarar suas inseguranças.
São pessoas que têm aspectos e visões pessoais mais acentuados e pró-sociais. Em muitos casos podem tornar-se até mesmo agressivas, autoritárias, manipuladoras e extremamente egoístas, pensando exclusivamente em si.
Há outras cuja autoestima é visivelmente baixa que não conseguem expressar ou externalizar suas posições pessoas por medos intensos.
Geralmente são pessoas que desenvolvem aspectos menos pessoais (egoístas) e mais pró-sociais. Podendo ser pessoas passivas, submissas, manipuláveis e extremamente despersonalizadas.
Há também outras que conseguem relacionar aspectos pessoais e pró-sociais na forma como interagem com o mundo, sendo mais flexíveis em relação às suas ações e demandas. São pessoas que desenvolveram visões de si mais flexíveis e adaptáveis ao longo da vida.
A autoestima e o meio social
Nossa autoestima está relacionada às coisas que fazemos, como elas são valorizadas e como nós percebemos essa valorização.
Mesmo que seja de forma passiva, para realizar algo precisamos de alguma motivação interior. Assim, ao realizarmos algo, necessitamos buscar recursos pessoais para poder concluir. Ao finalizarmos algo, podemos ficar satisfeitos ou não, mas, mesmo assim, exercemos nossa vontade para realizar.
Ocorre que ao fazermos algo temos nossas ações valoradas, ou seja, as pessoas dão algum tipo de valor as nossas ações, que podem ser bons ou não, conforme nossa interpretação.
Assim, a partir dessa valorização podemos fortalecer ou não nossa autoestima, influenciando nossa conduta.
A forma como interpretamos nossas ações e como percebemos as interpretações alheias também influenciam a nossa autoestima, pois é dessa interpretação que vamos avaliar nosso próprio desempenho.
Pessoas com baixa autoestima tendem a avaliar de forma negativa ou ameaçadora uma avaliação externa, podendo ter acessos de raiva ou medo. Pessoas com autoestima mais trabalhada tendem a ter reações mais claras e coerentes de avaliações externas.
A nossa autoestima é desenvolvida diariamente.
Como dito anteriormente, não temos uma autoestima definitiva, sendo, portanto construída todos os dias através de nas nossas interações com familiares, amigos, professores e outras pessoas.
Algumas dessas interações serão mais positivas e leves, outras serão desafiadoras.
Mas, é importante reforçar que cada experiência pode contribuir para o desenvolvimento da autoestima por meio da autocompreensão, da compreensão da experiência, do outro. Considerando sempre o respeito a si e ao diferente.
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