Verdade, Mentira E O Agitar De águas

Verdade, mentira, pequenos e grandes detalhes…

Existem coisas que você gosta de ouvir e outras que não. As mentiras se estiverem bem vestidas, gostamos de ouvir, as verdades nuas nos custam mais, é como se agitassem a nossa água.

Por exemplo, uma mulher diz à outra: “O que você faz para ter essa beleza? Você está tão conservada, tão bonita e teus olhos estão tão cheios de brilho.”

Esta frase não parece dolorosa, ainda que a beleza de tal mulher poderia, seguramente, ser discutida.

Em outro exemplo, uma pessoa diz à outra: “Te parece normal esse tipo de vida que você leva? Já encontrou algo que dê sentindo à sua existência? Além do mais, você parece um barco à deriva, com essa cara de quem não entende nada.”

Essa frase parece que transborda desdém, mas digamos que estão agitando as águas.

Facilmente, já estivemos nos dois lados, agitamos a água de alguém alguma vez e já agitaram a nossa, já sentimos o contrário, já fomos atacados por palavras, em momentos concretos.

Por que temos dificuldade para agitar a água? Por que atacamos verbalmente de vez em quando? Por que não gostamos que nos agitem a água, ainda que saibamos que seja mentira o que nos dizem?

Necessitamos que nos digam mentiras para não rompermos por dentro? Temos medo de dizer o que pensamos? Você dorme com esse sorriso de uma felicidade artificial enquanto te contam histórinhas que não importam?

Você se cansa de ouvir essas histórinhas, mas sem dúvida a sua cara é de alguém que estava num show do Rick Martín? (Para que essa pessoa não se dê conta de que é pesada, de que é insuportável?)

Você aguenta, usando uma máscara que não corresponde ao que está pensando? Permanece ao lado de gente que te faz mal, que você não suporta e que faz o pior de você se manifestar?

Por que você faz coisas que não quer fazer? Diz coisas que os outros querem ouvir para te aceitarem? E você? Você gosta que não agitem a sua água? Que só te digam coisas que você quer ouvir? Você precisa disso?

Precisamos do reconhecimento dos outros, para nos sentirmos parte do mundo, mas até certo ponto. Necessitamos de algo da rede social, pertencer a um grupo, relações sociais, nos sentir queridos.

Entretanto, se o que sustenta a sua autoestima é o que os outros dizem, você está perdida.

Leia mais sobre autoestima aqui.

É melhor que você mesma sustente. Te poderia agradar mais ouvir que você é brilhante do que que é uma fracassada, mas o que significa de verdade o que o outro diz sobre você?

É melhor você mesma dizer o que quer ouvir e ser o que queira ser!

A responsabilidade emocional tem a ver com o que VOCÊ quer ser.

Com sermos responsáveis por nossos pensamentos, sentimentos e ações. Às vezes, responsabilizamos os outros porque estamos tristes, porque ao agitarem a nossa água, nos disseram coisas de que não gostamos e dizemos que nos fizeram mal.

Mas quem tem o controle de você? Quem você quer que tenha o controle sobre você?

Seria bom que você mesma o tivesse. Não começar a buscar suspeitos e culpados pelo assassinato da sua harmonia, mas parar para refletir que é o que você faz com você mesma que te deixa mal, que desperta em ti essa pessoa, ou essa coisa, ou essa situação… que está se passando dentro de ti.

Porque tudo se passa dentro de ti. E o assassino da tua harmonia é você mesma!

Retirado de Psicocode (traduzido e adaptado)

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Redação Psico.Online

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