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a autonomia do empoderamento

Uma questão de autonomia. O empoderamento é real?

Me pego refletindo sobre a autonomia e o poder que ela exerce em nossas vidas e como a falta dela pode ter muitas consequências e me pergunto, até que ponto realmente nos empoderamos da Autonomia?

Em minha experiência como psicoterapeuta percebo que quando a pessoa se dá conta que tudo é uma questão de escolha, há um certo espanto e temor, pois parece que não lhe é permitido ou é estranho ter o poder das escolhas e se responsabilizar pelos seus atos.

Claro, acredito que tudo isso se deva ao fato de que a todo o momento somos reforçados a endereçar a responsabilidade a terceiros, sempre estamos de certa forma nos reportando a alguém, uma sociedade, uma moral e a responsabilização de algo fluir ou não, pode ser ao Governo, a Deus, aos pais, ao psicólogo…

Clique e fale com um Psicóloga Online agoraSim, há coisas que realmente dependem de terceiros, mas o controle da escolha sempre é da pessoa e isso não há como endereçar, pois até se deixar dominar é uma escolha, ou seja,  você escolhe que o outro se apodere e tome a direção por você.

É interessante perceber como as pessoas se assustam ou nem querem que nós, os psicólogos, devolvamos esta responsabilidade a elas, parece difícil quando nos apresentamos somente como coadjuvantes na sua busca interior.

As vezes escutamos: “Como assim eu? Ah não, talvez não seja uma boa escolha eu decidir por mim mesmo(a)!”

Esta frase muitas vezes é tão frequente no consultório, que penso que isso pode ser uma parcela do que acontece na sociedade.

Parece que é preciso que alguém saiba mais de mim, numa espécie de relação de poder, dizendo o que deve ser feito, numa ideia de que existe um estereótipo pronto onde todos têm que se enquadrar, pois ficar de fora dessa “caixinha”, ou seja, não ser igual ao que se espera, será marginalizado, taxado de louco etc.

Como se a pessoa não tivesse condições de saber o que é bom para ela de verdade, numa necessidade de buscar externamente um senso comum que deve estar em acordo, e logo não se dá ouvidos para a pessoa que está mais próxima, ela mesma.

Há uma busca de uma validação do outro, e não se considera quem deveria ser o mais relevante na opinião, VOCÊ!

É importante ter autonomia!

Reflitamos então: É possível viver autonomamente? Como é fazer suas escolhas?

Parece que é difícil de confiar em si, não é mesmo?!

Na Abordagem Centrada na Pessoa, que foi desenvolvida por um grande psicólogo americano, Carl Ransom Rogers, a Autonomia é a finalidade central para um desenvolvimento pleno e saudável da pessoa, essa proposta sugere uma abordagem sem condução, ou melhor dizendo, não-diretiva.

Esta terapia difere das outras, pois o foco não é o problema em si ou o passado, mas sim a pessoa no seu sentido integral, na qual acredita-se que ela mesma tenha o potencial para se atualizar, por intermédio de um ambiente facilitador, livre de julgamentos e num clima de aceitação positiva.

Aqui é percebido que se eu dou palpites, conselhos ou pontue, mesmo que seja com as técnicas mais sofisticadas, o foco já não é mais a pessoa atendida (você, no caso), e sim “eu” o terapeuta, é a minha percepção, e isso não contribui para que a pessoa se veja como realmente é, de modo que buscamos sempre a SUA autonomia.

Ao visar a autonomia a pessoa pode encontrar as melhores soluções intrinsecamente, sem gerar uma relação de dependência, numa ideia de que sempre o outro saberá mais dela, do que ela própria.

Bom, com tudo isso, gostaria de te dizer que SIM, VOCÊ tem o POTENCIAL, só basta uma oportunidade para facilitar essa comunicação interna, não precisará ser sozinha/o, é possível sim  ter companhia, mas a escolha é com você! Autonomia.

Então te desejo uma boa saga rumo ao autoconhecimento, com coragem, amor e paciência se tiver vontade de descobrir-se.

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Psicóloga CRP 06/126904. Humanista adepta da Abordagem Centrada na Pessoa, também graduada em Gestão de Recursos Humanos. Mais de 6 anos de experiência com Saúde Pública; Realizo Palestras Corporativas e em instituições no geral, treinamentos motivacionais e em desenvolvimento de pessoas. Desenvolvo trabalhos em bem-estar, saúde e adoro trabalhar com as pessoas em suas diversas complexidades.

8 comentários em “Uma questão de autonomia. O empoderamento é real?”

  1. ALEXANDRE PEREIRA

    Parabéns seu artigo ficou muito bom mesmo, um ponto que ficou bem claro no seu texto, tarata-se de um mal que sociedade vive hoje em dia a necessidade de aprovação exagerada do outro, que gera outro grande mal nos dias de hoje a INSEGURANÇA.

  2. Gostei bastante do seu texto e concordo com suas palavras temos nós mesmos que ter controle sobre nossas decisões, e assumir nossos atos. ♥

Gostaríamos de escutar o que você tem a dizer.

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