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Tristeza e o direito de sentí-la

Quando alguém que nos é importante está triste, a resposta típica da sociedade é dizer, “tudo ficará bem”. Isso, acreditamos, deixa menor a percepção negativa da situação. Dessa forma acreditamos que a pessoa pode reduzir sua tristeza a um nível que possibilite uma saída emocional positiva.

Porém, pesquisas recentes mostram que diminuir excessivamente a negatividade de uma situação pode ser contraproducente.

Quando tentamos confortar alguém dizendo que as circunstâncias não são tão graves como pensa, a mensagem implícita é de que seu nível de dor não é socialmente aceitável.

Se estivesse tudo bem com seu grau de tristeza, não estaríamos tratando de animá-lo. As expectativas sociais percebidas acerca de quando estamos tristes fazem com que as emoções negativas piorem.

Desta forma, quando as pessoas se sentem tristes e percebem que os demais as reprovam, suas emoções negativas se amplificam.

A conclusão é de que é bom recordar à alguém que se pode estar triste. Obviamente, não podemos ir ao outro extremo e fazer com que alguém que esteja triste fique ainda pior, mas fazer com que a pessoa triste entenda que pode se sentir assim, que se espera isso, que é aceitável.

Isso é essencialmente o que fazemos quando perdemos alguém. Durante o luto se destaca o quão boa era a pessoa, os bons tempos que passamos com ela. Dessa maneira, legitimamos os sentimentos de tristeza.

Nos faz sentir que o que estamos experimentando é realmente como devemos nos sentir. A longo prazo, isso nos deixará melhor.

O sofrimento é o outro lado da felicidade. Recordar porque nos sentimos tristes fecha um círculo emocional e nos faz compreender porque nos sentíamos assim.

Sem permissão para sentir a tristeza não se pode atingir o equilíbrio emocional. Precisamos experimentar e saber lidar com todas as emoções para que tenhamos habilidade para saber quando, por quanto tempo e o que sentir, de maneira saudável.

Retirado de cámbiate blog (traduzido e adaptado)

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CRP 6/101759 - Graduada pela Universidade São Francisco, mestre em Ciências da Saúde pela Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo. Psicóloga clínica desde 2010, busca constante aprimoramento na abordagem analítica. Estudou Cinesiologia no Instituto Sedes Sapientiae, frequentou grupos de estudo e supervisão teórica na Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica de São Paulo e ainda, integrou o grupo de Neurociências do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Atualmente é doutoranda em Psicologia Social, pela Universidad Complutense de Madrid.

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