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Abuso sexual - Maio Laranja

Fui abusado, ou abusada quando criança. Enfrentando as Cicatrizes Invisíveis do abuso sexual: abordando o Trauma da Violência Sexual na Infância em 8 pontos.

Este texto é um complemento ao post do Instagram especial maio laranja, campanha de combate ao abuso sexual e à exploração sexual de crianças e adolescentes e que está reproduzido no final deste texto sob o título: “Fui abusado quando era criança, o que é importante saber”

Maio Laranja é o mês no qual nos unimos para trazer à tona uma realidade indesejável, porém persistente na realidade brasileira e mundial: a violência e a exploração sexual contra crianças e adolescentes. Vestimos a cor vibrante não para celebrar, mas para chamar a atenção para essa questão urgente e que já falamos diversas vezes aqui no site. 

Juntos, somos mais fortes na defesa dos nossos jovens, dos mais vulneráveis, daqueles que são a esperança do amanhã. Faça uma busca aqui, tem inclusive material pronto para ser impresso e distribuído na sua região que linkamos aqui.

Hoje, porém, nosso olhar se volta não apenas para a proteção de crianças, mas para você adulto que, no passado, enfrentou essa terrível violação de seus direitos, de seu corpo, de sua inocência. 

Talvez você tenha crescido com marcas profundas e invisíveis da violência sexual na infância. Vamos falar com você, homem ou mulher, que traz em sua história um capítulo doloroso, que, infelizmente, é compartilhado por muitos e que muitas vezes é desamparado em sua adultez.

No Brasil, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a violência sexual se divide em duas categorias: o abuso sexual, quando crianças e adolescentes são envolvidos em práticas sexuais inadequadas para sua fase de desenvolvimento, geralmente por alguém que detém poder ou autoridade sobre a vítima; e a exploração sexual, onde adultos se beneficiam sexualmente de menores, incluindo a prostituição e a pornografia infantil, além do tráfico de crianças e adolescentes para fins sexuais. 

É um panorama grave, e é justamente nesse cenário que pretendemos trabalhar e orientar na prevenção, e agora na posvenção, com você que já sofreu esse episódio doloroso.

Você não está sozinho, nem sozinha

Em meio à dor e à confusão que podem acompanhar a recordação do abuso sexual na infância, a sensação de solidão pode ser avassaladora. 

Você pode se sentir como se ninguém pudesse entender o que passou. 

Mas queremos que saiba: você não está sozinho, nem sozinha. Muitos homens e mulheres compartilham histórias similares, e esse reconhecimento pode trazer uma sensação de pertencimento, embora estejamos falando de uma dor comum e que seja incomparável por sua experiência indesejada no seu período de desenvolvimento. 

Existem organizações, grupos de apoio e profissionais especializados prontos para auxiliar. Psicólogos podem fornecer um ambiente seguro para expressar e processar sentimentos e memórias complexas. Além disso, grupos de apoio podem ser um recurso inestimável, pois oferecem a oportunidade de se conectar com outras pessoas que passaram por experiências semelhantes.

O importante, nesse caso, é a ciência que embora pareça que nada muda, aos poucos, com o apoio e acompanhamento necessário, há pequenas melhorias e evoluções.

Reconhecendo a Culpa Indevida do abuso sexual

A culpa pode ser um fardo pesado que muitos adultos carregam após terem vivenciado o abuso sexual na infância. Mas é importante enfatizar: o que aconteceu não foi culpa sua. Como criança, você foi colocado ou colocada, injustamente, em uma situação da qual não tinha como se defender ou compreender bem à epoca. 

Você pode se sentir responsável, talvez acredite que de alguma forma causou ou permitiu que o abuso acontecesse. No entanto, essa é uma falácia, um erro. A culpa e a responsabilidade cabem inteiramente àqueles que deveriam ser cuidadores, responsáveis e conscientes de suas ações – seus adultos na época. Eles falharam com você e não você com eles.

Reconhecer isso pode ser um processo longo e desafiador, mas necessário e importante. 

A dor que você sente é real e merece ser reconhecida. Mas essa dor não define você. Ela faz parte de sua história, mas não é toda a sua história. É uma partezinha, ferida, que pode ser revisitada e transformada.

Autoconhecimento e Autocuidado

Uma parte vital do processo de lidar com o trauma do abuso sexual na infância é aprender a cuidar de si mesmo ou de si mesma de maneira saudável e significativa. 

Isso pode incluir estabelecer limites pessoais, aprender a gerenciar o estresse e descobrir maneiras de nutrir o bem-estar físico e mental.

O autocuidado não é um ato egoísta, mas uma necessidade. 

É o reconhecimento de que você merece ser cuidado, mesmo que no passado alguém tenha negligenciado esse cuidado. 

Aprender a cuidar de si mesmo ou de si mesma pode significar muitas coisas diferentes, desde dedicar tempo a atividades prazerosas até procurar ajuda profissional quando necessário.

4) Compartilhe sua história quando estiver pronto ou pronta:

Falar sobre o abuso pode ser uma parte importante do processo de lidar com o trauma. No entanto, cada pessoa tem o seu próprio tempo para isso. 

Não há pressa. 

Quando estiver pronto ou pronta, compartilhar sua experiência pode ser um passo valioso. 

Contar sua história pode permitir que você processe seus sentimentos de uma maneira nova e possivelmente mais saudável.

Por fim, lembre-se: você não é a experiência traumática que passou. Você é um sobrevivente, uma sobrevivente, forte e resiliente. 

Sempre há esperança e ajuda disponível. Neste Maio Laranja, reconhecemos a luta contra a violência sexual infantil e damos atenção redobrada à coragem daqueles que trabalham para lidar com suas experiências passadas. 

Você não está sozinho ou sozinha nessa jornada. Fale e conte a sua história quando estiver pronto ou pronta, apenas isso, primeiro cuidado de você e depois, trabalhando esse sentimento para algo diferente.

Reconhecendo e enfrentando as consequências:

As marcas deixadas pelo abuso sexual na infância vão muito além do físico e podem afetar diferentes aspectos da vida adulta, incluindo a saúde mental, os relacionamentos e a autoimagem. 

É comum que as vítimas do abuso sexual na infância experimentem depressão, ansiedade, baixa autoestima e dificuldades de relacionamento. Entretanto, reconhecer essas consequências é o primeiro passo para enfrentá-las. 

É importante também compreender que as repercussões do abuso podem variar enormemente de pessoa para pessoa. 

Você pode experimentar emoções e dificuldades que outras pessoas na mesma situação não têm, ou vice-versa. Cada jornada é única e o mais importante é respeitar o seu próprio ritmo e necessidades.

Há profissionais disponíveis para auxiliar você nesse processo, com abordagens que vão desde terapias individuais até grupos de apoio. Não há vergonha em buscar ajuda. Na verdade, é um grande ato de coragem reconhecer que precisamos de apoio e procurá-lo.

6) Acredite em você mesmo, acredite em você mesma:

Em meio a todo o turbilhão emocional que o abuso sexual na infância pode causar, é comum que se perca a confiança em si mesmo ou em si mesma. Por isso, um dos aspectos mais importantes na jornada de enfrentamento do trauma é recuperar a autoconfiança.

Acredite em si, acredite na sua força e resiliência. Não importa o que lhe disseram ou como lhe fizeram sentir, você tem valor e merece ser amado, ser amada, respeitado e respeitada. 

O abuso não define quem você é, mas como você lida com ele pode ajudar a moldar a pessoa que se tornará, inclusive, daqui para frente.

Nunca é tarde demais para olhar para si e transformar suas dores.

Esperança e progresso

Embora este artigo destaque algumas das dificuldades que os sobreviventes de abuso sexual na infância enfrentam, também é importante lembrar que há esperança. 

Muitos homens e mulheres superam experiências traumáticas e, apesar das cicatrizes, encontram maneiras de construir vidas saudáveis, significativas e plenas. A jornada não é linear – pode haver altos e baixos, avanços e retrocessos – mas cada passo, não importa quão pequeno, é um progresso.

Avanços na compreensão do trauma e do abuso sexual infantil, bem como melhores métodos de apoio e tratamento, estão ajudando cada vez mais pessoas a lidar com as consequências do abuso. Este é um trabalho em andamento. Cada história que vem à tona, cada voz que se levanta, contribui para uma maior conscientização e compreensão do problema.

Vocês são ouvidos, são vistos

Para vocês que foram vítimas de abuso sexual na infância, saibam que suas histórias importam. Suas experiências são validadas. Vocês são ouvidos e são vistos. As marcas invisíveis deixadas pelo abuso são reconhecidas. Cada lágrima, cada grito silencioso, cada noite sem dormir – nós reconhecemos. E queremos dizer, em alto e bom som, que o que vocês passaram foi errado.

Não existe justificativa para o abuso. E vocês não estão sozinhos nessa. Há uma comunidade, um coletivo, que apoia, que entende, que luta com vocês.

Neste mês de Maio Laranja, unimo-nos para enfrentar a violência sexual infantil e a exploração sexual infantil. Mas, além de combater esses crimes, lembramos daqueles que os sofreram. Você, homem ou mulher, que ainda carrega as marcas dessa violência, queremos dizer que você é forte, que você é corajosa e corajoso, que você é respeitado e respeitada, e que você é amado e amada, muito amado e amada e que ver isso é uma ponta da esperaça e da mudança.

Enfrentar o passado pode ser doloroso e difícil, mas cada passo que você dá, por menor que seja, é uma vitória. Lembre-se sempre: você não está sozinho nessa jornada. Juntos, nós somos mais fortes. Juntos, nós podemos fazer a diferença. E, acima de tudo, juntos, nós podemos vencer.

Acompanhe agora, o post que fizemos no instagram do Psico.Online e saiba que qualquer dúvida, estamos à disposição. Deixe seu comentário, chame-nos nas redes sociais, agende suas sessões de terapia, estamos aqui.

Esperamos que verdadeiramente esse post possa ajudar você de alguma forma. 😉

​​Nosso compromisso neste #maiolaranja vai além da #conscientização.

É também um gesto de #apoio e #compreensão para #homens e #mulheres que experienciaram #abuso ou #exploração sexual na #infância.

Sabemos que é um tema #doloroso e complexo, um #passado que pode ainda #despertar feridas.

Se você se reconhece nessas #palavras, queremos que saiba que é perfeitamente válido buscar #apoio e ajuda, e que respeitamos o seu tempo e os seus #sentimentos. Faça o mesmo. Respeite seus limites ciente de que há sim meios de ser acolhido e acolhida.

A jornada de enfrentamento destas memórias é única para cada um(a) e nós estamos aqui para #caminhar ao seu lado, se e quando você se sentir pronto(a).

Aproveite este espaço de #escuta e compartilhamento, e se quiser ir além, nossos profissionais em Psico.Online estão prontos para te acolher.

Acredite, você tem mais força do que imagina, e não precisa enfrentar essa jornada sozinho(a).

Estamos juntos nessa. Criando material, informando, orientando, denunciando, fazendo aquilo que podemos para transformar pelo menos uma realidade.

Se curtir o post, compartilhe e marque o @psico.online e a tag #psicoonline em breve teremos um texto mais longo no site abordando o tema é falando com quem sofreu #abusosexualinfantil no passado.

Hoje, lá no site já temos conteúdo para impressão, podcast, diversas postagens sobre o tema. Acesse e navegue.

Estamos à disposição. 🧡

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