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Pessoas que se fazem de muito ocupadas. 2 pontos de vista importantes nessa história…

Você conhece pessoas que se fazem de muito ocupadas? Vamos falar um pouco sobre isso no texto de hoje. Recomendo, depois a leitura do texto A doença de estar sempre ocupado para complementar a leitura, mas vamos seguir.

Quando produzimos textos novos, sempre olhamos as buscas que aconteceram aqui e, na caixa de busca, quando a pergunta é feita mais de uma vez, por mais de um visitante, ela aparece para gente. 

Pessoas que se fazem de muita ocupadas apareceu desta vez e achamos um tópico interessante para trabalhar dois conteúdos: aquilo que achamos e aquilo que é. Achar que se está ocupado, estar ocupado e achar que o outro está se fazendo de ocupado, nesse caso, são coisas muito distintas.

Aquilo que achamos

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Photo by ThisIsEngineering on Pexels.com

Do nosso lado, consideramos aquilo o que vemos, entendemos e damos valor às ações do outro, por exemplo: pessoas que se fazem de muito ocupadas. 

É uma visão precisa e individual nossa, um achismo. Tanto no sentido do outro, como para nós mesmos. Lembro de um outro texto da Endeavor sobre ocupação e produtividade, nesse caso… mas o ponto é:

Será que a pessoa se faz de muito ocupada ou será que ela está realmente muito ocupada? 

Se batemos o martelo: a pessoa se faz de muito ocupada, estamos fazendo um julgamento com base naquilo que observamos. Atribuímos valor a questão.

Mas podemos julgar o outro? Será que as medidas que usamos (a régua que estabelecemos) está calibrada o suficiente para ser precisa? Como podemos falar pelo outro se muitas vezes mal compreendemos aquilo que estamos sentindo?

Aquilo que achamos não é a verdade. É uma percepção de uma realidade que estamos vivenciando. Para chegar à observação da verdade precisamos retirar da análise quase todas as nossas crenças. E isso não é fácil.

Pessoas que se fazem de muito ocupadas

Isso pode acontecer, sem dúvida. A pessoa referida pode substituir ou fingir que está muito ocupada por vários motivos possíveis, o que pensei agora, pode ser:

A pessoa não quer conversar a respeito de algo…

A pessoa está lidando com algum sentimento ou emoção que não compreende e adia o processo para ficar matutando.

A pessoa pode estar perdida em um monte de afazeres e ligar o modo de procrastinação.

A pergunta é: como eu concluí que a pessoa está se fazendo de muita ocupada? Por que eu acredito nisso?

A questão é identificar o motivo pelo qual ela está se fazendo de muito ocupada e, do nosso lado, não podemos inferir/supor nada, pois usamos a nossa ferramenta de sobrevivência para isso. Carregada de emoção, sentimento, achismo…

Cada pessoa resolve as coisas do seu jeito, à sua maneira, e isso pode parecer que ela está se fazendo de muita ocupada e estar muito ocupada de verdade.

Até aqui estamos trabalhando na informação daquilo que achamos, não daquilo que sabemos, daquilo que observamos. Vamos para um exemplo?

Fulano de tal, aparenta estar se fazendo de muito ocupado. 

Toda vez que ligo respondo, agora não posso. Olha, não estou com tempo agora. Sempre há uma resposta ou desculpa: sinto muito, hoje não podemos sair, estou até o pescoço do trabalho.

O fulano de tal não nos deu explicação, e do nosso lado, acabamos por inferir que a pessoa não está priorizando (e não está) mas nós nos sentimos como? Frustrados? Com raiva? Desconfiados? E então, julgamos com base nisso… e até agora, realmente não sabemos nada, pois o Fulano não falou. E nós, generalizamos: “Toda vez”.

Aquilo que é

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Photo by Maurício Mascaro on Pexels.com

A única certeza que temos é aquilo que somos capazes de observar: eu me sinto com raiva. eu me sinto frustrado. Eu me sinto despriorizado(a). Eu estou desconfiado(a). 

Esses são sentimentos nossos carregados de emoções. 

Para ter certeza, precisamos observar a realidade ao invés de generalizar e tirar da conta (equação) as medidas da nossa régua.

Nas últimas 3x que liguei às 19 horas para Fulano de tal, ele(a) respondeu: Sinto muito, agora não posso, e não deu mais explicação.

Isso é um dado observacional, que posso observar. O que EU, posso fazer? Ligar por exemplo às 21 horas e ver se o resultado é o mesmo, por exemplo. Persiste. A pergunta para o Fulano de tal pode ser: “Fulano de tal”, qual horário posso te ligar para conversarmos, pois vi que nas últimas 3x que liguei as 19 e nas últimas 3x que liguei às 21 você nao podia. Me sinto mal em incomodar e parece que estou atrapalhando. Quando podemos falar?

Você deixou de supor. E deu oportunidade para entender se a pessoa está “se fazendo” ou “está realmente” ocupada. Por exemplo, das 19 as 21 pode ser o horário de um curso novo, da novela… só o “Fulano de tal” pode responder.

Concluindo

Quando caracterizamos informações sobre o outro, costumamos usar a nossa experiência, nosso conhecimento e nossos sentimentos em relação a isso para dar peso e valor à informação e podemos, assim, ser injustos ou nos enganarmos.

Quando passamos a trabalhar de maneira a nossa comunicação ser assertiva e também nossa relação ser melhorada sem “julgar”, podemos estabelecer melhor limites e fronteiras. Afinal, a pessoa pode ser muito ocupada ou claro, há pessoas que se fazem de muito ocupadas, mas aí, é ela que precisará vir aqui no site para entender o motivo que está fazendo isso se ainda não descobriu…

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Envie para alguém. Quem sabe a pessoa que está acreditando que você está se fazendo de muito ocupado, mas que ainda não entendeu, que o problema é conciliar a agenda mesmo?

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Psicólogo CRP 06/154.661 - Formado Psicologia e em Administração com ênfase em Marketing, geek que respira tecnologia, pesquisador e mestrando em tecnologias da inteligência e design digital. É um dos fundadores do Psico.Online e do MeuPsicoOnline.com.br. Com diversos artigos e livros publicados tem sua atuação focal em jovens, adultos e idosos. Agende comigo

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