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tempo, relógio, o tempo cura

O tempo e a compreensão curam tudo

Pense numa ferida. Uma recente, que sangra e dói. Uma ferida que deve ser limpa e protegida. A medida em que o tempo passa já não doerá e nem incomodará tanto, vai cicatrizando, aos poucos. Mas restará a cicatriz. Uma recordação.

A mesma coisa ocorre com algumas feridas emocionais. São cicatrizes que sempre serão parte de nós, apesar do tempo. E deve ser cuidada, compreendida e cicatrizada. E então tudo dependerá de como você gerencia seu passado. Como olha para essas cicatrizes.

O falecimento de alguém querido ou o final de uma relação, farão parte da vida para sempre. E isso não significa que você não possa continuar com essas memórias para sempre. Embora em nossa sociedade exista uma necessidade enorme de apagar memórias.

Queremos que a dor não exista.

Em algumas ocasiões eu me pergunto se temos vergonha de admitir que algumas coisas seguem doendo em nós, mesmo depois de muito tempo, mas daí penso em nossa necessidade  de esquecer magicamente nossas dores.

O certo é que, por mais que tentemos, não podemos apagar o que vivemos, mas podemos decidir como vivemos. Por isso, o realmente importante não é o que passou, mas como estamos vivendo com isso. E é aqui que entra a nossa vontade. Se nos empenhamos em tentar esquecer o que nos causou dor, estaremos negando o fato e podemos passar muito tempo nesse exercício. E, além do mais, empregando um esforço que resultará sempre no contrário, fazendo-se presente, atualizando-se.

O que o tempo realmente faz é conseguir fazer que nos recordemos de algo porque realmente nos causou dor. E se conseguimos dar esse passo, passaremos a caminhar no presente e a incluir os bons momentos e as emoções compartilhadas em nossa trajetória. Será então, quando começará a cicatrização, que formará parte indelével de quem somos.

Retirado de cámbiate blog (traduzido e adaptado)

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CRP 6/101759 - Graduada pela Universidade São Francisco, mestre em Ciências da Saúde pela Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo. Psicóloga clínica desde 2010, busca constante aprimoramento na abordagem analítica. Estudou Cinesiologia no Instituto Sedes Sapientiae, frequentou grupos de estudo e supervisão teórica na Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica de São Paulo e ainda, integrou o grupo de Neurociências do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Atualmente é doutoranda em Psicologia Social, pela Universidad Complutense de Madrid.

Gostaríamos de escutar o que você tem a dizer.

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