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multicolored abstract painting with brown frame monstro

1 ou 2 monstros escondidos no armário: o segredo sobre aquilo que não sabemos lidar…

Os monstros escondidos no armário ou debaixo da cama, dentro da nossa cabeça passeando pela nossa imaginação podem ser bem assustadores.  

Nossa construção sobre a figura alegórica do monstro têm representações diversas durante a história. Mesmo no nosso tempo, quem são os monstros? Eles são reais? 

São humanos ou fictícios?

Não teremos a resposta aqui e, embora este texto fale sobre monstros, eles serão alegóricos. 

Uma expressão figurada de um pensamento, sentimento ou emoções para falar que buscar ajuda do psicólogo ou da psicóloga, com um bom vínculo, pode ser uma boa estratégia para lidar com eles. 

A ideia de falar dos monstros surgiu para ilustrar a seguinte frase de um dos nossos posts do Instagram. 

“​​Fugimos e somos ensinados a negar a dor; aí ela se torna o monstro escondido no armário. Ao abrimos esse móvel, em um lugar de suporte, com outros nos apoiando, olhamos mais seguros um monstro que se tornou menos assustador” 

https://www.instagram.com/psico.online/

E aí, amiga e amigo leitor, esse monstro tem os dias contados, pois lidar com um monstro menos assustador é algo que conseguimos fazer juntos, ou não é?

Um mundo repleto de monstros

Somos gerações de pessoas com defeitos e qualidades da nossa época, que têm monstros diferentes com o passar dos anos. 

Há aqueles que carregam uns, que deixam no passado outros ou que criam e alimentam alguns a vida toda.

Em muitos casos, monstrinhos fofinhos, escondidos por muito tempo, se transformam em monstrões e aí imagina o sufoco para lidar com eles.

Também existem aqueles monstros que vão se formando das partes de outros monstros menores, são os monstros da Intolerância, do Preconceito, do Estigma e da Violência por exemplo. 

Eles dominam e alimentam outros monstros, mas essa é uma outra história. 

O monstro da Dor

a man with bruised knuckles having a headache monstros da dor
Photo by cottonbro on Pexels.com

No nosso caso, um desses monstros é que pouco a pouco aprendemos que a dor é ruim. Pois é, aprendemos. E assim ele nasce: o monstro da dor. 

Associamos o sentir dor ao desconforto e ao sofrimento causado por ela e dedicamos a nossa atenção àquele momento. 

Partimos então para a evitação, a fuga, a adaptação ou o enfrentamento. 

Aí entra a praticidade em ação: se é ruim, se dói, faço o que? O que você faz? 

Será que existe uma dor boa? Será?

Um monstro bom? Acho que é possível pensarmos juntos a respeito.

Cada cabeça terá o seu monstro da dor. 

Cada indivíduo associará a dor a uma percepção própria do mundo à sua volta. 

Construirá um conceito próprio. Uns olharão para a dor e a associarão a lesões e outros ao prazer. Como você desenharia o monstro da SUA dor? 

E o que você faz quando não sabe lidar com ele?

Se você alimentar esse monstro, ele pode (não quer dizer que vai) se transformar em outros, em quais você apostaria? 

Eu acho que o Monstro Desespero ou o Monstro do Medo mas tem vários outros. Dependerá do caminho que você escolher.

O monstro do Desespero

woman holding her head
Photo by David Garrison on Pexels.com

Que o maior caçador de monstros não permita que você encontre com esse monstro. O monstro do desespero para mim, é um dos piores. 

Mas este não é um texto sobre dores, nem sobre desespero. É sobre monstros que escondemos no guarda-roupa ou debaixo da cama. Naquele quarto escuro. Que internalizamos. 

A dor, muitas vezes é colocada lá. Acumulada vira ou não desespero e o desespero nos leva aos extremos. E a batalha se torna ferrenha.

Nesse ponto entram mais coisas que aprendemos e caminhos que escolhemos ou que somos forçados a escolher.

Por exemplo, também, por tantos caminhos diferentes, internalizamos hoje que as emoções deveriam ser suprimidas, afinal há um conflito para ser enfrentado: a falta dela (das emoções) versus o excesso delas ou, talvez e ainda pior – se é que é possível isso, a normalização das emoções.

Não queria sentir tanto. Eu sinto *demais*! ou “Vou ser muito “louco(a)”, perceptivo(a), emocional”… acho que nem sei ilustrar em texto o excesso de emoção e sentimento em um monstro.

Enfim, será que posso me tornar igual às pessoas “normais”? 

Deixa eu ser prática, objetiva (!!!). Não quero “ser a histérica”.

Eu faço o que? O que você faz?

Qual monstro você está alimentando e deixando ganhar os cantos mal iluminados da sua vida?

Quanto peso! Quantas generalizações, quantas formas um monstro ou vários monstros podem tomar? Que trabalheira para se ter sozinha(o). Vamos para a próxima.

O Monstro da Felicidade

gloomy man with painted clown face monstros modernos
Photo by Christian Diokno on Pexels.com

Aprendemos que o sentimento mais legal e inspirador é a felicidade. 

“Todos em busca da felicidade”, fugindo da dor, sem sentir ou sentindo muito. Vamos procurar a felicidade, mas como ela é? o que eu faço? Como você faz? 

Mas a Felicidade é um monstro mesmo?

Não sei, chame outros monstros. Joga no inconsciente, no alienado ou no “catatônico”. 

Não sei. Muito difícil. O que você faz?

Além disso, esses Monstros se deparam com outros monstros atuais: o racional, o consciente, o ideal, o objetivo… termos que nem sempre são aqueles que são de fato, mas que você entende, atribui e constrói sua vida sobre eles. 

Nossos monstros tomam formas diferentes e não dá para criar um cartaz de procura-se. Ele se disfarça. Se esconde embaixo da cama, nos nossos armários e gavetas internas.

Quais são as características desses monstros racionais, conscientes, ideais e objetivos? Não sei, o que eu faço? O que você faz?

Esconde sob o tapete? Deve ter muitos mais.

Não sei lidar com isso, não sei o que fazer, não quero gastar tempo, não quero gastar dinheiro, preciso me concentrar nas coisas “mais importantes”.

Ficar caçando monstros? Deixe-os viver comigo. Alimento um, o que é alimentar um bilhão deles não é? Essa resposta eu tenho para dar aqui: é muita coisa para se lidar sozinha(o).

Tudo urge, tudo é urgente, tudo se tem pressa! Tempo é dinheiro (não, não é). Então coloca o monstro no armário, deixa o monstrinho crescer lá, me engano que tá tudo bem.

O medo do escuro de quando tínhamos 2 anos tá lá e já virou um adulto, nem sei como ele foi criado. 

Agora entra o medo de mudar, o monstro da mudança toma forma, afinal, vai dar tanto trabalho, né? Mudar. Mexer nisso.

Não sei lidar com isso nem com aquilo, não sei o que fazer, não quero gastar tempo, não quero gastar o dinheiro que não tenho, preciso me concentrar nas coisas “mais importantes”. Deixa a coleção de monstros no escuro, aumenta o peso, aumenta tudo.. as proporções viram praticamente uma bola de neve.

Tudo, mas tudo mesmo foi procrastinado. Se for meu, o monstro, mesmo não sabendo lidar com ele, ponho no canto mais escondido da minha vida e vivo com eles, deixando o monstrinho crescer lá. 

Opa, espera aí, conheço tantos monstros que esse aí, seu, eu sei cuidar: me dá que resolvo para você. E você lida pouco com os seus, mas “está pronto para lidar com os dos outros”. Não está.

Olhar para si, cuidar de si, cuidar dos mais próximos e expandir o círculo.

Para quem faz terapia: 

Como é o vínculo entre vocês e o terapeuta? Vocês se sentem seguros para se abrir, para olhar os seus monstros nos olhos? 

É nesse ponto. Nesse exato ponto que você percebe que no seu espaço terapeutico você poderá lidar com o seu monstro no tempo que você precisar. Ganhará forças, terá acolhimento, encontrará ferramentas ou construirá novas. 

E assim, nenhum monstro será invencível.


Espero que tenha gostado desse texto. Ia ser a legenda do post do instagram, mas acabou ficando muito maior do que eu havia planejado. Segue a gente nas outras redes. Clica nas estrelinhas para avaliar e manda o seu comentário, gostamos muito de saber se os textos falam com você.

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