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Pais Facilitadores Geram Filhos de Cristal

Pais facilitadores geram filhos de cristal

Falando de pais facilitadores, podemos dizer que são os que facilitam excessivamente a rotina para seus filhos. Esta que deveria ser de aprendizado e efetivação das atividades aprendidas.

Isso inclui serem permissíveis demais com as regras. Não limitando o que pode e o que não pode ser feito, para o bem comum deles enquanto família e enquanto futuros cidadãos.

Já os filhos de cristal, são aqueles que, ao ouvir uma negativa, se fragilizam e tem seus sentimentos “quebrados” com isso não conseguem resolver os problemas porventura surgidos.

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Foto de Julia M Cameron no Pexels


Construção do filho de cristal

No desenvolvimento normal da pessoa o crescimento é, sem dúvida, um constante aprendizado que requer modelagem por comportamentos. Conforme o psicólogo Lev Vygotsky afirma: “construímos nossa identidade pela relação com os outros”.

Partindo dessa afirmação, os pais devem ser os facilitadores da aprendizagem interacional. Devem contribuir para a boa relação entre os  filhos e o meio social.

Mas não devem facilitar e reforçar comportamentos que estimulam e reforçam os filhos a serem de cristais. Trocando em miúdos, reforçar comportamentos errados ao invés de corrigi-los contribui para serem de cristais, incapacitando-os a aprender com seus erros.

O filho de cristal nasce em contrapartida dessa vertente motivadora, por estar acostumado a ter seus desejos sempre atendidos, torna-se uma criança frágil. Ao ouvir uma negativa quebra-se em fração de segundos por não saber como agir.

Crianças assim podem desenvolver transtornos no futuro e ter suas relações complicadas. Isso se dá mediante a sua não aceitação e falta de capacidade de enfrentamento, gerada pelas facilidades de seus pais, 

Socializar-se é um processo de construção e exige a cooperação dos pais, quanto a sua desenvoltura no meio social, pois a família é o primeiro berço do aprendizado.

A geração anterior aos filhos de cristal não encontraram as facilidades que agora são apresentadas. Consequentemente, cresceram mais fortes e capazes de encarar de frente os problemas. Eles foram capacitados a conquistar e seguir frente após as negativas recebidas.

Agora, se medirmos pelo “ter” tudo (bens materiais; acessos ilimitados ao uso do computador; resolução de problemas escolares pelos pais e não pelos filhos; entre outros), concluímos brevemente que as crianças são influenciadas muitas vezes a “ser” nada.

Porque quem tem o que quer no momento que quer, não precisa ser algo ou alguma coisa além de seus caprichos. Percebemos a fragilidade de filhos cada vez mais, erroneamente, reforçadas em seus comportamentos, que são facilitados pelos seus pais.

Consequências para o filho de cristal

O ser humano precisa superar os desafios de desenvolvimento de cada fase da vida. Quando isso não acontece, gera-se uma desordem emocional na infância.

Com isso, na fase adulta ela terá que lidar com o vazio construído ao longo de seu desenvolvimento. Isso se dará em razão de terem seus papéis direcionalmente facilitados.

É bom lembrar que pais facilitadores nem sempre estão contribuindo apenas para satisfazer o desejo de seus filhos meramente, mas sim explicitam suas questões “embotadas”.

Ou seja, refletem nos filhos seus desejos suprimidos. Assim, ignoram as necessidades de crescimento particulares de seus filhos.

Representar papéis tão complexos na contemporaneidade se tornou um desafio, tanto para os pais quanto para os filhos. Isso porque requer um movimento dinâmico, que norteie e se encaixe numa estrutura singular e familiar, que caiba na realidade de ambos.

É bom conceber a ideia de jamais tomar para si a responsabilidade que deve ser dos filhos. Entre elas estão vencer obstáculos correlacionados com a educação e o desenvolvimento no contexto individual e interacional.

Pois é isto que os capacita a tornarem-se adultos de verdade, com estrutura psicológica para assumirem seus papéis. Os filhos precisam aprender com os erros nas diversas fases. Evitando assim que se transformem em cristais e tenham possibilidades de futuros “transtornos” emocionais.

Que essa perspectiva de nortear para o crescimento faça dos pais facilitadores do conhecimento e, com isso, ajude seus filhos a se tornarem fortes o suficiente para evitar o efeito de ser de cristal.

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Nascida em 28/03/1971 em Brasília-DF, casada, mãe de dois filhos, formada em PEDAGOGIA, mas não exerço a profissão. Estudante de psicologia 3º.Semestre, gosto da vida, de escrever, de sorrir e levo todos os acontecimentos diários com a melhor maneira de descomplicar, afinal os dias são feitos para serem vividos por excelência, ainda que nem todos sejam bons. Amo a natureza, viajar, conhecer lugares diferentes e estou sempre a disposição de ajudar o outro, por isso resolvi cursar psicologia. Sou católica praticante e trago comigo, uma grande certeza: cada um fazendo a sua parte, o mundo se torna melhor, mais habitável.

6 comentários em “Pais facilitadores geram filhos de cristal”

  1. Adorei a matéria e se encaixa bem nos dias de hoje no mundo de facilidades, pais que não tem medo de dizer Não são taxados de iginorante ,antiquado ,etc… E na realidade as crianças gritam por limites . Parabéns

Gostaríamos de escutar o que você tem a dizer.

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