Ouvir ou escutar remete a ações muito parecidas. Muita gente sabe a diferença, mas no dia a dia — pelo que tenho visto — poucos têm aplicado essa diferença, na sua vida.
Para quem não sabe, acho que até já falamos sobre isso aqui no blog, escutar é apenas o ato físico. Se você não tem nenhuma alteração biológica, está escutando tudo, o tempo todo, cada ruidinho e ondas sonoras audíveis ou não.
Ouvir entra na ação de sentido, você precisa processar a informação daquilo que escutou e o seu cérebro – pode ou não – dar uma resposta sobre esse sentido. Pode ser uma resposta biológica, pode ser uma resposta verbal ou não.
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Várias vezes, durante a semana, em conversas de todos os tipos, percebo pessoas que estão tão focadas: em falar, em defender seus argumentos, em erguer suas defesas e verdades e se explicar.
São pessoas ansiosas, são pessoas “com convicção forte” e “opinião”, são donos da verdade, são àqueles que nem se dão conta que estão fazendo isso e têm um ótimo coração e intenção, mas não ouvem. Escutam ou só falam.
Também há aqueles que mudam o jogo, começam escutar e ouvir, mas de repente só estão escutando, ou pior, param até de escutar e ouvir e passam apenas a falar. Prioridades, será?
Falam de tudo. Comparam tudo. Seu “eu” está presente e o outro não.
Nessas horas a depressão vira frescura, a ansiedade é bobagem, o outro é apenas um enfeite.
Como se trata de um texto livre, posso até sugerir que vivemos uma era narcísica – me corrijam os psicanalistas – onde o “eu” está à frente do outro.
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E quando essa ação também afeta o próprio indivíduo? Ele para de se ouvir e, se ouvir, também é importante. O que você tem falado? O que você tem organizado na sua vida para você?
Autoestima exagerada ou diminuída. Ansiedade em fazer em por em prática. Ora, estamos em um mundo tão ágil e dinâmico, um mundo tão competitivo. É importante estar à frente. E esquecer quem importa, e esquecer da sua individualidade e saúde?
Proponho hoje um exercício para você. Ouça-se e ouça o outro. Incentive o outro a falar. Preste atenção sem comparar. Sem emitir opinião. Apenas escute, ouça, processe e acene afirmativa ou negativamente.
Ouça. Se estiver sozinho escrevendo um texto, em voz alta, a sua voz e a estrutura do seu texto. Ouça os áudios que você tem enviado pelo Whatsapp – o que faz com que você preste atenção neles e avalie.
Veja seus traquejos, suas falas erradas, sua linha de raciocínio. Faça o mesmo com o outro. Depois, conta pra gente aqui nos comentários! 😉
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