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dor na alma, pessoa olhando horizonte

E se a alma doer?

Se doer a cabeça, uma “aspirina” resolve… Essa informação é básica, e mesmo sendo um erro a automedicação, é de conhecimento geral que para o tratamento de uma simples dor de cabeça, basta um analgésico…

E quando a alma dói? 

E quando, aos poucos, a angústia vai inundando a nossa vida e tirando nosso equilíbrio, por conta de fatos passados que não foram devidamente elaborados por nosso repertório de sentidos?

E quando a ansiedade nos assalta às duas da tarde? Num sobressalto, tira o ritmo cadenciado da respiração e com ele a tranquilidade, a concentração durante o trabalho… E perdura, e na calada da noite ela ainda está ali, e mesmo não sendo possível resolver, naquele momento, as questões que estão alocadas num futuro, ela não te deixa dormir.

Clique e fale com um Psicóloga Online agoraE quando dói a consciência? O que tomar? Que remédio resolve para diluir a culpa, varrer do sono as pancadas que o travesseiro dá na cabeça durante o “descanso” intranquilo? 
A “medicalização da vida” é uma realidade típica do mundo globalizado nos dias atuais. Cada vez mais, essa tendência ganha força, diante das dores do corpo e da alma.

A velocidade das informações; a corrida pelos bens de consumo e a competitividade do mercado de trabalho; o aumento populacional e o inchaço das cidades, que convergem para a explosão da violência e desajustes sociais de toda sorte; a luta pela sobrevivência, pelo afeto… Tudo isso colabora para o processo de adoecimento individual e coletivo de uma sociedade que, condicionada a não paralisar, busca o imediatismo na resolução dos problemas físicos e mentais do cotidiano. 

Cientista, escritor e psicólogo, Carl Rogers (1902-1987) questionou, durante sua trajetória como terapeuta, se era possível inverter a tendência cultural contemporânea que mantém as pessoas afastadas do contato com seus problemas reais.

A “medicalização da vida” encontra, neste contexto, sua função.

Medicação contra as enfermidades físicas e mentais são indispensáveis. As conquistas humanas alcançadas pelo avanço da Medicina e pelos fármacos são, absolutamente, fora de contestação, contudo, quando a saúde procura todas as suas “soluções” nas prateleiras das farmácias, é o momento de acender a luz de alerta.
Todo adoecimento requer uma medicação, mas nem toda medicação é suficiente quando age puramente nos sintomas e não contempla as causas de sua aparição.

Quando Rogers (1902-1987) nos alerta para o fato de que devemos nos aproximar do contato com nossos reais problemas, ele sugere a apropriação daquilo que nos incomoda; a imersão nas águas profundas de nossa essência. Tudo isso implica em compreender o por quê a angústia nos visita; como a ansiedade pode se tornar aliada na preparação da vida diante de um desafio futuro; ou como uma crise de consciência pode ser o estopim para um pedido de perdão, abrindo as portas da humildade e da resignação. 

Neste contexto, a Psicoterapia se apresenta como a indústria farmacêutica com o maior potencial de fornecer o remédio mais eficaz para as mazelas da alma, entendendo que a escuta e o acolhimento são os únicos analgésicos que aliviam as dores existenciais, sem efeitos colaterais…

Bem… O tratamento psicoterapêutico pode, sim, implicar em um poderoso efeito colateral: O Autoconhecimento! 

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Psicólogo CRP 06 / 131902 graduado pela Faculdade Anhanguera Educacional da cidade de Campinas/SP, pós graduando em Intervenções Psicossociais no contexto das Políticas Públicas e Docência do Ensino Superior na área da Saúde pela Faculdade Campos Elíseos de São Paulo. Formação acadêmica com ênfase em Plantão Psicológico. Psicólogo Clínico e Agente do Sistema de Saúde Mental da Polícia Militar do Estado de São Paulo desde 2016. Busca constante aprimoramento na Abordagem Centrada na Pessoa, da linha Humanista. Atualmente investiga as relações interpessoais em Mediações de Conflitos.

Gostaríamos de escutar o que você tem a dizer.

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