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sentimentos novos, casal deitado na areia

E quando não sabemos lidar com sentimentos novos, o que fazer?

Sentimentos. É inegável que nascemos de um jeito e morremos com visões, valores e anseios, completamente diferentes. Afinal, estamos neste mundo pois necessitamos passar por situações que nos transformam e por consequência transformamos o nosso mundo, com a possibilidade da dialética (onde sou afetado e afeto o mundo/outro), esta, que consegue em boa parte das vezes, nos dar impulsos de reflexões únicas e transformadoras.

A praticidade tecnológica do século XXI pode trazer junto com ela a recusa de olhar para seus próprios sentimentos, de se olhar detalhadamente, com uma visão humana, de carne e osso, pois não temos mais tempo para olhar nosso lado frágil, nosso lado sentimental, numa era em que o imediatismo racional, transcende qualquer sentimento que possa aparecer.  Diferente do que a psicoterapia possibilita, que é entender mudanças de sentimentos, com a leveza de não haver julgamento dentro daquele espaço.

Lá fora, todos os seus passos e atitudes acabam passando pelo crivo de avaliação de pelo menos meia dúzia de sujeitos. Pode parecer difícil de compreender, mas a nossa sociedade impõe valores que precisam possuir determinado padrão, para que em nossos julgamentos mais íntimos, saibamos se estamos seguindo pelo lado correto ou pelo lado imprudente. Seria difícil deixar de fazer tais comparações, afinal, o ser humano nasceu mediado pelo outro, e suas relações serão mediadas da mesma forma.

yellow cube on brown pavement
Photo by Pixabay on Pexels.com

E nesta intensa relação com o mundo, acabamos não entendendo porque sentimos determinadas angústias ou culpas, porque a possibilidade de olhar para si pode ter sido deixada de lado ou possa se tornar uma tarefa tão árdua.

Com o passar do tempo, nossas relações acabam estreitando de uma forma única, com cada sujeito de nosso círculo, possibilitando que novos sentimentos surjam e se aflorem, algo que faz parte da transformação que o mundo nos dá, a cada episódio de nossas vidas.

Podemos pensar diferente sobre o mesmo assunto; após passar por ele mais de uma vez, ter perspectivas de vida diferentes. Quando um fato único nos abala, faz parte trazer junto com ele sentimentos diferentes, com possibilidade de amadurecimento, que merece a nossa atenção e paciência, pois assim, percebemos que não somos a mesma pessoa de ontem, mas agora temos a chance de ser um ser humano mais evoluído e compreensível.

Quando nós olhamos com as emoções nomeadas e com nosso lado racional presente, possibilitamos a harmonia de uma mente saudável, ainda que possua falhas, pois a perfeição é algo inalcançável. Busquemos o que seja perfeito para cada um de nós, lembrando que os nossos novos sentimentos devem ter seu espaço, pois eles nos impulsionarão a desafios em nossa própria vida e  em nossas relações humanas.

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CRP 06/124413 - Graduada Universidade Presbiteriana Mackenzie. Psicóloga Clínica de abordagem sócio-histórica especialista em Neuropsicologia clínica pelo IPAF/ Instituto de Psicologia Aplicada e Formação (2016) com atendimentos individuais para crianças, adolescentes e adultos, no enfoque em avaliação neuropsicológica, habilitação/reabilitação cognitiva, psicoterapia e orientação profissional. “Viva a vida que te inspira.”

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