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E a autoajuda, será que funciona?

A autoajuda realmente ajuda? Você já se sentiu encurralado em alguma situação e buscou um livro ou material para ajudar? Diante de tantas ofertas teve dúvidas na hora de escolher este material?

Hoje em dia encontramos uma grande quantidade de opções dos denominados “Autoajuda”, as ofertas são muitas e são vários os canais que disponibilizam estas informações. Não estão apenas nos livros, podem ser apresentadas para o público de diversas formas, tais como: internet (sites e blogs), vídeos, revistas, áudios, artigos, livros e incluo também materiais de apoio entregues em alguns workshops, palestras e vivências. Os temas costumam ser separados por público alvo (de acordo com a idade, sexo, profissão, grau de escolaridade, interesses etc.) ou temas ou mais generalistas.

Funciona ou não funciona a autoajuda afinal?

Essa resposta não é simples, pois uma série de fatores implica nisso, dentre os quais cito quatro:

  • O objetivo da pessoa – o que a você deseja com esse material, qual resultado espera? exemplo: obter orientações para melhorar a vida financeira, dicas para organizar melhor o seu dia, etc.
  • Grau de fragilidade – identificar a capacidade de acionar os próprios recursos e forças internas para lidar com a situação.
  • Aptidão de análise e julgamento – capacidade de enxergar com clareza, identificar e avaliar os fatores envolvidos na situação para encontrar as melhores estratégias na resolução do problema.
  • O tipo e a qualidade do material oferecido – existem os mais variados tipos e qualidades de materiais, de maneira geral apresentam:
    • Linguagem/escrita: mais fácil e acessível, com linguajar mediano ou mais difícil.
    • Informações: mais superficiais,  mais profundas, algumas mais leves e de fácil assimilação e compreensão e aqueles mais densos que requerem um tempo maior para digerir.
    • Aplicação: de aplicação mais rápida e fácil, outros que requerem um processo de aprendizagem, outros um processo reflexivo e aprofundamento maior para colocar em prática.

Configurados de diversas formas:

  • Como fórmulas e dicas.
  • Com apresentação de exercícios e técnicas que você pode utilizar por conta própria.
  • Com teorias que ajudam as pessoas no processo de reflexão.
  • Materiais que ensinam o “passo a passo” para determinados objetivos.

Será que autoajuda cria as bases para uma mudança mais consistente?

Para que ocorra uma mudança mais consistente é preciso criar bases mais sólidas para um processo que favoreça o desenvolvimento de uma forma de pensar e agir mais consciente, saudável e com resultados diferentes. O autoconhecimento é um grande passo neste sentido.

O processo de mudança envolve um conjunto de elementos inter-relacionados que incluem a transformação de comportamentos, pensamentos, a compreensão das ideias que são disfuncionais e distorcidas, valores, motivações, tendências, entender seu universo emocional, suas capacidades, ampliar seu campo de percepção e sua visão de mundo. Isso dependerá principalmente da sua predisposição em vivenciar esse processo.

É importante ter em mente que todos os materiais disponíveis devem ser analisados com muita cautela e “certa dúvida”, jamais tomados como “verdade absoluta” e vale ficar atento àqueles materiais que oferecem informações massificadas (soluções iguais para todos, sem levar em conta as diferenças individuais) e superficiais (que não possibilitam a reflexão e o questionamento).

Sobrou alguma dúvida? Deixe nos comentários que ficarei feliz em responder. 🙂

Referências:

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É como um passe de mágica. Será?

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CRP 06/71714 - Psicóloga entusiasmada por ideias e inspirada pelas diferentes e ricas perspectivas das experiências humanas, tem como desafio apresentar maneiras mais satisfatórias de viver os relacionamentos, as situações do dia a dia e um despertar sobre as escolhas tornando-as mais conscientes possíveis.
Formação com ênfase em psicologia Clínica. Pós-Graduação e Extensão em Orientação Profissional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e Instituto Pieron. Terapia Cognitivo Comportamental pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas IPQ - USP. Pesquisas em Psicologia Integral, Psicologia Profunda e Teorias de Aprendizagem Organizacional. Atende em consultório adolescentes e adultos. Realiza workshops e palestras com temáticas em Saúde Psíquica e Carreira. Autora do Blog In-certezas.

5 comentários em “E a autoajuda, será que funciona?”

  1. Parabéns! Excelente explanação sobre auto-ajuda. Não acredito em “auto-ajuda” nem “afirmação positiva”, mas, em ética e fé. Além de uma excelente acompanhamento terapêutico. Abraços! Claudia Rinaldi

  2. Parabéns, Claudia! Boa reflexão. Autoajuda só apaga incêndio, não resolve a origem. A terapia é uma importante ferramenta de autoconhecimento! Mudança consistente requer processo, tempo de elaboração da questão. Forte abraço, Cris

Gostaríamos de escutar o que você tem a dizer.

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