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violência em trindade

Caso Trindade: a violência infantil

Em Trindade, Goiânia, um caso de violência explícita entre adolescentes chocou o país em Outubro de 2016. Adolescentes mantiveram sobre tortura uma outra adolescente de Trindade com o objetivo de matá-la por ciúmes.

Você pode ver o caso aqui, não compartilharemos o vídeo da reportagem dada as imagens fortes que ele contém, pois as adolescentes, ainda filmaram a ação e confessaram:

“Todo mundo aqui estava com raiva dela. Porque ela não gosta da gente por causa desse negócio de namoradinho. No nosso pensamento, íamos bater nela, ela ia morrer e nós íamos enterrar ela. Só que aí não deu certo porque nós somos é frouxa, sabe? Nós não damos conta de começar o serviço e terminar” disse a menor de 14 anos.

Já falamos dos tipos de ciúmes aqui no post Qual o tipo do meu ciúme? Normal, Delirante ou Neurótico? ou literalmente de  Quando os excessos transbordam e abordamos alguns temas sobre violência infantil, mas em casos de suicídio e abuso. E nesse caso? A psicologia pode explicar?

O caso Trindade sob algumas perspectivas psicológicas

Pode-se abordar por tantos caminhos esse acontecimento horripilante que é realmente difícil trabalhá-lo aqui no blog. Podemos discutir dos problemas sociais: qual a influência do ambiente que essas jovens vivem e viverão depois do encarceramento e quais os benefícios e os malefícios que causarão ao seu desenvolvimento.

Podemos tentar entender como a crueldade chega a limites tão densos de ação sem a instrução da reação e suas consequências. Podemos falar da ausência paternal e da frieza das ações.

E nem tocamos no assunto da vítima ou daquilo que iniciou todo o processo, os relacionamentos doentios, os traumas pessoais e familiares.

Para a Psicologia Social

A cultura e a sociedade tem um contexto fundamental no desenrolar do caso. O que essas crianças (pois elas ainda estão em desenvolvimento biológico, não são maduras) aprenderam? Quais oportunidades que poderiam existir para minimizar ou abolir casos desse tipo. A ação direta no núcleo familiar ou escolar?

Segundo a entrevista dada pelo representante da escola, lá, elas conviviam normalmente sem atritos. Mas será que o profissional que estava diante do futuro caso estava apto ou atento aos pequenos sinais?

Intervir no centro da cultura, trabalhar as oportunidades (existentes ou não) daquele grupo que no quintal de terra batida preparou uma cova rasa para uma outra adolescente por causa de ciúmes seria efetivo? Não a curto prazo, mas poderia minimizar o ocorrido.

É sabido que a arte, cultura e o conhecimento dariam meios dessas adolescentes entenderem e serem críticas em relação as suas atitudes. Dariam condições dos pais trabalharem o tempo vago de cada uma delas para aprender e ensinar as consequências.

Para a psicologia comportamental

O que cada indivíduo tem no contexto ambiental que poderia ser trabalhado para gerar a extinção de um comportamento tão cruel? Como é possível desassociar se para elas, o que elas fizeram era certo?

Elas gostariam de mudar aqueles pontos e estariam dispostas a trabalhar as dificuldades que enfrentariam para evoluir suas condições e as dos seus próximos?

Para a psicopatologia e para psiquiatria

Em qual doença que elas poderiam ser tratadas? Haveria tratamento para essa explosão de emoções e para essa ausência de sentimentos? Todas essas perguntas ficam abertas pois cada um dos ramos da psicologia deveria ter meios de trabalhar essas crianças para que isso (objetivo inanimado violento) não voltasse a se repetir.

Você tem uma opinião para dar? Tem um viés que não chegamos a discutir? Por favor, comente, vamos construir essa discussão juntos pois o caso já aconteceu. O que faria ele não acontecer e o que poderia ser feito para evitar que no futuro, casos assim se repitam?

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10 comentários em “Caso Trindade: a violência infantil”

  1. Rafa Modenesi o que nosso professor favorito de analise do comportamento poderia dizer desse assunto? *rs tava escrevendo um post e vi vc curtir um outro post… então fiquei curioso 😛

  2. É assustador por ver crianças ainda pensando em tanta maldade, mas como a psicologia social diz qual é o social dessas meninas? Eu cresci em um bairro muito violento e fui perseguida por várias meninas por anos, tinha que subir correndo, não podia olhar para trás e nem para elas, e anos depois eu acabei por descobrir que as famílias delas faziam o mesmo entre eles, então acaba que sendo talvez normal fazer isso com outros, mas mesmo assim é tão complicado e extenso esse tema. É triste.

    1. Pois é… mas nesse ponto, o que diferenciou você por estar num ambiente próximo e sair diferente disso? Quais as oportunidades? Será que também não existe algo no interior dessas pessoas que as direcionam? Isso eu não tenho nem ideia…

    2. É no meu caso a estrutura familiar que eu tive não era igual, muitas delas moravam perto de casa, venho de uma familia que minha avó apanhava do meu avô e minha mae nunca permitiu violencia ou xingamentos entre nós , não sei dizer o contexto familiar delas, mas hoje muitas delas fazem a mesma coisa com os filhos o que a própria mãe fazia com elas.

    1. eu fico imaginando o que se dará com elas ao final dos três anos de encarceramento e o que aconteceu com a vitima e a familia.. o que se passa na cabeça do menino que foi o pilar disso tudo… tem tanta coisa..

Gostaríamos de escutar o que você tem a dizer.

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